Translate

Mostrando postagens com marcador PINTORES. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador PINTORES. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 22 de abril de 2019

FRANCISCO GOITIA - BIOGRAFIA

                                        Resultado de imagem para Trabalhos de Francisco Goitia
                                                     FRANCISCO GOITIA

O pintor mexicano Francisco Goitia nasceu em Fresnillo, Zacatecas, em 4 de outubro de 1882. Sua mãe morreu no processo de dar à luz, e ele desenvolveu um relacionamento próximo com Eduarda Velázquez, a mulher que amamentou e levantou. Seu pai, de origem basca, era o administrador de uma grande fazenda e o jovem Goitia passou seus primeiros anos em contato com a natureza. Aqueles anos, marcados em sua memória, seriam uma grande influência em suas pinturas futuras.

Resultado de imagem para Trabalhos de Francisco Goitia

Em 1896 ele foi para a Cidade do México para estudar arte na Academia de San Carlos. Lá ele foi influenciado por muitos dos melhores artistas do México que lecionavam na academia: José Maria Velasco, Julio Ruelas, German Gedovius e Saturno Hernán. Ele também conhecia o movimento da arte moderna mexicana e {@io: Rufino Tamayo}, que se tornaria seu amigo íntimo; Tudo isso influenciaria seu estilo.

Resultado de imagem para Trabalhos de Francisco Goitia

Com a ajuda financeira de seu pai, Goitia viajou para Barcelona. Ele participou de oficinas, visitou museus e fez muitos desenhos da cidade. Suas habilidades continuaram a se desenvolver sob a supervisão de seu professor, Francisco Gali. A qualidade de seu trabalho permitiu que ele fizesse uma exposição em Barcelona, ​​e o museu local adquiriu uma coleção de seus desenhos.

Resultado de imagem para Trabalhos de Francisco Goitia
Por seu trabalho em Barcelona, ​​ele ganhou uma bolsa de estudos do governo mexicano. O dinheiro permitiu que ele se estabelecesse em Roma em 1907 para continuar seu trabalho e estudar a pintura renascentista e a arquitetura clássica. Ele exibiu na Itália com sucesso e recebeu um prêmio por seu trabalho.

Resultado de imagem para Trabalhos de Francisco Goitia

Um aspecto curioso de sua vida na Itália foi seu fascínio pela lua. Ele começou a pintar à noite até que rumores de que um fantasma percorria as ruas entre a meia-noite e as 3:00 da manhã. A cidade onde ele se instalara achava estranho, mas ele achou isso discreto. Isso pode, no entanto, ter sido um prenúncio de sua crescente excentricidade.

Resultado de imagem para Trabalhos de Francisco Goitia

Com a queda de José Porfirio Díaz, Goitia perdeu sua bolsa e teve que voltar ao México. Era 1912 e não havia trabalho na Cidade do México. Ele passou seu tempo observando e tomando notas. Até o seu retorno, ele pertencia à classe dos latifundiários e não tinha opinião formada sobre a Revolução.

                Resultado de imagem para Trabalhos de Francisco Goitia

Quando ele não encontrou um emprego na Cidade do México, ele retornou a Zacatecas, onde se juntou ao exército revolucionário de Pancho Villa como pintor oficial do general Felipe Ángeles. Começou a educação social de Francisco Goitia . Eu fui em todos os lugares com o exército. Ele viu Pancho Villa derrotado. Ele viu miséria e doença em todo lugar. Todos esses fatos o marcaram e ele começou a sentir uma profunda conexão com as pessoas comuns, apesar de sua classe. Ele morava entre eles e usava as roupas de um tropeiro. Em um ponto, embora seus poucos bens tenham sido roubados, ele não queria que eles capturassem e matassem os ladrões. Durante esse tempo, ele pintou muitas paisagens emocionais que refletiam a morte, a desolação dos tempos e os horrores da guerra; entre eles "
Os enforcados ".

Resultado de imagem para Trabalhos de Francisco Goitia

Após o triunfo das forças de Venustiano Carranza , Goitia retornou à Cidade do México. Imediatamente ele foi encomendado por Manuel Gamio, um estudo dos primeiros habitantes de Teotihuacan. Gamio era um arqueólogo que acreditava em uma arte nacional. Enfatizou a necessidade de conhecer e compreender as culturas indígenas e sistematizar esse conhecimento para obter uma síntese dos critérios estéticos dos diferentes grupos sociais que habitaram o país. Muitos especialistas participaram do projeto - antropólogos, historiadores, arquitetos, biólogos, fotógrafos e pintores. Goitia foi um deles.
Como resultado de uma série de palestras ministradas no Instituto Carnegie em Washington D, C, de Manuel Gamio, uma exposição de pinturas de Goitia foi feita em 1924.

