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quarta-feira, 17 de abril de 2019

AGOSTINHO PINTO VIEIRA - BIOGRAFIA



                         
Agostinho Pinto Vieira nasceu em Avintes, Gaia, Portugal, em 6 de Junho de 1911 e faleceu em 24 de Março de 2000. Seu pai Manuel Pinto Vieira era pescador do rio Douro, tendo emigrado para o Brasil, donde voltou com bons proventos que lhe terão durado algum tempo, não impedindo que as condições de vida do agregado familiar fossem muito precárias. A sua Mãe Arminda de Sá Moreira era doméstica e teve mais 3 filhos. Depois de fazer a instrução primária na escola de Oliveira do Douro iniciou, como aprendiz,  a arte de entalhador, na oficina de marcenaria e entalhador, “Gomes Pinto”, avô dos fundadores da firma Saint-Clair, que existiu em Avintes. Depois de ter trabalhado precáriamente no período da crise de 29 por algumas oficinas da zona do Porto entrou com entalhador para as oficinas da firma, Barbosa da Fonseca, na rua do Comércio do Porto, no Porto, em 1934, onde veio a ser o responsável das oficinas de entalhador.  Como tinha invulgares aptidões para o desenho, raras no meio, passou a elaborar os desenhos de muitos das peças e projectos realizados e produzidas pela referida firma. Destacam-se o desenho e a construção do fogão de sala, das grades das escadarias, portões interiores e diverso mobiliário do Hotel Infante de Sagres, projecto dirigido pelo arquitecto Rogério de Azevedo.  Em 1953, passou a ter a sua própria firma, com oficinas, na sua residência em Avintes. Aí realizou uma vasta obra de produção de “mobiliário de estilo”, designação popularizada e referente a mobiliário baseado em cópias de peças de outras épocas. Esta actividade começará a reduzir-se em finais dos anos 60 e terminará por volta de 1977.



NA oficina trabalharam durante esses 24 anos, 4 marceneiros e 12 entalhadores. A oficina começou baseada em dois entalhadores seniores que já colaboravam em trabalhos ocasionais. A carreira de entalhador começava como aprendiz, com cerca de 12 anos, não recebendo salário, e ia progressivamente fazendo a formação e a profissionalização. Começava pelos trabalhos mais básicos como limpar a oficina e as ferramentas, transporte de peças entre oficinas e clientes e, em seguida, afiando as ferramentas e começando por trabalhos de lixa e depois de desbaste.  Só mais tarde faria a modelação dos ornatos e fundos. Ao fim de 8, 10 anos era costume abandonar a oficina e “estabelecer-se” por conta própria.  A  oficina era, assim como sempre foi entre nós, uma “escola profissional”, a única onde se formavam os entalhadores. Cerca de 1962 desenhou em tamanho natural uma réplica do altar lateral esquerdo, antes da capela-mor, no corpo principal da igreja paroquial. O altar direito, que não existia, foi assim realizado pelos entalhadores de Avintes dessa época, cada um produzindo uma parte, segundo plano e orientação de Agostinho Vieira.
Em Avintes, desde o séc. XIX, havia alguma tradição da arte da talha e da escultura, como é do domínio da história da arte, e há algumas figuras a destacar como Adolfo Marques, José Alves Pereira, José Lanhas. 

A TALHA

Chama-se Talha à arte e à técnica de entalhar ou de talhar a madeira. Usar uma talhadeira para formatar ou alterar a forma de uma porção de madeira. É uma ação semelhante à escultura que designa formas ou temas que são em princípio mais complexos que os temas da talha. A Talha sempre foi considerada uma arte decorativa e a escultura uma arte pura ou erudita. Ao contrário de escultor que produz independentemente,  o entalhador sempre viveu associado ao marceneiro. Sem a construção desse suporte, o móvel, com uma técnica de montagem específica o entalhador ficava parado. Para realizar o seu trabalho utiliza uma série muito variada de ferros de corte, desbaste e modelação da madeira e ferramentas de suporte e aperto, além de diferentes folhas de "lixa", instrumento de acabamento final. 

