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sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

CASTRO ALVES - BIOGRAFIA

                                       



 Castro Alves

Biografia, obras e estilo literário 

Antônio Frederico de Castro Alves foi um importante poeta brasileiro do século XIX. Nasceu na cidade de Curralinho (Bahia) em 14 de março de 1847.

No período em que viveu (1847-1871), ainda existia a escravidão no Brasil. O jovem baiano, simpático e gentil, apesar de possuir gosto sofisticado para roupas e de levar uma vida relativamente confortável, foi capaz de compreender as dificuldades dos negros escravizados.

Manifestou toda sua sensibilidade escrevendo versos de protesto contra a situação a qual os negros eram submetidos. Este seu estilo contestador o tornou conhecido como o “Poeta dos Escravos”. 

Aos 21 anos de idade, mostrou toda sua coragem ao recitar, durante uma comemoração cívica, o “Navio Negreiro”. A contra gosto, os fazendeiros ouviram-no clamar versos que denunciavam os maus tratos aos quais os negros eram submetidos. 

Além de poesia de caráter social, este grande escritor também escreveu versos lírico-amorosos, de acordo com o estilo de Vítor Hugo. Pode-se dizer que Castro Alves foi um poeta de transição entre o Romantismo e o Parnasianismo. 

Este notável escritor morreu ainda jovem, antes mesmo de terminar o curso de Direito que iniciara, pois, vinha sofrendo de tuberculose desde os seus 16 anos.

Apesar de ter vivido tão pouco, este artista notável deixou livros e poemas significativos.

Poesias de Castro Alves:

- Espumas Flutuantes, 1870

- A Cachoeira de Paulo Afonso, 1876 

- Os Escravos, 1883 

- Hinos do Equador, em edição de suas Obras Completas (1921) 

- Navio Negreiro (1869) 

- Tragédia no lar 

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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

CLAUDIO MANUEL DA COSTA - BIOGRAFIA

                              

                                                  Claudio Manuel da Costa
Nasceu na cidade de Ribeirão do Carmo (hoje Mariana), em Minas Gerais, no ano de 1729. 
Aos vinte anos foi a Portugal para estudar Direito na faculdade de Coimbra, dividindo as obrigações do curso com a produção literária. Depois de terminada a faculdade, retorna ao Brasil onde exerce a função de advogado na então cidade de Vila Rica (hoje Ouro Preto).
Em Minas Gerais ajudou a fundar a Arcádia Ultramarina com os poetas com Manuel Inácio da Silva, Silva Alvarenga e Tomás Antônio Gonzaga entre outros poetas e intelectuais. Adotou, no ano de 1773, o pseudônimo de Glauceste Satúrnio, sob o qual escreveu a maioria de suas poesias. 
Inspirados pelo pensamento iluminista, os integrantes da Arcádia desenvolveram uma conspiração política contra o governador da capitania, culminando na Conjuração Mineira. Por essa época, sua poesia adquire um tom político e o poeta se mostra preocupado com diversas questões políticas e sociais. O movimento levou seus membros à prisão, sob acusação de lesa-majestade, isto é, de traição ao rei de Portugal. 
Por seu envolvimento na Conjuração Mineira, o poeta foi encontrado morto em sua cela no ano de 1789. A causa da sua morte ainda não foi esclarecida e alguns historiadores acreditam que ele tenha sido morto a mando do Governador, outros, que ele haveria cometido suicídio.
Anos mais tarde, ao final do século XIX, como homenagem, Claudio Manoel da Costa foi escolhido o Patrono da cadeira de número oito da Academia Brasileira de Letras.

Obras
Claudio Manoel da Costa é considerado o primeiro poeta do movimento árcade brasileiro, embora ainda apresente características barrocas em toda a sua obra, principalmente no que diz respeito ao estilos cultista e conceptista utilizados, compondo poemas perfeitos na forma e na linguagem. Por isso, costuma-se dizer que Claudio Manoel da Costa é um poeta de transição entre o barroco e o arcadismo. Além disso, seus poemas têm influência dos versos camonianos.
O início do movimento árcade na literatura brasileira tem como marco a publicação de sua coletânea de poemas intitulada Obras (1768). Diferentemente da produção poética anterior, Claudio Manoel da Costa prioriza o retrato da natureza como um local de refúgio dos problemas da vida urbana, onde o poeta/pastor pode desfrutar da vida rural.
Seus temas giram em torno de reflexões morais e das contradições da vida, além de ter escrito um poema épico, Vila Rica, no qual exalta o bandeirantes, exploradores do interior do país além, é claro, da fundação da cidade de mesmo nome.