                      Resultado de imagem para Trabalhos de Francisco Goitia

Goitia trabalhou no projeto arqueológico de 1918 a 1925, delineou sítios arqueológicos e objetos, fortalecendo seu amor por suas raízes e sua conexão com os povos indígenas. Em 1925, ele foi a Oaxaca para estudar a raça indígena em maior profundidade.

               Resultado de imagem para Trabalhos de Francisco Goitia

Até começar a trabalhar no projeto Gamio, seu trabalho como pintor consistia principalmente em experimentação e estudo. La Bruja " e " El tremendista ", ambas pintadas em 1916, são obras de estilo simbolista exagerado. Eles podem ser vistos no Museu Goitia em Zacatecas, juntamente com "El hombre hanged" pintado em 1917. Essas obras já mostraram seu gosto pelo escuro.

                   Resultado de imagem para Trabalhos de Francisco Goitia

Goitia encontrou a inspiração de que precisava no coletivo inconsciente e no sofrimento de seu povo. Ele se estabeleceu em uma casa de adobe simples que ele construiu com as próprias mãos, na borda dos jardins flutuantes de Xochimilco. Lá ele teve contato diário com o povo indiano e seus costumes. Seus caminhos simples o influenciaram grandemente. Permaneceu fora das superficialidades da vida cultural e intelectual da Cidade do México.

                       Resultado de imagem para Trabalhos de Francisco Goitia

Ele pintou " Padre Jesús " em 1927, uma obra encontrada no Museu Nacional da Cidade do México. Em geral, é considerado uma de suas melhores pinturas. É uma pintura em movimento de duas mulheres vigiando um homem morto. É um trabalho gráfico e poderoso. Esta pintura lhe valeu o primeiro prêmio no Primeiro Concurso Interamericano de Pintura e Gravura, trinta anos depois.

                   Resultado de imagem para Trabalhos de Francisco Goitia

Goitia era, na verdade, muito complexo. Um homem atormentado, profundamente religioso, dado ao fanatismo e ao comportamento anti-social. No entanto, ele era profundamente humano e sensível, qualidades que davam poder a suas pinturas.
   Resultado de imagem para Trabalhos de Francisco Goitia


Sua vida passou pelos anos de Porfirio Díaz, a Revolução e o período após a Revolução. Não há dúvida de que seu tempo influenciou seu desenvolvimento como pintor e como ser humano. Em 1989 ele fez um filme sobre sua vida. A biografia explora sua vida e suas lutas internas - o conflito entre arte e fé religiosa - e como elas se refletiram em sua arte. O filme é apropriadamente intitulado " One God for Himself ".


                        Resultado de imagem para Trabalhos de Francisco Goitia
Francisco Goitia morreu em 26 de março de 1960 em sua amada Xochimilco. Ele era um pintor excêntrico e talentoso que escolheu uma vida de extrema pobreza entre os povos indígenas, um povo que ele adotou como seu.


    Resultado de imagem para Trabalhos de Francisco Goitia

O governo de Zacatecas organizou uma grande exposição de seu trabalho para celebrar o 400º aniversário do estado e recebeu o Prêmio Nacional de Artes.

  • Clic  no marcador e veja reunidas todas as  postagens relacionadas 

quarta-feira, 6 de junho de 2018

NAHUM GUTMAN - BIOGRAFIA

                   

                                                         Nahum Gutman

Pintor, escultor, desenhista, ilustrador e autor de livros infantis, Gutman criou uma linguagem singular, um estilo artístico verdadeiramente israeli. Toda a sua criação foi marcada pela paixão que sentia por Israel.

O artista Nahum Gutman serve de referência para o entendimento dos primeiros anos da cidade de Tel Aviv, assim como para o estudo da iconografia da região na primeira metade do século 20. Em sua obra pode-se encontrar um sentido de inocência e de nostalgia pela vida nos primórdios doYishuv – a colonização em Israel nos dias anteriores à criação do Estado. Ele retrata com alegria os elementos religiosos, a vida urbana e a convivência dos diferentes povos que habitavam a região. Sua obra é uma expressão da riqueza cultural judaica em Israel, sem, no entanto, perder de vista os demais habitantes.
Sua vida
Nahum nasceu em 1898 no povoado de Telenesti, na Bessarábia, região então pertencente ao Império Russo. Era o menor dos quatro filhos de Rivka e Alter Gutman. Educador e editor de livros em hebraico junto com Chaim Bialik, seu pai se tornou conhecido como escritor na língua hebraica pelo pseudônimo de Simcha ben-Zion. 
              