Referencia: Blog Woodcarving Art

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

ELILDE BROWNING - BIOGRAFIA



 Elilde Browning

Noite de lançamento do livro “E assim foi a vida “ da escritora Elilde Browning. Na cidade de São José dos Campos. Um livro dedicado à todas as idades. Um romance que conta a história de uma menina pobre que traça o seu caminho na vida, com muita força e dedicação. Supera obstáculos, realiza seus sonhos...

Nasceu Elilde Lima Duarte na cidade de Itabuna- Sul da Bahia. Desde cedo sonhava conhecer o mundo.
Morou em Salvador, Capital do Estado, por um tempo e em seguida fixou residência em São Paulo.
Estudou Letras Modernas (Português-Inglês) na Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de São José dos Campos, onde graduou-se em Licenciatura.
Trabalhou como secretária em algumas Universidades e foi professora de Língua Portuguesa e Inglesa por 22 anos.
Morava em Miami  quando conheceu um americano na praia de Halouver Beach e casaram-se pouco tempo depois. Foram morar em New Jersey .Ele construiu um barco denominado Elan por quase 20 anos e após ser colocado no mar a Televisão Cultura de Miami, em 1996 fez um documentário sobre este evento. O início desse trabalho aconteceu quando ele já tinha  65 anos de idade.Durante oito anos viajaram pelo mundo conhecendo países e culturas diferentes.
É cidadã brasileira e americana. Nos Estados Unidos morou por 15 anos, em Miami e New Jersey.
Após a morte do seu marido Walter  Browning decidiu morar em um paraíso que é a cidade de  Ubatuba.
Aprendeu a milenar arte de mosaicos e, também, trabalha nesse ofício há mais de quinze anos criando quadros, painéis  e muitos outros objetos.  Alguns deles estão expostos em sua casa e muitos outros espalhados pelo mundo : Suécia, Nova York, Miami e Madri.
Depois de 53 anos de ter escrito o seu primeiro livro e perdido os originais voltou a escrever. Em apenas 6 meses, aos 77 anos de idade escreveu “E Assim Foi a Vida”.
Teve apenas um filho e este mora em Miami há 35 anos. Este rebento deu-lhe 4 netos  sadios, inteligentes e bem sucedidos.
A autora
                                   

                                                www.elildebrowning.com.br
E ASSIM FOI A VIDA é um romance  de ficção com características filosóficas e existenciais com nuances de auto ajuda. É a história de Lenira, menina de origem humilde, que ainda no final da adolescência teve um casamento frustrante e  aos 17 anos põe no mundo o seu único filho.
A determinação, a coragem e a fé fizeram-na acreditar que poderia realizar todos os seus sonhos não importando as dificuldades que poderia passar. Venceu todas as barreiras da incompreensão humana e pautou a sua estrada dentro dos seus valores éticos.
Sempre acreditou em Deus. Amou o próximo  e até mesmo aqueles que colocaram empecilhos em sua jornada. Viveu grandes emoções  e profundas tristezas. Foi amada por uns e odiada por outros.  Todavia, nunca, em todos os lugares onde viveu e conviveu com seres humanos de todas as estirpes, passou despercebida. Havia uma luminosidade de esperança em sua trajetória  que era vista e sentida por todos.
Conviveu com pessoas do mais alto nível intelectual, financeiro e político. Nunca abriu mão de seus princípios. Ser independente foi a meta que norteou todo o seu viver porque somente assim ela poderia seguir a sua estrada e  fazer as suas  próprias escolhas.
Todos os demais personagens deste livro tiveram uma real importância na vida da Lenira. Eles foram os sustentáculos dos seus devaneios. Como cada ser humano é único no mundo isto contribuiu para que ela acumulasse experiências vivenciando  situações em diversos aspectos.
Nunca  se sentiu dona do mundo nem mesmo no auge de seus momentos de gloria, porque ela sabia que tudo neste mundo é efêmero. A humildade caminhou ao seu lado de forma permanente.
Os seus amores e desamores foram vivenciados com paixão e grandes emoções. Ela usava o seu sub-consciente  trazendo soluções para o seu consciente de forma absolutamente acertadas. Era o poder da mente sobrepujando as emoções do coração.
A força e a coragem para transpor todos os obstáculos encontrados pelo seu caminhar contribuiu para que ela se saísse vitoriosa  em muitas batalhas. Ela foi um exemplo de luta  e perseverança. Cumpriu a sua missão no mundo.
Finalmente, Lenira realizou todos os seus sonhos e todos aqueles que nem lhe eram dados o direito de sonhar.
As proveitosas lições contidas neste romance vão lhe mostrar que embora Lenira tenha nascido mulher, pobre, órfã de pai e com mais doze irmãos numa pequena cidade do interior da Bahia foi possível galgar e realizar todos os seus sonhos, ser respeitada  e ser feliz. Certamente a sua vida, a partir de agora, será mais leve e confiante. Acredite!
Elilde Browning
Autora
Agradecimento especial a Eneo Lajes, autor da capa do meu livro “E assim foi a vida”.