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sábado, 2 de maio de 2015

MÁRIO QUINTANA - BIOGRAFIA

                   
                                      Mário de Miranda Quintana
                              Alegrete, RS. – 30 de Julho de 1906 
                            Porto Alegre, RS. – 5 de Maio de 1994 


Mário de Miranda Quintana, quarto filho de Celso de Oliveira Quintana, farmacêutico, e de D. Virgínia de Miranda Quintana. Com 7 anos, auxiliado pelos pais, aprende a ler tendo como cartilha o jornal Correio do Povo. Seus pais ensinam-lhe, também, rudimentos de francês.

No ano de 1914 inicia seus estudos na Escola Elementar Mista de Dona Mimi Contino.
Em 1915, ainda em Alegrete, freguentou a escola do mestre português Antônio Cabral Beirão, onde conclui o curso primário. Nessa época trabalhou na farmácia da família. Foi matriculado no Colégio Militar de Porto Alegre, em regime de internato, no ano de 1919. Começa a produzir seus primeiros trabalhos, que são publicados na revista Hyloea, órgão da Sociedade Cívica e Literária dos alunos do Colégio.
Por motivos de saúde, em 1924 deixa o Colégio Militar. Emprega-se na Livraria do Globo, onde trabalha por três meses com Mansueto Bernardi. A Livraria era uma editora de renome nacional.
No ano seguinte, 1925, retorna a Alegrete e passa a trabalhar na farmácia de seu pai. No ano seguinte sua mãe falece. Seu conto, A Sétima Personagem, é premiado em concurso promovido pelo jornal Diário de Notícias, de Porto Alegre.
O pai de Quintana falece em 1927. A revista Para Todos, do Rio de Janeiro, publica um poema de sua autoria, por iniciativa do cronista Álvaro Moreyra, diretor da citada publicação.
Em 1929, começa a trabalhar na redação do diário O Estado do Rio Grande, que era dirigida por Raul Pilla. No ano seguinte a Revista do Globo e o Correio do Povo publicam seus poemas.
Vem, em 1930, por seis meses, para o Rio de Janeiro, entusiasmado com a revolução liderada por Getúlio Vargas, também gaúcho, como voluntário do Sétimo Batalhão de Caçadores de Porto Alegre.
Volta a Porto Alegre, em 1931, e à redação de O Estado do Rio Grande.
O ano de 1934 marca a primeira publicação de uma tradução de sua autoria: Palavras e Sangue, de Giovanni Papini. Começa a traduzir para a Editora Globo obras de diversos escritores estrangeiros: Fred Marsyat, Charles Morgan, Rosamond Lehman, Lin Yutang, Proust, Voltaire, Virginia Woolf, Papini, Maupassant, dentre outros. O poeta deu uma imensa colaboração para que obras como o denso Em Busca do Tempo Perdido, do francês Marcel Proust, fossem lidas pelos brasileiros que não dominavam a língua francesa.
Retorna à Livraria do Globo, onde trabalha sob a direção de Érico Veríssimo, em 1936.
Em 1939, Monteiro Lobato lê doze quartetos de Quintana na revista lbirapuitan, de Alegrete, e escreve-lhe encomendando um livro. Com o título Espelho Mágico o livro vem a ser publicado em 1951, pela Editora Globo.
A primeira edição de seu livro A Rua dos Cataventos, é lançada em 1940 pela Editora Globo. Obtém ótima repercussão e seus sonetos passam a figurar em livros escolares e antologias.
Em 1943, começa a publicar o Do Caderno H, espaço diário na Revista Província de São Pedro.
Canções, seu segundo livro de poemas, é lançado em 1946 pela Editora Globo. O livro traz ilustrações de Noêmia.
Lança, em 1948, Sapato Florido, poesia e prosa, também editado pela Globo. Nesse mesmo ano é publicado O Batalhão de Letras, pela mesma editora.
Seu quinto livro, O Aprendiz de Feiticeiro, versos, de 1950, é uma modesta plaquete que, no entanto, obtém grande repercussão nos meios literários. Foi publicado pela Editora Fronteira, de Porto Alegre.
Em 1951 é publicado, pela Editora Globo, o livro Espelho Mágico, uma coleção de quartetos, que trazia na orelha comentários de Monteiro Lobato.
Com seu ingresso no Correio do Povo, em 1953, reinicia a publicação de sua coluna diária Do Caderno H (até 1967). Publica, também, Inéditos e Esparsos, pela Editora Cadernos de Extremo Sul – Alegrete (RS).
Em 1962, sob o título Poesias, reúne em um só volume seus livros A Rua dos Cataventos, Canções, Sapato Florido, espelho Mágico e O Aprendiz de Feiticeiro, tendo a primeira edição, pela Globo, sido patrocinada pela Secretaria de Educação e Cultura do Rio Grande.
 Mário Quintana: BORBOLETAS

Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de
se decepcionar é grande.

As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.

Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.

As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você. 

O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você. 

No final das contas, você vai achar
não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!
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domingo, 12 de abril de 2015

CECÍLIA MEIRELES - BIOGRAFIA

                       
                                                  Cecília Meireles

Cecília Meireles é uma das grandes escritoras da literatura brasileira. Seus poemas encantam os leitores de todas as idades. Nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro e seu nome completo era Cecília Benevides de Carvalho Meireles.

Sua infância foi marcada pela dor e solidão, pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não chegou a conhecer (morreu antes de seu nascimento). Foi criada pela avó Dona Jacinta. Por volta dos nove anos de idade, Cecília começou a escrever suas primeiras poesias.  

Formou-se professora (cursou a Escola Normal) e com apenas 18 anos de idade, no ano de 1919, publicou seu primeiro livro “Espectro” (vários poemas de caráter simbolista). Embora fosse o auge do Modernismo, a jovem poetisa foi fortemente influenciada pelo movimento literário simbolista. 

No ano de 1922, Cecília casou-se com o pintor Fernando Correia Dias. Com ele, a escritora teve três filhas.  

Sua formação como professora e interesse pela educação levou-a a fundar a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro no ano de 1934. 

Escreveu várias obras na área de literatura infantil como, por exemplo, “O cavalinho branco”, “Colar de Carolina”, “Sonhos de menina”, “O menino azul”, entre outros. Estes poemas infantis são marcados pela musicalidade (uma das principais características de sua poesia). 

O marido suicidou-se em 1936, após vários anos de sofrimento por depressão. O novo casamento de Cecília aconteceu somente em 1940, quando conheceu o engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira.  

No ano de 1939, Cecília publicou o livro Viagem. A beleza das poesias trouxe-lhe um grande reconhecimento dos leitores e também dos acadêmicos da área de literatura. Com este livro, ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. 

Cecília faleceu em sua cidade natal no dia 9 de novembro de 1964.  


Relação de suas obras: 

Espectro - 1919

Criança, meu amor - 1923

Nunca mais... - 1923

Poema dos Poemas -1923

Baladas para El-Rei - 1925

O Espírito Vitorioso - 1935

Viagem - 1939

Vaga Música - 1942

Poetas Novos de Portugal - 1944

Mar Absoluto - 1945

Rute e Alberto - 1945

Rui — Pequena História de uma Grande Vida - 1948

Retrato Natural - 1949

Amor em Leonoreta - 1952

12 Noturnos de Holanda e o Aeronauta - 1952

Romanceiro da Inconfidência -1953

Poemas Escritos na Índia - 1953

Batuque - 1953

Pequeno Oratório de Santa Clara - 1955

Pistóia, Cemitério Militar Brasileiro - 1955

Panorama Folclórico de Açores -1955

Canções - 1956

Giroflê, Giroflá - 1956

Romance de Santa Cecília - 1957

A Rosa - 1957

Obra Poética -1958

Metal Rosicler -1960

Solombra -1963

Ou Isto ou Aquilo -1964

Escolha o Seu Sonho - 1964  

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segunda-feira, 2 de março de 2015

DOMINGOS CALDAS BARBOSA - BIOGRAFIA

                           