 
No ano de 1903 os Gutman mudam-se para Odessa e dois anos mais tarde deixam a Europa a bordo de um navio rumo aEretz Israel, na época parte do Império Otomano. O mar despertou tamanha paixão em Nahum, menino com menos de cinco anos, que serviria de inspiração para muitas de suas obras. O porto de Yaffo e a costa de Eretz Israel também seriam fonte inesgotável de inspiração. Em seu livro Between Sands and Blue Skies (1964), Gutman fala de sua experiência durante o trajeto. Sobre a parada do navio em Istambul, escreveu que sentiu abrir-se perante seus olhos um mundo novo. “A partir de então e ao longo dos anos, empenhei-me em expressar em minha arte meu amor pela singular e intrínseca beleza oriental, que me encantou com tanta paixão...”.
              
No livro ele descreve sua chegada no litoral de Eretz Israel: “Ao chegar, as grandes ondas da costa de Yaffo nos atingiram com sua espuma, chegando até o deque. O navio parou no caminho até o porto. Eu via barcos subindo e descendo no mar, aparecendo e desaparecendo entre as ondas, até que se aproximavam do casco e a escada era lançada ao mar... Alegre e despreocupado, joguei-me nos braços de um marinheiro (....) Ele me segurou e eu senti como se estivesse mergulhando pela primeira vez em um mundo mágico, mais fantástico do que qualquer outro que eu já tivesse eventualmente encontrado”.
               
A família Gutman se estabeleceu numa casa em Neve Tzedek, um dos subúrbios de Yaffo. Seu pai passou a lecionar em uma escola onde Nahum estudou até 1908, quando ingressou noGymnasia Herzliya. Fundado em 1905, como HaGymnasia HaIvrit (Escola Hebraica Secundária ), era a primeira escola judaica de ensino médio da região.