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terça-feira, 12 de junho de 2018

SARA FEIO - BIOGRAFIA


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                        Sara feio
Sara Feio nasce em Lisboa, no seio de uma familia artística peculiar - a avó professora de Artes e pintora, os pais atores - é na ilustração que encontra
a sua língua materna.
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As personagens criadas por Sara sobressaem com a escolha de técnicas únicas, como o stippling. 
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Procurando extrair a subtileza do imaginário, há em cada ilustração uma espécie de jogo provocatório entre o científico e o surreal, a realidade e o fantástico, como uma história que rompe a superfície da consciência.
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Na busca pela versatilidade, a ilustradora vai procurando e descobrindo novas formas de conjugar o manual ao digital, valorizando-os mutuamente. 
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Na diversidade dos seus projetos, salienta-se Pernas de Alicate, lugar onde a imagem e o som se unem.
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Fora do atelier, é a mãe de duas gatas cegas, com as quais partilha um amor incondicional.

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quarta-feira, 6 de junho de 2018

NAHUM GUTMAN - BIOGRAFIA

                   

                                                         Nahum Gutman

Pintor, escultor, desenhista, ilustrador e autor de livros infantis, Gutman criou uma linguagem singular, um estilo artístico verdadeiramente israeli. Toda a sua criação foi marcada pela paixão que sentia por Israel.

O artista Nahum Gutman serve de referência para o entendimento dos primeiros anos da cidade de Tel Aviv, assim como para o estudo da iconografia da região na primeira metade do século 20. Em sua obra pode-se encontrar um sentido de inocência e de nostalgia pela vida nos primórdios doYishuv – a colonização em Israel nos dias anteriores à criação do Estado. Ele retrata com alegria os elementos religiosos, a vida urbana e a convivência dos diferentes povos que habitavam a região. Sua obra é uma expressão da riqueza cultural judaica em Israel, sem, no entanto, perder de vista os demais habitantes.
Sua vida
Nahum nasceu em 1898 no povoado de Telenesti, na Bessarábia, região então pertencente ao Império Russo. Era o menor dos quatro filhos de Rivka e Alter Gutman. Educador e editor de livros em hebraico junto com Chaim Bialik, seu pai se tornou conhecido como escritor na língua hebraica pelo pseudônimo de Simcha ben-Zion. 
              