                                                                        CALDAS BARBOSA
Domingos Caldas Barbosa nasceu no Rio de Janeiro, em 4 de agosto de 1738.
Faleceu em 9 de novembro de 1800, no palácio do Conde de Pombeiro, em Bemposta, Lisboa.
Fez os primeiros estudos no colégio dos padres jesuítas, já revelando ali veia satírica e dotes de repentista.
Tornou-se o poeta satírico mais admirado (e também detestado) do Arcadismo brasileiro. Não poupava mestres e condiscípulos, mas principalmente ridicularizava as pretensões e as injustiças dos portugueses.
Por conta das sátiras, indispôs-se com os poderosos da época. Para escapar às perseguições, foi para Portugal onde buscou novas oportunidades para projetar-se.
Em Lisboa, ganhou a amizade do Dr. José de Vasconcelos e Sousa, regedor das justiças e, depois, Conde do Pombeiro e Marquês de Belas. Com a proteção do conde, conseguiu estudar e tornar-se capelão da Casa da Suplicação.
A proteção do conde fez que Caldas Barbosa ganhasse notoriedade literária, causando inveja a Bocage que, com sátiras, tentou ofuscar a fama do poeta brasileiro. Apesar da oposição de Bocage, Caldas Barbosa teve reconhecimento da casta portuguesa.
Pertenceu à Academia de Roma, com o pseudônimo de Lereno Selinuntino.
Foi o poeta mais popular do Arcadismo, tendo os poemas transformados em modinhas.
OBRA 
Obras Poéticas (poesias esparsas reunidas pelos amigos e publicadas em Paris, em 1865, sob o patrocínio de D. Pedro II).
POEMAS FAMOSOS:
1. Bárbara Heliodora (lira escrita na prisão). 
2. Estela e Nize (soneto lírico-amoroso).
Viola de Lereno (coleção de suas cantigas, Lisboa, 1798).
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sábado, 28 de fevereiro de 2015

CLÁUDIO MANUEL DA COSTA - BIOGRAFIA

           

                                   Cláudio Manuel da Costa



Cláudio Manuel da Costa (1729-1789) foi um poeta do Brasil colônia. Um dos maiores poetas do arcadismo, escola literária trazida da Europa, que valorizava a vida no campo e os elementos da natureza. Homem culto conhecedor de Camões e Petrarca, deixou uma obra literária muito rica. Foi aluno da Universidade de Coimbra. Sua carreira literária teve início com a publicação do livro "Obras Poéticas". Tornou-se conhecido também por sua participação na Inconfidência Mineira. É Patrono da cadeira nº 8 da Academia Brasileira de Letras.

Cláudio Manuel da Costa (1729-1789) nasceu na zona rural de Ribeirão do Carmo, hoje Mariana, em Minas Gerais. Filho de João Gonçalves da Costa, ligado à mineração, e Teresa Ribeira de Alvarenga, natural de Minas Gerais. De família rica, estudou no Colégio dos Jesuítas no Rio de Janeiro e em 1753 formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra. Em Portugal teve contato com as renovações da cultura empreendida pelo Marquês de Pombal e Verney.

Dedicou simultaneamente à poesia, tendo publicado vários folhetos de versos. Depois de formado em Direito, regressou ao Brasil em 1754, para exercer em Vila Rica, hoje a cidade de Ouro Preto, as funções de advogado e fazendeiro. Entre 1762 e 1765 exerceu o cargo de Secretário do Governo da Capitania.

Cláudio Manuel da Costa inicia sua carreira literária em 1768, com a publicação de "Obras Poéticas", livro que marca o início do arcadismo no Brasil. O poeta cultivou a poesia lírica e a épica. Na lírica o tema é a desilusão amorosa, na épica sua poesia é inspirada na descoberta das minas, na saga dos bandeirantes e nas revoltas locais.

Cláudio Manuel da Costa tornou-se conhecido também por sua participação na Inconfidência Mineira, movimento pela independência do Brasil, que ocorreu em 1789 em Vila Rica. 

Os poetas Tomás Antônio Gonzaga, Inácio José de Alvarenga Peixoto, seus companheiros em Coimbra e Joaquim José da Silva Xavier, Joaquim Silvério dos Reis, entre outros, preparavam uma revolta para estabelecer um governo independente de Portugal. Traídos por Joaquim Silvério dos Reis, os conspiradores foram presos.

Cláudio Manuel da Costa foi levado para prisão, no dia 25 de maio de 1789 e encontrado morto no dia 4 de julho do mesmo ano.