Quando foi criado Ahuzat Bayit, o núcleo da futura Tel Aviv, os Gutman foram uma das primeiras famílias a se mudar para lá. A adolescência do artista está intimamente interligada aos primeiros anos da cidade e as lembranças de sua infância já estão presentes nos quadros pintados entre 1910 e 1913.
Para Nahum, Tel Aviv era um lugar onde a convivência e a atmosfera amigável tornavam possível um desenvolvimento profícuo das artes. “Todo mundo se conhecia e a criação artística era uma expressão desse ambiente comum. Usufruíamos da agradável companhia de escritores, poetas e pintores que se encontravam no café Altschuler e depois no Rezki’s. Bialik estava lá, assim como Zemach, Shimoni, Uri Zvi Greenberg, Jacob Horovitz, Shlonski, Eliezer Steiman e outros. Éramos como uma família!”.
Em 1910, decidido a se tornar pintor, Nahum se inscreve no Ateliê de Arte da pintora e escritora Ira Jan (pseudônimo de Esphir Yoselevitch). Mas, três anos mais tarde, muda-se para Jerusalém para estudar na Academia de Arte Bezalel, fundada em 1903 por Boris Schatz. A ida para Bezalel é para o artista um momento de rompimento com o universo familiar, é o início da busca de sua própria essência como indivíduo e como artista.
Lá, em meio a professores representativos da pintura européia, Nahum, juntamente com outros alunos, passa a questionar a subserviência da Academia às temáticas e técnicas vinculadas às escolas artísticas da Europa. Os jovens artistas acreditavam que para retratar a Terra de Israel, seus habitantes, as cores e a luminosidade do deserto e da vegetação, do mar e do céu, tão diferentes das da Europa, eram necessárias novas técnicas. Ele relembra: “Queríamos retratar as cores locais, a luminosidade que integra os objetos e que também os despedaça com suas sombras. Nós nos sentíamos como heróis em busca de conquistar a natureza como esta realmente era e não como nos ensinavam”.
A eclosão da 1ª Guerra Mundial interrompeu, por algum tempo, sua jornada artística, pois ele se alista na Legião Judaica. Acreditava que para o Ishuvcrescer era necessário libertar Eretz Israel do domínio turco-otomano.
Em 1918, terminada a guerra, ele vai para a Europa estudar arte. Permanece dois anos em Viena, seguindo depois para Berlim, de onde parte, em 1924, em direção a Paris, então centro da vanguarda artística. O período que passou na Cidade da Luz, na companhia de outros artistas, deixou uma marca indelével em sua arte. Ele absorveu influências diversas e aprendeu técnicas novas. Do impressionismo, por exemplo, capta o efeito da luz na paisagem – algo que se mostrou de fundamental importância quando passa a retratar as paisagens de Israel.
Sobre suas viagens, dizia: “Minhas passagens por Berlim e Paris foram uma preparação. Na verdade, emergi como um artista singular somente após minha volta da Europa. Eu sabia que este era o primeiro capítulo do meu universo na pintura: o encontro renovado com o mesmo orientalismo  que vi durante minha infância – o sentido da luz, as cores e os valores plásticos – nas ruas de Neve Shalom, Neve Tzedek, Yaffo e Jerusalém”.
Nesse período aprimorou-se em outros campos artísticos: escultura, litografia e relevo. São dessa época, também, suas primeiras ilustrações para as obras literárias de seu pai e para poemas de Bialik e Saul Tchernichovsky. Tido como um dos fundadores da ilustração em Israel, Gutman criou obras que são consideradas clássicos da literatura hebraica ilustrada.
De volta a Eretz Israel, em 1926, dois anos mais tarde se casa com Dora Yaffe. Já um artista reconhecido, Gutman participa de várias exposições. Na década de 1920, seus trabalhos foram dedicados a descrever os panoramas do país e cenas pastoris dos que trabalhavam a terra. A população árabe, retratada por Gutman de uma forma até certo ponto poética, era um tema muito presente em seus trabalhos. Esta visão foi por terra abaixo, no entanto, com a eclosão em 1921 da onda de violência árabe contra a população judaica. Sua resposta foi artística: publicou um livro de caricaturas satíricas sobre os acontecimentos. No entanto, não deixou de retratar cenas em que os protagonistas eram pacíficos pastores árabes. Era sua maneira de ver seus vizinhos.
Na década de 1930 a necessidade de transmitir seu mundo interno leva Gutman a buscar inspiração para suas telas e desenhos nas profundezas de sua memória – nas paisagens, estilo de vida e personagens de sua infância e adolescência, e nos marcos do surgimento de Tel Aviv em meio às dunas de areia.
Quando a cidade comemorou seu 25º aniversário, foi o próprio Gutman que, após ganhar o concurso promovido pelo município de Tel Aviv, criou o símbolo da cidade que tanto amava.
É também desse período a tela “Dora de Chapéu” (1933). Nesse retrato de sua esposa, Nahum revela sua capacidade de capturar as nuances da expressão humana. Nessa época, o pintor muda a paleta de cores de suas telas, os tons se tornam mais escuros e as nuances do azul e do amarelo, que caracterizaram seus primeiros e últimos trabalhos, são deixadas de lado por um tempo.
Gutman vai iniciar uma nova faceta de sua carreira quando, em 1931, passa a ilustrar o suplemento infantil do jornal Davar. O suplementoacaba transformando-se em uma revista infantil independente, chamada Davar Li’yeladim, da qual o artista foi ilustrador por mais de 30 anos. Suas ilustrações para crianças eram a confirmação de seu talento notável para o desenho, de sua capacidade de transmitir os temas e principalmente de sua profunda compreensão do novo espírito que moldava as crianças de Eretz Israel.
Durante a década de1940, no auge da 2a Guerra Mundial, Gutman produz inúmeros quadros, principalmente aquarelas, que retratam o litoral de Tel-Aviv. São trabalhos monocromáticos pintados em uma atmosfera sombria, invernal, expressando o estado pessoal e nacional da época.
A maturidade permitiu ao artista resgatar e recriar suas lembranças de uma nova maneira. Suas pinturas dessa fase são composições harmônicas onde se funde a diversidade de formas e cores.
As paisagens de Israel e vários temas nascidos na sua alma e no seu olhar servirão de matéria-prima de toda a sua obra. Ao longo das décadas  de 1940 e 1950, a figura humana se torna mais estilizada e Gutman a integra à paisagem, criando uma harmonia e uma leveza singulares. Inspirado na série de livros ligados à construção de Tel Aviv, escreve o livro Ir Ketaná va-Anashim ba Me’at (Uma cidade pequena e poucos homens dentro dela), no qual dedica inúmeras ilustrações aos construtores de Tel Aviv.
Da década de 1950 até a de 1970, os motivos portuário e marinho se tornam novamente elementos preponderantes em sua obra. As pinturas em óleo sobre tela retratam os portos de Haifa e Jaffa – simbolizando os portões da nação que calorosamente dão as boas vindas e recebem os que vêem de longe.
Sua arte
Sobre sua arte Gutman costumava dizer: “Quando tenho um sentimento de plenitude ou de raison d’être, manifesto-o através dos meus escritos ou de minhas pinturas”. Artista eclético, ele teve importância fundamental para a cultura de Israel, pois ajudou a criar um estilo artístico nitidamente israelense.
Ao longo de sua carreira, Gutman não se limitou a uma única forma de expressão artística ou a uma única técnica. Seu talento e criatividade o fizeram buscar novas formas de expressão. No entanto, ele tinha uma característica que marcou toda a sua criação: a paixão pelo mundo que se estendia diante de seus olhos e principalmente por Israel. Ele dizia que, ao chegar à Terra de Israel, “descobriu as maravilhas de um mundo novo; um mundo sobre o qual jamais lera ou ouvira falar antes, um mundo que o cativara e conquistara seu coração para sempre”.
Um dos precursores do Modernismo no país, são marcantes em sua pintura as influências do Impressionismo de Cézanne, com quem Gutman aprendeu a usar a cor como um elemento para separar planos e profundidade; do Fauvismo, principalmente em Matisse, com quem aprendeu a usar as cores fortes, combinando-as com uma liberdade poética nas linhas, representando de maneira forte, expressiva e por vezes infantil os objetos das pinturas. Isto se tornaria uma marca do trabalho de Gutman. Assim como os fauves, o artista usava tons puros de tinta sem realizar misturas e gradações de cores. Suas pinturas a óleo são grandes blocos de cor pura, mas suas aquarelas são transparentes, evocando uma transparência semelhante à inocência que ele quis transmitir.
Segundo seu filho, Hemi Gutman, professor de biofísica na Universidade de Tel Aviv, seu pai não tinha apenas um estilo de pintura. Passava do figurativo para o abstracionismo em sua constante tentativa de captar os aspectos da realidade que o cercava. Na opinião de Hemi, quando, em 1950, a pintura israelense parecia estar vivenciando um dilema – seguir tendências internacionais, descaracterizando-se como arte nacional, ou manter-se fiel aos seus próprios padrões, “seu pai não teve a menor dúvida e conservou um estilo próprio e essencialmente israelense de arte.
 