 
No ano de 1903 os Gutman mudam-se para Odessa e dois anos mais tarde deixam a Europa a bordo de um navio rumo aEretz Israel, na época parte do Império Otomano. O mar despertou tamanha paixão em Nahum, menino com menos de cinco anos, que serviria de inspiração para muitas de suas obras. O porto de Yaffo e a costa de Eretz Israel também seriam fonte inesgotável de inspiração. Em seu livro Between Sands and Blue Skies (1964), Gutman fala de sua experiência durante o trajeto. Sobre a parada do navio em Istambul, escreveu que sentiu abrir-se perante seus olhos um mundo novo. “A partir de então e ao longo dos anos, empenhei-me em expressar em minha arte meu amor pela singular e intrínseca beleza oriental, que me encantou com tanta paixão...”.
              
No livro ele descreve sua chegada no litoral de Eretz Israel: “Ao chegar, as grandes ondas da costa de Yaffo nos atingiram com sua espuma, chegando até o deque. O navio parou no caminho até o porto. Eu via barcos subindo e descendo no mar, aparecendo e desaparecendo entre as ondas, até que se aproximavam do casco e a escada era lançada ao mar... Alegre e despreocupado, joguei-me nos braços de um marinheiro (....) Ele me segurou e eu senti como se estivesse mergulhando pela primeira vez em um mundo mágico, mais fantástico do que qualquer outro que eu já tivesse eventualmente encontrado”.
               
A família Gutman se estabeleceu numa casa em Neve Tzedek, um dos subúrbios de Yaffo. Seu pai passou a lecionar em uma escola onde Nahum estudou até 1908, quando ingressou noGymnasia Herzliya. Fundado em 1905, como HaGymnasia HaIvrit (Escola Hebraica Secundária ), era a primeira escola judaica de ensino médio da região.