Obra de Cláudio Manuel da Costa

Munúsculo Métrico, poesia, 1751
Epicédio, poesia, 1753
Labirinto de Amor, 1753
Números Harmônicos Temperados em
Heroica e Lírica Ressonância, poesia, 1753
Obras Poéticas, poesia, 1768
Vila Rica, poesia, 1839

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

EDOUARD JOACHIM COPPÉE - BIOGRAFIA

             
François Edouard Joachim Coppée foi um poeta e romancista francês.
Ele nasceu em Paris a um funcionário público. Depois de assistir o Lycée Saint Louis tornou-se funcionário do ministério da guerra, e ganhou o favor do público como um poeta da escola parnasiana. Seus primeiros versos impressos datam de 1864. Em 1869, sua primeira peça, Le Passant, foi recebida com aprovação no teatro Odéon, e mais tarde Dois Fais ce que e Les Bijoux de la délivrance, dramas poéticos curtas inspirados na Guerra Franco Prussiana, foram aplaudido.
Depois que ocupam um lugar na biblioteca do Senado, Coppée foi escolhido em 1878 como arquivista da Comédie Française, cargo que ocupou até 1884. Nesse ano, a sua eleição para a Academia Francesa fez com que ele se aposentar a partir de todos os compromissos públicos. Ele foi feito um oficial da Legião de Honra em 1888.
Coppée ficou famoso como le poète des humildes. Seu verso e prosa foco em expressões simples de emoção, o patriotismo, a alegria do amor jovem, eo pitifulness dos pobres. Ele continuou a escrever peças de teatro, principalmente dramas sérios em verso, dois em colaboração com Armand d'Artois. O desempenho de um curto episódio da Comuna, Le Pater, foi proibida pelo governo em 1889. 
Coppée publicou sua primeira obra em prosa em 1875 e passou a publicar contos, uma autobiografia de sua juventude, uma série de pequenos artigos sobre diversos assuntos, e La Bonne Souffrance, um relato popular da sua reconversão para a Igreja Católica Romana. Sua conversão foi devido a uma doença grave que por duas vezes o levou à beira da morte. 
Ele também estava interessado nos assuntos públicos, juntando-se a parte mais violenta do movimento nacionalista e tendo um papel de liderança contra Alfred Dreyfus no caso Dreyfus. Ele foi um dos fundadores da Liga de la Patrie Française.

Crítica

O poeta Arthur Rimbaud, um jovem contemporâneo de Coppée, publicou numerosos paródias de poesia de Coppée. Paródias de Rimbaud foram publicados em L'Album Zutique. A maioria desses poemas parodiar o estilo e a forma de alguns poemas curtos por Coppée. Rimbaud publicou-os sob o nome de François Coppée.
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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

ANTÓNIO FELICIANO DE CASTILHO - BIOGRAFIA

                                                        

                                                 ANTÓNIO FELICIANO DE CASTILHO


                                                  NASCEU EM. - 28 de janeiro de 1800.
                                                                  FALECEU EM.  18 de junho de 1875.

Fidalgo da Casa Real, por sucessão a seus maiores, cavaleiro da antiga Ordem da Torre e Espada; oficial da imperial Ordem da Rosa do Brasil, bacharel formado em cânones pela Universidade de Coimbra, comissário geral de instrução primária pelo método português, que ele criou; sócio da Academia Real das Ciências de Lisboa, membro do Real Conservatório, vogal do Conselho de Instrução Pública e do antigo Conselho Dramático; sócio da Sociedade Jurídica de Lisboa, e da Literária Portuense, do Instituto Histórico de Paris, da Academia das Ciências e Belas Letras de Ruão, da dos Ardentes de Viterbo, da Academia de História de Madrid, e da Arcádia Romana, com o nome deMemnide Eginense, escritor e poeta, etc.

Nasceu em Lisboa a 28 de janeiro de 1800, onde também faleceu a 18 de junho de 1875. Era filho do dr. José Feliciano de Castilho, médico da Real Câmara e lente de prima da Universidade , e de sua mulher, D. Domicilia Máxima de Castilho.

Era uma criança enfezada, que afinal começava a tomar prometedoras proporções, quando adoeceu gravemente, manifestando sérios sintomas de tísica, receando-se muito que não pudesse salvar-se. Resistiu, porém, e já lia e escrevia quando nos seis anos o sarampo o prostrou novamente no leito, tomando um carácter gravíssimo; ainda teve a fortuna de resistir, mas com a infelicidade de ficar privado da vista, tornando-se inúteis todos os meios empregados pela medicina, especialmente por seu pai, para o livrar da terrível cegueira. 

Custa a acreditar que, aprendendo somente pelo que ouvia ou lhe diziam, Castilho pudesse alcançar tão grande erudição, o conhecimento superficial dumas poucas de línguas, e a ciência da língua portuguesa tanto a fundo, que não é fácil determinar aquilo em que mais primava, nem decidir-se se o poeta era maior que o prosador. 