Como escritor, Gutman procurava estimular a imaginação dos leitores. Em seus livros infantis, misturava histórias do povo judeu com histórias dos antigos povos do Oriente Médio. Foi um dos primeiros escritores a adotar o hebraico com língua de criação artística – nesse aspecto, sua produção é de vital importância para entender o estabelecimento de uma cultura judaica que utilizava o hebraico como idioma. Recebeu inúmeras láureas, entre as quais, o Prêmio Israel, em 1978, ano de sua morte, por sua contribuição à literatura infantil de Israel.
Clic  no marcador e veja reunidas todas as  postagens relacionadas 

quarta-feira, 21 de março de 2018

GEORGE GROSZ - BIOGRAFIA

                           

                                    George Grosz

O pintor alemão Georg Ehrenfried Grosz mais conhecido por George Grosz nasceu no dia vinte e seis do mês de julho do ano de 1893 em Berlim na Alemanha e faleceu no dia seis do mês de julho do ano de 1959, ficou conhecido por suas caricaturas que eram bem selvagens. 
                           

                   

Passou a assistir aulas de desenho por causa de seu primo que insistia muito, essas aulas eram dadas pelo pintor Grot que morava em sua cidade.
                      

                                    Resultado de imagem para obras de george grosz
Foi adquirindo técnicas devido a seu grande esforço e no inicio fazia cópias de algumas cenas de Eduard Grutzner e também desenhando algumas cenas de batalhas que ele imaginava e passava para o papel. 
                         Resultado de imagem para obras de george grosz
Durante o ano de 1909 até 1911 estudou na Academia de Belas Artes de Dresden tendo aulas com Richard Müller, Robert Sterl, Raphael entre outros pintores de renome e depois desses anos foi para o Artes e Ofícios em Berlim.
                          

Clic  no marcador e veja reunidas todas as  postagens relacionadas 

JUAN GRIS - BIOGRAFIA









                    
                                                       



                                      Juan Gris
Juan Gris (1887-1927) foi um pintor e escultor espanhol, contemporâneo de Picasso, Braque e Matisse, é um dos principais nomes do Cubismo na Espanha.

