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segunda-feira, 16 de janeiro de 2023

PACO GUZMÁN MORCILLO - BIOGRAFIA

 

                                                            Paco Guzmán Morcillo 

Biografia

Nascido na Terra, em 10 de fevereiro de 1970 na cidade de Ulldecona (Tarragona, Catalunha, Espanha, Europa).

O início:

Desde muito jovem destacou-se pelo desenho, ao invés de estudar e frequentar as aulas, passava o tempo desenhando bonequinhos e caricaturas dos professores, etc. os anos 80, mas vendo que não tem escritores para lhe dar boas histórias, logo desistirá.


                                                                           Joan Miró

A pintura impressionista atinge-lhe profundamente, o seu período de pintura começou em 1992, as primeiras pinturas tendiam a motivos clássicos como naturezas-mortas, etc, com uma técnica totalmente autodidata. Em 1994 iniciou um curso por correspondência de desenho artístico, terminando-o brevemente tempo desenhando à noite, já que durante o dia ele tem que trabalhar na fábrica de móveis 10 horas por dia.


                                                              Caricatura digital de cliente

A paixão pela arte continua cada vez mais ardente, ele começa os primeiros cartuns desenhando seus amigos, logo adquire estilo e técnica, a rua se torna sua grande caçada por novas caricaturas, os turistas se prestam nas férias e ele aprende muito rápido com o dos mais variados modelos, os desenhos animados se tornaram sua grande paixão junto com a pintura.


                                                                    Joaquin Phoenix

Momentos de mudança vêm, em 1997 ele começa a estudar na escola Esardi em Amposta, em conexão com a Llotja de Barcelona em que é examinado a cada final do curso, após dois anos estudando e trabalhando em paralelo, ele decide sair a fábrica de móveis e se dedicar integralmente a terminar seus estudos em técnicas pictóricas e pintura mural, a rua e o desemprego tornam-se seus únicos recursos para sobreviver.


                                                                Lars Von Trier

O primeiro desenho de verão na costa do Mediterrâneo é um desastre, a economia despenca, mas a criatividade aumenta, e ele ganha vários prêmios de pintura, com a moral mais alta os verões correm melhor e ele pode sustentar sua carreira artística e seus estudos que terminam no ano 2002.


                                                                   Viva los novios

A partir desse ano começou a investigar técnicas mistas com novos materiais, formas e cores, fazendo várias exposições no estrangeiro e ganhando mais alguns prémios de pintura, publicando também alguns cartoons em revistas e continuando o seu trabalho como cartunista de rua nos verões.


                                                                                Pelé

Até este ponto em que nos encontramos, com muita vontade de fazer arte, criar beleza e continuar com a ilusão de continuar a pintar e desenhar.

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terça-feira, 28 de junho de 2022

JAVIER BARDEM - BIOGRAFIA

 

                                                                 Javier Bardem

Proveniente de uma família de atores e cineastas, jogou rugby na seleção espanhola e estudou pintura, antes de se decidir pela carreira cinematográfica. Até então, contava apenas com uma pequena participação no cinema: com onze anos, atuou ao lado da mãe, Pilar Bardem.

Estudou na conceituada escola de interpretação Estudio Juan Carlos Corazza para

Em 1994 ganhou os prémios Fotograma de Prata, de melhor actor no Festival de San Sebastián e o Prémio Fernando Rey de melhor interpretação, por Días contados. Em 1995 e 1996, ganha o Prémio Goya. Em 1997, é escolhido o melhor actor do cinema europeu, por sua atuação em Carne trémula, de Pedro Almodóvar.

Por sua atuação em Before Night Falls, em que vive o papel do poeta cubano Reynaldo Arenas, discriminado e perseguido por ser homossexual, recebe o prémio de melhor ator no Festival de Veneza. Com este filme ganha projeção internacional e se torna o primeiro espanhol indicado ao Oscar de melhor ator.

Protagonizou o filme de estreia de John Malkovich como diretor, The Dancer Upstairs (2002), que narra a história da captura de Abimael Guzmán, líder do grupo guerrilheiro Sendero Luminoso, do Peru.