Acompanhado por seu irmão Augusto Frederico de Castilho, quase da mesma idade, com ele estudou humanidades, se instruiu no conhecimento dos poetas latinos, que foram sempre os seus estudos prediletos, e com ele se matriculou na Universidade de Coimbra, na faculdade de cânones, em que ambos se formaram. 

Foi discípulo do padre José Fernandes, latinista de primeira ordem e poeta muito apreciável, a quem deveu os elementos necessários para adquirir o conhecimento profundo da língua latina, que sempre o distinguiu. 

O seu talento poético começou a desenvolver-se, sendo ainda criança; versejava com a máxima facilidade, e os seus primeiros versos tinham já o cunho melodioso e bocagiano; que foi o característico da sua poesia. Tinha dezasseis anos, quando escreveu e publicou um Epicédio na morte da augustíssima senhora D. Maria I rainha fidelíssima. Esta poesia causou a maior surpresa, por ser firmada por um poeta de tão tenra idade, e sobretudo cego. 

O paço agradeceu a homenagem à memória da soberana, concedendo-lhe uma pequena pensão, que teve apenas o carácter dum aplauso e dum incitamento.
Em 1818 publicou outro poemeto, intitulado: À faustíssima aclamação de s. m. o sr. D. João VI ao trono. Estas duas composições granjearam-lhe o despacho da propriedade duma escrivaninha de ofício de escrivão chanceler e promotor do Juízo da Correição da cidade de Coimbra, cujo lugar, pelo seu natural impedimento, era exercido por seu tio António Barreto de Castilho. Em 1820 publicou uma Ode à morte de Gomes Freire e seus sócios, e nesse ano também imprimiu anonimamente o elogio dramático, 

A Liberdade, para se representar num teatro particular. No sarau realizado na sala dos capelos da universidade em 21 e 22 de novembro de 1820, recitou várias composições, que andam insertas na Coleção publicada em Coimbra. Em 1821 imprimiu o seu poema pseudoclássico Cartas de Eco e Narciso, dedicadas à mocidade acadêmica. 

Em outubro de 1826, sendo provido no priorado de S. Mamede da Castanheira do Vouga seu irmão Augusto, que abraçara o estado eclesiástico, e que era o seu companheiro inseparável, seguiu-o àquela solidão alpestre escondida nas abas da serra do Caramulo. Ali viveu durante oito anos. Os tempos eram difíceis, as perseguições políticas começaram pouco depois, seguiu-se-lhes a guerra civil; os seus ecos dolorosos chegavam por vezes aos recôncavos daquele retiro; seguia-os o susto, o sobressalto, a inquietação do espírito; pois através de tudo lá penetraram também os rumores da revolução literária que ia lavrando na Europa, e isto bastou para lhe alvoroçar a alma. Foi nessa época que traduziu as Metamorfoses e os Amores de Ovídeo, que escreveu muitos dos versos que depois se incorporaram nas Escavações poéticas, e que compôs dois poemetos: A noite do Castelo e os Ciúmes do Bardo

A publicação das Cartas de Eco e Narciso motivou ao poeta uma aventura romanesca. Uma dama reclusa no convento de Vairão, D. Maria Isabel Baena Coimbra Portugal, escreveu-lhe dando-se como uma nova Eco, e perguntando se ele procederia como Narciso. Esta intriga galante deu em resultado a série de quadras do Amor e Melancolia, que o poeta compôs, e publicou em Coimbra no ano de 1828. Esta senhora veio a ser sua esposa, realizando-se o casamento em 29 de julho de 1834. 

Pouco durou este idílio, porque D. Maria Isabel faleceu em 1 de fevereiro de 1837. No ano de 1840 acompanhou seu irmão Augusto à ilha da Madeira, e assistiu à sua morte em 31 de dezembro desse ano. Castilho tentou vulgarizar a história de Portugal numa publicação por fascículos, intitulada Quadros históricos

A Sociedade propagadora dos Conhecimentos Úteis, que fundara o jornal literário O Panorama, publicou em 1839 oito fascículos desta obra, em que colaborou Alexandre Herculano, escrevendo o último quadro. Nesse mesmo ano passou as segundas núpcias com D. Ana Carlota Xavier Vidal, natural da ilha da Madeira, que faleceu em 1871.