                               

Juan Gris (1887-1927) nasceu em Madri, na Espanha, no dia 23 de março de 1887. Foi aluno da Escola de Artes e Ofício, entre os anos de 1904 e 1906. Frequentou o estúdio do pintor José Moreno Carbonero, importante pintor espanhol.

                         

Em 1909, Juan Gris viajou para Paris, fugindo do recrutamento. Instalou-se na Le Batean Lavoir, onde conheceu Pablo Picasso e Georges Braques e com eles participava do desenvolvimento do cubismo. Sob a influência de Cezanne, Picasso e Braques, Gris adotou o estilo cubista, que o tornaria um dos artistas mais versáteis desse estilo de pintura.

                        

Em 1912 apresentou seus primeiros trabalhos dentro do Cubismo Analítico, que retratam figuras únicas ou naturezas mortas utilizando uma gama limitada de cores. No quadro “O Retrato de Picasso” (1912), o artista elaborou uma estrutura geométrica, onde usou tons de azul, marrom e cinza, que em justaposição aparecem luminosas. É dessa época o quadro “Stll Life with Flowers” (1912).

                         

Em 1913, Juan gris passou a desenvolver a técnica de colagem de papel, em formas recortadas e coladas sobre a tela. Ao contrário das obras monocromáticas de Picasso e Braque, ele passou a usar cores mais vivas e harmoniosas, mais ao estilo de seu amigo Matisse.

                                    Resultado de imagem para obras de juan gris
Em 1919 fez sua primeira exposição individual realizada na Galeria Sagot. Entre sua obras destacam-se: “Copos e Jornais” (1914), “O Pequeno Almoço” (1915), “Jarra e Copo”, (1916) e “A Garrafa de Vinho” (1918). Depois de 1925, usando principalmente guache e aquarela, fez algumas ilustrações para alguns livros.

                           Resultado de imagem para obras de juan gris
Juan Gris morreu em Boulogne-Billancourt, França, no dia 11 de maio de 1927, vítima de falência renal, deixando esposa e um filho.
Clic  no marcador e veja reunidas todas as  postagens relacionadas 

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

FRANÇOIS CLOUET - BIOGRAFIA

Pintor francês nascido em Tours, retratista da corte que desenvolveu um estilo altamente polido e sensual na arte do retrato e destacou-se com os retratos alegóricos. Filho de outro famoso pintor francês, o também retratista-chefe da corte Jean Clouet (1485-1541), tornou-se um dos representantes do maneirismo, o naturalismo levado ao máximo de detalhes e efeitos, da Escola de Fontainebleau.
                      
                                                  Banho de Diana 1559/60
Após a morte do pai, sucedeu-o como retratista-chefe da corte (1541) e, embora tenha deixado um trabalho melhor documentado que o do seu pai, parte da autoria da obra familiar é dúbia na autoria, pois ambos usaram durante a carreira o mesmo apelido: Janet. Por exemplo, um dos melhores trabalhos atribuído a ele, o célebre retrato do rei francêsFrancis I, Portrait de François 1er do Département des Peintures, Musée de Louvre, mostrando o rei vestido com um luxuoso doublet dourado, também foi creditado ao seu pai Jean. Essencialmente um retratista, seus trabalhos devidamente assinados mostraram mais traços italianos que quaisquer uma das pinturas de seu pai.
                                   
  Retrato de uma senhora, em um vestido preto
Morreu em Paris e suas telas hoje mais famosas e conhecidas são o retrato de Pierre Quthe (1562) e o misterioso e cativante trabalho alegórico A madame em seu banho (1570) também conhecido como Diane, por ser identificado tradicionalmente como representando Diane de Poitiers, embora muitos pesquisadores encontrem semelhança com Marie Touchet, esposa de Charles IX. 
                                   
Retratos de mulher atribuído ao artista francês François Clouet 1510-1572
Principalmente os encontrados no Musée Condé, em Chantilly. Outras telas valorizadas são François I, rei da França (1540), Charles IX da França (1561) e Elisabeth da Áustria, Rainha da França (1571).
 **Clic no marcador e veja reunidas todas as postagens relacionadas***

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

EDOARDO DE MARTINO - BIOGRAFIA

                                             Edoardo de Martino


Edoardo de Martino (Meta, Itália 1838 - Londres, Inglaterra 1912). Pintor, professor. Estuda, na década de 1840, na Escola Naval de Nápoles, Itália. Na mesma cidade, mantém contato com Giacinto Gigante (1806 - 1876), pintor ligado à Escola de Posillipo. De Martino atua como oficial da Marinha de guerra italiana de 1849 a 1855, e depois radica-se em Montevidéu. 