Quando foi criado Ahuzat Bayit, o núcleo da futura Tel Aviv, os Gutman foram uma das primeiras famílias a se mudar para lá. A adolescência do artista está intimamente interligada aos primeiros anos da cidade e as lembranças de sua infância já estão presentes nos quadros pintados entre 1910 e 1913.
Para Nahum, Tel Aviv era um lugar onde a convivência e a atmosfera amigável tornavam possível um desenvolvimento profícuo das artes. “Todo mundo se conhecia e a criação artística era uma expressão desse ambiente comum. Usufruíamos da agradável companhia de escritores, poetas e pintores que se encontravam no café Altschuler e depois no Rezki’s. Bialik estava lá, assim como Zemach, Shimoni, Uri Zvi Greenberg, Jacob Horovitz, Shlonski, Eliezer Steiman e outros. Éramos como uma família!”.
Em 1910, decidido a se tornar pintor, Nahum se inscreve no Ateliê de Arte da pintora e escritora Ira Jan (pseudônimo de Esphir Yoselevitch). Mas, três anos mais tarde, muda-se para Jerusalém para estudar na Academia de Arte Bezalel, fundada em 1903 por Boris Schatz. A ida para Bezalel é para o artista um momento de rompimento com o universo familiar, é o início da busca de sua própria essência como indivíduo e como artista.
Lá, em meio a professores representativos da pintura européia, Nahum, juntamente com outros alunos, passa a questionar a subserviência da Academia às temáticas e técnicas vinculadas às escolas artísticas da Europa. Os jovens artistas acreditavam que para retratar a Terra de Israel, seus habitantes, as cores e a luminosidade do deserto e da vegetação, do mar e do céu, tão diferentes das da Europa, eram necessárias novas técnicas. Ele relembra: “Queríamos retratar as cores locais, a luminosidade que integra os objetos e que também os despedaça com suas sombras. Nós nos sentíamos como heróis em busca de conquistar a natureza como esta realmente era e não como nos ensinavam”.
A eclosão da 1ª Guerra Mundial interrompeu, por algum tempo, sua jornada artística, pois ele se alista na Legião Judaica. Acreditava que para o Ishuvcrescer era necessário libertar Eretz Israel do domínio turco-otomano.
Em 1918, terminada a guerra, ele vai para a Europa estudar arte. Permanece dois anos em Viena, seguindo depois para Berlim, de onde parte, em 1924, em direção a Paris, então centro da vanguarda artística. O período que passou na Cidade da Luz, na companhia de outros artistas, deixou uma marca indelével em sua arte. Ele absorveu influências diversas e aprendeu técnicas novas. Do impressionismo, por exemplo, capta o efeito da luz na paisagem – algo que se mostrou de fundamental importância quando passa a retratar as paisagens de Israel.
Sobre suas viagens, dizia: “Minhas passagens por Berlim e Paris foram uma preparação. Na verdade, emergi como um artista singular somente após minha volta da Europa. Eu sabia que este era o primeiro capítulo do meu universo na pintura: o encontro renovado com o mesmo orientalismo  que vi durante minha infância – o sentido da luz, as cores e os valores plásticos – nas ruas de Neve Shalom, Neve Tzedek, Yaffo e Jerusalém”.
Nesse período aprimorou-se em outros campos artísticos: escultura, litografia e relevo. São dessa época, também, suas primeiras ilustrações para as obras literárias de seu pai e para poemas de Bialik e Saul Tchernichovsky. Tido como um dos fundadores da ilustração em Israel, Gutman criou obras que são consideradas clássicos da literatura hebraica ilustrada.
De volta a Eretz Israel, em 1926, dois anos mais tarde se casa com Dora Yaffe. Já um artista reconhecido, Gutman participa de várias exposições. Na década de 1920, seus trabalhos foram dedicados a descrever os panoramas do país e cenas pastoris dos que trabalhavam a terra. A população árabe, retratada por Gutman de uma forma até certo ponto poética, era um tema muito presente em seus trabalhos. Esta visão foi por terra abaixo, no entanto, com a eclosão em 1921 da onda de violência árabe contra a população judaica. Sua resposta foi artística: publicou um livro de caricaturas satíricas sobre os acontecimentos. No entanto, não deixou de retratar cenas em que os protagonistas eram pacíficos pastores árabes. Era sua maneira de ver seus vizinhos.
Na década de 1930 a necessidade de transmitir seu mundo interno leva Gutman a buscar inspiração para suas telas e desenhos nas profundezas de sua memória – nas paisagens, estilo de vida e personagens de sua infância e adolescência, e nos marcos do surgimento de Tel Aviv em meio às dunas de areia.
Quando a cidade comemorou seu 25º aniversário, foi o próprio Gutman que, após ganhar o concurso promovido pelo município de Tel Aviv, criou o símbolo da cidade que tanto amava.
É também desse período a tela “Dora de Chapéu” (1933). Nesse retrato de sua esposa, Nahum revela sua capacidade de capturar as nuances da expressão humana. Nessa época, o pintor muda a paleta de cores de suas telas, os tons se tornam mais escuros e as nuances do azul e do amarelo, que caracterizaram seus primeiros e últimos trabalhos, são deixadas de lado por um tempo.