 Nos primeiros dias de 1841 voltou da ilha da Madeira, e em 1 de outubro publicava-se o primeiro número da Revista Universal Lisbonense, por ele fundada e dirigida, uma das folhas que mais serviços prestou à agricultura, à industria, às artes, à história, à moralidade e às letras. 

Deixou a direção da Revista em 17 de junho de 1845, e nesse ano e no seguinte, de colaboração com seu irmão, o conselheiro José Feliciano de Castilho, deu principio à Livraria Clássica Portuguesa, onde escreveu as biografias e juízos críticos com referência a Bernardes e a Garcia de Resende.

Em 1846 fez uma rápida passagem pela política, militando no partido cartista, e escrevendo um panfleto intitulado: Crónica certa muito verdadeira da Maria da Fonte, escrita por mim mesmo que sou seu tio, o mestre Manuel. da Fonte, sapateiro do Peso da Régua, dada à luz por um cidadão demitido que tem tempo para tudo

Por esse tempo começou também a luta em que empenhou uma grande parte da sua vida, para fazer adotar o seu método de leitura, contra o qual se levantaram grandes polemicas. 

Depois, duma luta pertinaz pela violência dos adversários, só ficou vitorioso em parte, porque se o governo o nomeou comissário para a propagação do seu método e lhe deu um lugar no Conselho Superior de Instrução Pública, nunca o fez adotar oficialmente, e foi esse o eterno pesar da sua vida. Em 1847, desgostoso por ver a frieza com que fora acolhida em Portugal a sua inovação, partiu para os Açores, onde se demorou até 1850. Em Ponta Delgada escreveu o Estudo Histérico-Poético de Camões, enriquecido de curiosas notas, fundou uma tipografia, onde se imprimiu o jornal o Agricultor Michalense, a convite da sociedade promotora da agricultura da ilha, sendo, Castilho o redator principal; estabeleceu conferências que despertaram o amor de estudo; fundou a sociedade dos Amigos das Letras e Artes; escreveu a Felicidade pela agricultura, oTratado de Mnemónica, o Tratado de metrificação, as Noções rudimentares para uso das escolas, e traduziu os Colóquios aldeãos de Timon; tentou radicar a tipografia e a gravura em madeira; compôs para aplicar a poesia à música, e torná-la por isso mais atrativa, o hino do trabalho que se tornou muito popular, o dos lavradores, e o da infância no estudo; por sua iniciativa se criaram na ilha escolas gratuitas, umas de instrução primária, outras de instrução secundária; aí se ensaiou pela primeira vez o método de leitura repentina.


No dia 22 de fevereiro de 1850 regressou a Lisboa, e empregou-se com violência na luta contra os adversários do seu método de leitura, que se publicaram duas edições em 1850 saindo a terceira em 1853, refundida e acompanhada de vinhetas, com o titulo deMétodo português Castilho. Esta propaganda também motivou grandes polémicas, em que por vezes Castilho se excedeu, como na Tosquia de um Camelo, carta a todos os mestres das aldeias e das cidades, em 1853; O ajuste de contas, em 1854, e Resposta aos Novíssimos impugnadores do Método português, de 1854, publicando neste mesmo ano a 4.ª edição do Método

Em 1853 foi nomeado comissário geral de instrução primária; então abriu cursos públicos em Lisboa, Leiria, Porto e Coimbra, para instruir os professores. Em 1865 foi ao Brasil com o intuito de propagar, o seu Método donde voltou nesse mesmo ano, sendo recebido amigavelmente pelo imperador D. Pedro II, a quem dedicou o seu drama Camões, e de quem foi sempre dileto amigo, até à morte.

Quando D. Pedro V criou em 1858 as três cadeiras do Curso Superior de Letras, ofereceu a Castilho a cadeira de literatura portuguesa, que ele não quis aceitar. Em 1861 publicou se a nova edição do Amor e melancolia, aumentada com a Chave do enigma, parte complementar desenvolvida, com a autobiografia do poeta até 1837. 

Em 1862 publicou-se a tradução dos Fastos de Ovídeo, em seis volumes, seguida de copiosíssimas notas escritas a seu convite por diferentes escritores portugueses. 

Em 1863 publicou-se o Outono, coleção de poesias. Em 1866 foi a Paris em companhia de seu irmão José Feliciano de Castilho, sendo ali apresentado a Alexandre Dumas, de quem era apaixonado admirador. 