                   Fragata Encouraçada Independência

                          Fragata Encouraçada Independência


Vem para o Brasil em 1868, fixa-se no Rio de Janeiro. Viaja para Porto Alegre para divulgar seus trabalhos e ministrar aulas de pintura para Telles Júnior (1851 - 1914). Como pintor oficial encarregado por dom Pedro II (1825 - 1891), registra em desenhos os acontecimentos da Guerra do Paraguai (1864-1870). 
                   Marinha Botafogo

                                 Marinha Botafogo


Apresenta na 21ª Exposição Geral de Belas Artes, em 1870, as composições Uma Noite ao Luar no Cabo de Horn, s.d., e Passagem de Humaitá por uma Divisão da Esquadra Brasileira na Noite de 19 de Fevereiro de 1868, s.d., e recebe medalha de ouro. 

               O Minas Gerais

                                                        O Minas Gerais


É eleito, em 1871, membro correspondente da Academia Imperial de Belas Artes - Aiba. Em 1875, muda-se para Londres. Em 1895, é nomeado pintor de marinhas da corte inglesa. Realiza, em toda sua trajetória, quantidade considerável de paisagensmarinhas e pinturas de combates navais.

               Navios Salvando na Guanabara

                                           Navios Salvando na Guanabara

Durante a Guerra do Paraguai, De Martino acompanha os almirantes Barroso e Tamandaré, e registra em desenhos o evento. Depois, realiza uma série de telas sobre as batalhas fluviais, como Bombardeio de Curuzu, s.d., Aprisionamento da Corveta Bertioga, s.d., Passagem do Humaitá, s.d., Combate Fluvial do Riachuelo, s.d., entre outras. Para a historiadora da arte Ana Maria Belluzzo, a pintura de De Martino destaca-se pelos jogos plásticos obtidos por meio de efeitos de luminosidade, e revela a sua preferência por cenas noturnas, que permitem uma maior indefinição das figuras.


O crítico de arte Gonzaga Duque (1863 - 1911) aponta a acuidade do artista na realização das composições, ressaltando que são feitas com paciência, com saber, com escrúpulo. Destaca especialmente um quadro seu, de pequeno formato, em que está representado o navio Independência, no qual "não falta um escaler, uma corda ao aparelho de velame, uma corrente ao cano das fornalhas. É de um desenho minuciosíssimo".
De Martino é visto pelos estudiosos como um documentarista. Procura dar um caráter de veracidade histórica às suas obras ao compô-las com base em fotografias de personalidades eminentes na batalha e, também, de tipos físicos de índios guaranis e de negros e mulatos do Rio de Janeiro.
Notas
 DUQUE-ESTRADA, Luis Gonzaga. A arte brasileira. Campinas: Mercado de Letras, 1995. (Coleção Arte: Ensaios e Documentos). p.138.

Exposições

  • Exposição Geral de Belas Artes (21. : 1870 : Rio de Janeiro, RJ)

    início: 6/3/1870
    Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
    Participante
    Coletiva
  • Exposição Geral de Belas Artes (22. : 1872 : Rio de Janeiro, RJ)

    início: 15/6/1872 - término: 7/7/1872
    Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
    Participante
    Coletiva
  • Exposição Geral de Belas Artes (23. : 1875 : Rio de Janeiro, RJ)

    início: 13/3/1875
    Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
    Participante
    Coletiva
  • Exposição Geral de Belas Artes (25. : 1879 : Rio de Janeiro, RJ)

    início: 15/3/1879 - término: 18/5/1879
    Academia Imperial de Belas Artes (Aiba)
    Participante
    Coletiva
  • Pintores Italianos no Brasil (1982 : São Paulo, SP)

    início: 1982
    Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP)
    Participante
    Coletiva
  • 150 Anos de Pintura de Marinha na História da Arte Brasileira (1982 : Rio de Janeiro, RJ)

    início: 1982
    Museu Nacional de Belas Artes (MNBA)
    Participante
    Coletiva
  • Fontes de Pesquisa