Em 2003 voltou a ganhar o Prémio Goya por seu papel em Los lunes al sol. Na cerimônia de entrega do prémio, faz um protesto contra a invasão do Iraque pelos Estados Unidos. No ano seguinte, venceu novamente no Festival de Veneza por seu complexo papel em Mar adentro. Neste filme, Bardem interpreta um personagem real, o tetraplégico Ramón Sampedro que empreendeu nos tribunais espanhóis uma batalha judicial pelo direito a se suicidar. Em 2005 foi membro do júri no Festival de Cannes.

No ano de lançamento de Goya's Ghosts, de 2006, ao lado de Natalie Portman, Bardem esteve envolvido em vários projetos. No ano de 2007 apareceu em Love in the Time of Cholera, baseado em romance de Gabriel García Márquez, interpretando Florentino Ariza, filho de Tránsito Ariza, vivida pela brasileira Fernanda Montenegro.

Em 2008, recebeu o Óscar na categoria de melhor actor secundário, pelo seu papel no filme No Country for Old Men, tornando-se no primeiro actor espanhol a receber este galardão. Em 2010, venceu o prémio de melhor actor no Festival de Cannes por sua atuação no filme mexicano Biutiful. O prémio foi dividido com o actor italiano Elio Germano, que atuou em La Nuostra Vita.

Em julho de 2010, Bardem casou-se com a atriz Penélope Cruz, com quem namorava havia três anos, 

Em 25 de janeiro de 2011, Javier Bardem recebeu sua segunda nomeação ao Oscar de melhor actor, desta vez por Biutiful, atuando em espanhol, sua língua materna.

Em outubro de 2011, anunciou na rede de televisão ABC que atuaria no próximo filme de James Bond, Skyfall.

Em 9 de novembro de 2012, o ator ganhou uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood, colocada bem ao lado de sua esposa, a também atriz Penélope Cruz.


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segunda-feira, 2 de maio de 2022

JACKSON DO PANDEIRO - BIOGRAFIA


                  Jackson do Pandeiro

                         Cantor, compositor e instrumentista brasileiro

José Gomes Filho, conhecido como Jackson do Pandeiro (o Rei do Ritmo), foi um importante instrumentista, compositor e cantor que gravou uma série de forrós e sambas e ajudou a popularizar a cultura nordestina.

O artista nasceu em Alagoa Grande (Paraíba) no dia 31 de agosto de 1919.

Origem

O rapaz era filho de José Gomes (oleiro) e Glória Maria da Conceição (também conhecida como Flora Mourão, uma cantadora de coco famosa na sua cidade natal).

José Filho viu desde cedo a mãe se apresentar e ficou interessado no universo da música. Percebendo a curiosidade do filho, Flora ofereceu quando o menino tinha oito anos um pandeiro.

O garoto começou a tocar com a mãe nas festas de Alagoa Grande.

Quando o menino tinha 13 anos ficou órfão de pai e a família se mudou para Campina Grande.

Carreira musical

Os primeiros passos

Fruto de uma família humilde, José começou a trabalhar cedo e foi engraxate, biscateiro e entregador de pão.

Aos 17 anos abandonou o emprego na padaria e foi substituir o baterista do Clube Ipiranga, tendo logo depois se tornado o percursionista oficial do grupo.

Em 1939 fez uma dupla com José Lacerda (irmão de Genival Lacerda) e começaram a se apresentar em Campina Grande.

A mudança de cidade

No princípio da década de 40, o artista se mudou para João Pessoa. Na capital da Paraíba atuou em cabarés e na rádio Tabajara durante seis anos. 

Em 1948 se mudou para Recife onde trabalhou na Rádio Jornal do Comércio. Foi durante esse período que abandonou de vez o nome de batismo para adotar o nome artístico Jackson. Nessa época fez dupla com o apresentador e compositor Rosil Cavalcanti.

Seu primeiro grande sucesso a estourar foi Sebastiana, que ganhou a boca do povo quando o artista já tinha 35 anos.

A saída do Nordeste

Depois de participar de programas em duas rádios importantes (a Mayrink Veiga e a Tupi), Jackson acabou por ser contratado pela Rádio Nacional.

Vivendo no Rio de Janeiro (para onde se mudou em 1954), foi ganhando fama com a música Forró em Limoeiro.

Jackson também participou, durante a década de 50, de uma série de filmes ao lado da sua então companheira Almira.