Nesse ano publicou em Paris a Lírica de Anacreonte; em 1867, também em Paris, apareceu urna edição luxuosa da tradução das Geórgicasde Virgílio; em 1868 saíram os Ciúmes do Bardo, com a tradução em italiano pelo próprio autor. 

Castilho empreendeu a tradução do Fausto, de Goethe, primeira parte, sobre uma tradução francesa. Surgiu uma polémica violenta, chamada a Questão faustiana

Existe um grande número de cartas de Castilho publicadas em jornais e revistas a este respeito, que bem mereciam ser coligidas em volume. 

Cântico da Noite – Poesia de Antônio Feliciano de Castilho

Sumiu-se o sol esplêndido
Nas vagas rumorosas!
Em trevas o crepúsculo
Foi desfolhando as rosas !
Pela ampla terra alargar-se
Calada solidão!
Parece o mundo um túmulo
Sob estrelado manto!
Alabastrina lâmpada,
Lá sobe a lua! Entanto
Gemidos d’aves lúgubres
Soando a espaços vão!
Hora dos melancólicos,
Saudosos devaneios!
Hora que aos gostos íntimos
Abres os castos seios!
Infunde em nossos ânimos
Inspiração da fé!
De noite, se um revérbero (683)
De Deus nos alumia,
Destila-se de lágrimas
A prece, a profecia!
A alma elevada em êxtase
Terrena já não é!
Antes que o sono tácito (684)
Olhos nos cerre, e os sonhos
Nos tomem no seu vórtice,
Já rindo, e já medonhos,
Hora dos céus, conserva-me
No extinto e no porvir.
Onde os que amei? sumiram-se.
Onde o que eu fui? deixou-me.
Deles, só vãs memórias;
De mim, só resta um nome:
No abismo do pretérito (685)
Desfez-se choro e rúy
Desfez-se! e quantas lágrimas
Brotaram de alegrias! Desfez-se!
e quantos júbilos
Nasceram de agonias!
Teu curso, ó Providência,
Quem no previu jamais?
Que horas dest’hora tácita
Me irão desabrochando?
Quantos nos fêz cadáveres
Num leito o sono brando!
Vir-me-ão co’a aurora próxima
As saudações, os ais?
Se o penso, tremo, aterro-me;
Porém, se ao Pai Supremo
Remonto o meu espírito,
Exulto; já não tremo,
A alma lhe dou; reclino-me
No sono sem pavor. Chama-me?
Ascendo à pátria; Poupa-me?
Aspiro a ela.
Servir-te! ou ver-te e amarmo-nos!
Que sorte, ó Deus, tão bela!
Vem, cerra as minhas pálpebras,
Virgem do casto amor!

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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

ANTÔNIO CÂNDIDO GONÇALVES CRESPO - BIOGRAFIA

                              
                                                       ANTÔNIO CÂNDIDO GONÇALVES CRESPO

Poeta, tradutor e deputado português, nascido no Brasil. Filho de um comerciante português e de uma mestiça brasileira, veio para Portugal com catorze anos de idade. 

Estudou na Universidade de Coimbra, onde se formou em Direito, em 1875. Foi considerado o introdutor do parnasianismo em Portugal, colaborando na publicação A Folha, instrumento divulgador do ideal estético daquele movimento. 

Assinou artigos em vários jornais e participou no salão da escritora Maria Amália Vaz de Carvalho, com quem casaria mais tarde. 

Aqui aproveitou para se dar a conhecer nos meios mundanos das letras e da política, abrindo-se-lhe as portas para uma carreira de deputado. 

A sua poesia revela influências dos poetas franceses (Théophile Gautier, Leconte de Lisle, Sully Prudhomme, Verlaine, Mallarmé e Baudelaire), sendo marcada pelo uso de descrições realistas e exactas e uma extrema preocupação a nível estilístico. Em alguns dos seus poemas a influência parnasiana coabita com certos lugares comuns ultra-românticos (tema, figuras históricas e acontecimentos contemporâneos). 


Gonçalves Crespo cantou as saudades do Brasil e da mãe, que se manteve por lá, em poemas doridos e angustiados, como o soneto «Mater dolorosa», mas cantou também o mar e os grandes feitos dos navegadores portugueses em Camoniana. 

Publicou dois livros de poemas, Miniaturas (1871) e Nocturnos (1872), que se encontram reunidos nas Obras Completas (1897) do autor, com prefácio de Teixeira de Queirós e Maria Amália Vaz de Carvalho.

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