    FREIRE, Laudelino. Um século de pintura: apontamentos para a história da pintura no Brasil de 1816-1916. Rio de Janeiro: Fontana, 1983. 677 p., il., p&b.
    150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989. 490 p., il. color.
    ACQUARONE, Francisco; VIEIRA, Adão de Queiroz. Primores da pintura no Brasil - I. 2.ed. [Rio de Janeiro]: [s.n.], 1942.
    ARTE no Brasil. Introdução Pietro Maria Bardi, Oscar Niemeyer. São Paulo: Abril Cultural, 1982.
    CAMPOFIORITO, Quirino. História da pintura brasileira no século XIX. Prefácio Carlos Roberto Maciel Levy. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1983. 292 p., il. p&b. color.
    PONTUAL, Roberto. Dicionário das artes plásticas no Brasil. Apresentação Antonio Houaiss; Texto Mário Barata, Lourival Gomes Machado, Carlos Cavalcanti et al. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1969. 559 p., il. p&b., color.
    RUBENS, Carlos. Pequena história das artes plásticas no Brasil. São Paulo: Nacional, 1941.
    TORAL, André. Imagens em desordem: iconografia da Guerra do Paraguai (1864-1870). Coordenação editorial Maria Helena G. Rodrigues. São Paulo: Humanitas : USP. FFLCH, 2001.
    DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti. Brasília: INL, 1973-1980. v.2, il., (Dicionários especializados, 5).
    DUQUE, Gonzaga. A Arte brasileira. Introdução Tadeu Chiarelli. Campinas: Mercado de Letras, 1995. 270 p. (Arte: ensaios e documentos).
    DUQUE, Gonzaga. Graves e Frívolos: por assumptos de arte. Lisboa: Clássica, 1910. 164 p.
    EDUARDO de Martino, pintor e marinheiro. Texto de Ana Maria de Moraes Belluzzo; pesquisa Ana Cecília de Arruda Campos. São Paulo: Pancron Indústria Gráfica, 1988.
    TRADIÇÃO e ruptura: síntese de arte e cultura brasileiras. São Paulo: Fundação Bienal de São Paulo, 1984. 308 p., il. p&b color. 
    BOGHICI, Jean (org.). Missão Artística Francesa e pintores viajantes: França-Brasil no século XIX. Apresentação Michel Oyharcabal. Rio de Janeiro: Instituto Cultural Brasil-França, 1990. 142 p., il. p&b., color.
    150 anos de pintura no Brasil: 1820-1970. Rio de Janeiro: Colorama, 1989. 490 p., il. color.
    ACQUARONE, Francisco; VIEIRA, Adão de Queiroz. Primores da pintura no Brasil. 2.ed. [Rio de Janeiro]: [s.n.], 1942. [315] p., 77 pranchas color. 2v.
    ARTE no Brasil. Apresentação de Pietro Maria Bardi e Pedro Manuel. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
    BRAGA, Theodoro. Artistas pintores no Brasil. São Paulo: São Paulo Editora, 1942.
    CAMPOFIORITO, Quirino. História da pintura brasileira no século XIX. Prefácio Carlos Roberto Maciel Levy. Rio de Janeiro: Pinakotheke, 1983. 292 p., il. p&b. color.
    DICIONÁRIO brasileiro de artistas plásticos. Organização Carlos Cavalcanti e Walmir Ayala. Brasília: INL, 1973-1980. 4v., il., (Dicionários especializados, 5).
    DUQUE-ESTRADA, Luis Gonzaga. A arte brasileira. Campinas: Mercado de Letras, 1995. (Coleção Arte: Ensaios e Documentos).
    DUQUE, Gonzaga. Graves e Frívolos: por assumptos de arte. Lisboa: Clássica, 1910. 164 p.
    FREIRE, Laudelino. Um século de pintura: apontamentos para a história da pintura no Brasil de 1816-1916. Rio de Janeiro: Fontana, 1983. 677 p., il., p&b.
    OS PINTORES Viajantes - Acervo do Museu Nacional de Belas Artes. Rio de Janeiro: Museu Nacional de Belas Artes, 1994. 
    PRIMORES da pintura no Brasil. Francisco Acquarone; A. de Queiroz Vieira. 2. ed. Rio de Janeiro, s. ed. , 1942.
    TORAL, André. Imagens em desordem: iconografia da Guerra do Paraguai (1864-1870). Coordenação editorial Maria Helena G. Rodrigues. São Paulo: Humanitas : USP. FFLCH, 2001. 218 p., il. p&b color.
 **Clic no marcador e veja reunidas todas as postagens relacionadas***