Músicas de Jackson do Pandeiro

As canções mais tocadas de Jackson do Pandeiro são:

  • Sebastiana
  • Forró em Limoeiro
  • Chiclete com Banana
  • Quem não chora não mama
  • Xote de Copacabana
  • Capoeira mata um
  • O canto da Ema
  • Tem pouca diferença
  • A cantiga do Sapo
  • Um a um
  • Cantiga da perua
  • Cabeça feita
  • Casaca de couro
  • Na base da chinela
  • Aquilo bom
  • Papagaio do futuro

Ouça na íntegra a canção Casaca de couro:

Discografia de Jackson do Pandeiro
A discografia de Jackson do Pandeiro compreende os seguintes álbuns:
  • Jackson do Pandeiro ao vivo (2011)
  • Jackson do Pandeiro - dois lados (2011)
  • Casaca de couro (1998)
  • Forró do Jackson (1997)
  • Sua Majestade - O Rei do Ritmo  (1997)
  • Isso é que é forró (1981)
  • Um nordestino alegre (1978)
  • Grandes sucessos (1977)
  • Alegria minha gente (1976)
  • Tem jabaculê (1964)

A vida pessoal do artista

Jackson foi casado com Almira Castilho de Albuquerque (a cerimônia aconteceu em 1956), sua parceira no mundo artístico e na vida até 1967, ano em que se separaram.

O artista se casou pela segunda vez com a baiana Neuza Flores dos Anjos.

Morte de Jackson do Pandeiro

Vítima de uma embolia cerebral e pulmonar, Jackson do Pandeiro faleceu aos 62 anos, em Brasília, durante uma excursão (após um show), no dia 10 de julho de 1982.

O artista foi enterrado no Cemitério do Caju (no Rio de Janeiro).


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quarta-feira, 27 de abril de 2022

NELSON MANDELA - BIOGRAFIA

 

                                                            Nelson Mandela

Nelson Mandela (1918-2013) foi presidente da África do Sul. Foi o líder do movimento contra o Apartheid - legislação que segregava os negros no país. Condenado em 1964 à prisão perpetua, foi libertado em 1990, depois de grande pressão internacional. Recebeu o “Prêmio Nobel da Paz”, em dezembro de 1993, pela sua luta contra o regime de segregação racial.

Infância e juventude

Nelson Mandela nasceu em Mvezo, África do Sul, no dia 18 de julho de 1918. Filho em uma família de nobreza tribal, da etnia Xhosa, recebeu o nome de Rolihiahia Dalibhunga Mandela.

Em 1925 ingressou na escola primária, onde recebeu da professora o nome de Nelson, em homenagem ao Almirante Nelson, seguindo um costume de dar nomes ingleses a todas as crianças que frequentavam a escola.

Com nove anos de idade, após a morte do seu pai, Mandela foi levado para a vila real, onde ficou aos cuidados do regente do povo Tambu.

Ao terminar sua formação elementar, Mandela entrou na escola preparatória, Clarkebury Boarding Institute, um colégio exclusivo para negros, onde estudou a cultura ocidental. Em seguida, ingressou no Colégio Healdtown, onde era interno.

Em 1939, Mandela ingressou no curso de Direito, na Universidade de Fort Hare, a primeira Universidade da África do Sul a ministrar cursos para negros.

Por se envolver em protestos, junto com o movimento estudantil, contra a falta de democracia racial na instituição, foi obrigado a abandonar o curso. Mudou-se para Joanesburgo, onde se deparou com o regime de terror imposto à maioria negra.

Em 1943, concluiu o bacharelado em Artes pela Universidade da África do Sul. Continuou os estudos de Direito, por correspondência, na universidade de Fort Hare. (Mais tarde receberia o título de "Doutor Honoris Causa", na tentativa de compensar a sua expulsão).


A luta de Mandela contra as leis de Apartheid

Em 1944, junto com Walter Sisulo e Oliver Tambo, Mandela fundou a “Liga Jovem do Congresso Nacional Africano (CNA)”, que se tornou o principal instrumento de representação política dos negros.

                                                                   1944

Entre as heranças deixadas pelos colonizadores europeus na África, o mais brutal foi o racismo da África do Sul. Apoiados nas ideias de superioridade racial do branco, o homem europeu instituiu leis que sustentaram o regime de “apartheid” (separação), que foi instalado em 1948 pelo Partido Nacional. 

O regime proibia o casamento inter-racial, obrigava o registro da raça na certidão, brancos e negros viviam em áreas separadas, onde as escolas, hospitais, praças etc. eram estabelecidos em locais distintos para as duas raças. 

A segregação racial, a falta de direitos políticos e civis e o confinamento dos negros, em regiões determinadas pelo governo branco, provocou uma série de massacres e mortes da população negra.

Muitos homens e mulheres da comunidade negra sul-africana dedicaram suas vidas a essa grande causa: o fim do apartheid. Nelson Mandela foi um dos mais notáveis líderes do movimento negro da África do Sul.

Prisão de Mandela

Em 1956, Mandela foi preso pela primeira vez, acusado de conspiração. Em 1960, diversos líderes negros foram perseguidos, presos, torturados, assassinados ou condenados. Entre eles estava Mandela, que em 1964 foi condenado à prisão perpétua. Ficou 27 anos no cárcere na Ilha de Robben.

Na década de 80, intensificou-se a condenação internacional ao apartheid que culminou com um plebiscito que terminou com a aprovação do fim do regime. No dia 11 de fevereiro de 1990, depois de 26 anos, o presidente da África do Sul Frederik de Klerk, libertou Mandela.

Ao sair da prisão, Mandela faz um discurso chamando o país para a reconciliação:

“Eu lutei contra a dominação branca e lutei contra a dominação negra. Eu tenho prezado pelo ideal de uma sociedade democrática e livre, na qual todas as pessoas possam viver juntas em harmonia e com iguais oportunidades. É um ideal pelo qual eu espero viver e que eu espero alcançar. Mas caso seja necessário, é um ideal pelo qual eu estou pronto para morrer”.

Prêmio Nobel da Paz

Em 1993, Nelson Mandela e o presidente assinam uma nova Constituição sul-africana, pondo fim a mais de 300 anos de dominação política da minoria branca, preparando a África do Sul para um regime de democracia multirracial. Nesse mesmo ano, recebem o Prêmio Nobel da Paz, pela luta em busca dos direitos civis e humanos no país.

Presidente da África do Sul

Após longas negociações, Mandela conseguiu a realização das eleições multirraciais em abril de 1994. Seu partido saiu vitorioso, e Mandela foi eleito o primeiro presidente democrático da África do Sul.



     Mandela - presidente da África do Sul - 1994      
                                                                                           

Finalmente, seu governo, com maioria no parlamento, acabou com o longo período de opressão aprovando importantes leis em favor dos negros. Em 1995, seu governo estabeleceu a Comissão de Verdade e Reconciliação, para analisar as violações de direitos humanos cometidas durante o apartheid.

Foram esclarecidos os episódios de violência cometidos pelos agentes do apartheid com o objetivo de expor a dor causada e buscar uma reparação, sem revanchismos.

Mandela, que governou até 1999, armou a população com o sentimento da conciliação nacional até eleger o seu sucessor. Em 2006, foi premiado pela Anistia Internacional, por sua luta em favor dos direitos humanos.


Família

Em 1944, Mandela casou-se com a enfermeira Evelyn Mase, com quem teve duas filhas e dois filhos. Em 1958 o casal se separou e nesse mesmo ano, casou-se com a militante antiapartheid, Winnie Madikizela, com quem teve duas filhas. Em 1992 o casal se separou.

Em 1998, casou-se com Graça Machel. Em 1999, quando deixou a presidência, Mandela foi morar com Graça em seu pequeno vilarejo de Qunu, quando criam uma fundação em defesa dos direitos humanos.

Nelson Mandela faleceu em Joanesburgo, África do Sul, no dia 5 de dezembro de 2013. Seu enterro foi realizado no domingo 15, em Qunu - onde passou a infância.


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terça-feira, 22 de março de 2022

JOÃO DAS ALAGOAS - BIOGRAFIA

 

 


                                                                  João Carlos da Silva

João das Alagoas vive há mais de 25 anos da arte da cerâmica e conta como se tornou reconhecido como um dos escultores mais renomados do país

 “Tudo o que eu tenho veio do barro”, nos conta o mestre João das Alagoas. Com as mãos ele molda o seu mundo particular. Nascido como João Carlos da Silva, o mestre, residente da pequena cidade de Capela (AL), multiplica em seu ateliê histórias vividas e ouvidas pelo Estado.

 

 
Antes mesmo de fazer sucesso com as mãos, João já fazia seu nome com os pés. É que esse negócio de ‘ser bom no que faz’ era com ele mesmo. Apaixonado pelo futebol, e jogando desde menino, o João em questão passou primeiro a ser chamado de João Maravilha. O reconhecimento, porém, foram as suas habilidosas mãos que lhe deram.

 

 
Hoje, com 55 anos e muita história pra contar, seu João fala com o brilho no olhar, enquanto esculpe cuidadosamente mais uma obra, como tudo o levou a viver em meio ao barro. Dono de técnicas muito particulares, o mestre hoje ensina outros artesãos. Com algumas peças espalhadas pelo mundo e talento de sobra, João também carrega, desde 2011, o título de Mestre do Patrimônio Vivo do Estado de Alagoas.

 

 

Mestre de outros mestres, antes discípulos, João conta um pouco de sua história e como se tornou um dos maiores escultores do país. “Sou autodidata. Aprendi a queimar o barro com uma tia que fazia panelas, o que deu continuidade à tendência que eu já tinha pela arte. Eu sonhava em ter brinquedos de criança, mas não tinha condições de comprar. E foi com o barro que comecei a criar meus próprios brinquedos”, conta.

 

 

“Eu transitei por outras áreas antes de viver do artesanato”, começa o artesão ao explicar seu nome. “Quando fiquei desempregado, em 1987, um amigo meu, que já vivia de artesanato, o mestre Deodato, disse que era o momento de arriscar e viver da minha arte. Participei de algumas exposições, mas foi em São Paulo que um marchand viu no meu trabalho algo diferente e me batizou como João das Alagoas, nome que me tornou conhecido mundialmente”.

 

Seu talento já lhe fez colecionar alguns títulos. “Tenho alguns prêmios nacionais de melhor artesão, uma menção honrosa, em Córdoba, na Argentina, diversas publicações em livros de história da arte e algumas obras integram importantes coleções de arte popular que estão expostas em galerias do Recife (PE), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS) e Rio de Janeiro (RJ). Também tenho peças expostas no exterior, como França e Itália, no Museu de Cerâmica do México”.

 

           
As inúmeras peças que circulam Brasil afora já não cabem nas contas de seu João. “Chegou um momento que não consegui mais contar. Não tenho ideia. É algo que nunca imaginei acontecer, viver do artesanato, sabe. Sou grato a Deus por esse dom. Fico feliz em saber que muitas dessas peças estão fazendo parte da história de outros lugares”.

 

Reconhecido como Mestre do Patrimônio Vivo de Alagoas em 2011, João fala da importância do título para o seu trabalho. “Eu fico muito emocionado em ser reconhecido como mestre. Esse título só existe em Alagoas e Pernambuco. Foi o Registro do Patrimônio Vivo que deu mais visibilidade ao meu trabalho, que levou a outros lugares a minha arte”. O mestre hoje também oferece oficinas à comunidade. “Inicialmente, esse grupo nasceu de uma necessidade pessoal. Comecei com apenas duas pessoas, há 17 anos, depois foi crescendo. Sil e Leonilson são os meus seguidores mais antigos e, hoje, assim como eu, conseguem viver do artesanato. Hoje somos 10”.


 

Ao ser perguntando se existe algo que ainda não realizou como artesão, mestre João tem a reposta na ponta da língua. “Só em ter meu trabalho reconhecido pelas pessoas eu já me sinto feliz. Tudo o que eu tenho foi o barro quem me deu. Se morresse hoje, morreria realizado. Enquanto isso vou me aperfeiçoando. Sou um eterno aprendiz”.


Reforma do Ateliê

Em setembro de 2017, o Governo do Estado, em parceria com a Prefeitura de Capela, assinou um convênio para reformar o ateliê do mestre artesão. Orçado em R$ 199.983,80, o convênio vai garantir um ambiente mais adequado para a produção artesanal.

 

       

“A reforma vai ser muito importante pra gente. Esse prédio aqui tem muita umidade, não é adequado para funcionar como ateliê. Com a reforma vamos poder receber as pessoas melhor, e isso, com certeza, trará mais visibilidade ao nosso trabalho", explicou João das Alagoas”.

Texto de Júlya Rocha


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