Gutman vai iniciar uma nova faceta de sua carreira quando, em 1931, passa a ilustrar o suplemento infantil do jornal Davar. O suplementoacaba transformando-se em uma revista infantil independente, chamada Davar Li’yeladim, da qual o artista foi ilustrador por mais de 30 anos. Suas ilustrações para crianças eram a confirmação de seu talento notável para o desenho, de sua capacidade de transmitir os temas e principalmente de sua profunda compreensão do novo espírito que moldava as crianças de Eretz Israel.
Durante a década de1940, no auge da 2a Guerra Mundial, Gutman produz inúmeros quadros, principalmente aquarelas, que retratam o litoral de Tel-Aviv. São trabalhos monocromáticos pintados em uma atmosfera sombria, invernal, expressando o estado pessoal e nacional da época.
A maturidade permitiu ao artista resgatar e recriar suas lembranças de uma nova maneira. Suas pinturas dessa fase são composições harmônicas onde se funde a diversidade de formas e cores.
As paisagens de Israel e vários temas nascidos na sua alma e no seu olhar servirão de matéria-prima de toda a sua obra. Ao longo das décadas  de 1940 e 1950, a figura humana se torna mais estilizada e Gutman a integra à paisagem, criando uma harmonia e uma leveza singulares. Inspirado na série de livros ligados à construção de Tel Aviv, escreve o livro Ir Ketaná va-Anashim ba Me’at (Uma cidade pequena e poucos homens dentro dela), no qual dedica inúmeras ilustrações aos construtores de Tel Aviv.
Da década de 1950 até a de 1970, os motivos portuário e marinho se tornam novamente elementos preponderantes em sua obra. As pinturas em óleo sobre tela retratam os portos de Haifa e Jaffa – simbolizando os portões da nação que calorosamente dão as boas vindas e recebem os que vêem de longe.
Sua arte
Sobre sua arte Gutman costumava dizer: “Quando tenho um sentimento de plenitude ou de raison d’être, manifesto-o através dos meus escritos ou de minhas pinturas”. Artista eclético, ele teve importância fundamental para a cultura de Israel, pois ajudou a criar um estilo artístico nitidamente israelense.
Ao longo de sua carreira, Gutman não se limitou a uma única forma de expressão artística ou a uma única técnica. Seu talento e criatividade o fizeram buscar novas formas de expressão. No entanto, ele tinha uma característica que marcou toda a sua criação: a paixão pelo mundo que se estendia diante de seus olhos e principalmente por Israel. Ele dizia que, ao chegar à Terra de Israel, “descobriu as maravilhas de um mundo novo; um mundo sobre o qual jamais lera ou ouvira falar antes, um mundo que o cativara e conquistara seu coração para sempre”.
Um dos precursores do Modernismo no país, são marcantes em sua pintura as influências do Impressionismo de Cézanne, com quem Gutman aprendeu a usar a cor como um elemento para separar planos e profundidade; do Fauvismo, principalmente em Matisse, com quem aprendeu a usar as cores fortes, combinando-as com uma liberdade poética nas linhas, representando de maneira forte, expressiva e por vezes infantil os objetos das pinturas. Isto se tornaria uma marca do trabalho de Gutman. Assim como os fauves, o artista usava tons puros de tinta sem realizar misturas e gradações de cores. Suas pinturas a óleo são grandes blocos de cor pura, mas suas aquarelas são transparentes, evocando uma transparência semelhante à inocência que ele quis transmitir.
Segundo seu filho, Hemi Gutman, professor de biofísica na Universidade de Tel Aviv, seu pai não tinha apenas um estilo de pintura. Passava do figurativo para o abstracionismo em sua constante tentativa de captar os aspectos da realidade que o cercava. Na opinião de Hemi, quando, em 1950, a pintura israelense parecia estar vivenciando um dilema – seguir tendências internacionais, descaracterizando-se como arte nacional, ou manter-se fiel aos seus próprios padrões, “seu pai não teve a menor dúvida e conservou um estilo próprio e essencialmente israelense de arte.
 
Como escritor, Gutman procurava estimular a imaginação dos leitores. Em seus livros infantis, misturava histórias do povo judeu com histórias dos antigos povos do Oriente Médio. Foi um dos primeiros escritores a adotar o hebraico com língua de criação artística – nesse aspecto, sua produção é de vital importância para entender o estabelecimento de uma cultura judaica que utilizava o hebraico como idioma. Recebeu inúmeras láureas, entre as quais, o Prêmio Israel, em 1978, ano de sua morte, por sua contribuição à literatura infantil de Israel.
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quarta-feira, 21 de março de 2018

GEORGE GROSZ - BIOGRAFIA

                           

                                    George Grosz

O pintor alemão Georg Ehrenfried Grosz mais conhecido por George Grosz nasceu no dia vinte e seis do mês de julho do ano de 1893 em Berlim na Alemanha e faleceu no dia seis do mês de julho do ano de 1959, ficou conhecido por suas caricaturas que eram bem selvagens. 
                           

                   

Passou a assistir aulas de desenho por causa de seu primo que insistia muito, essas aulas eram dadas pelo pintor Grot que morava em sua cidade.
                      

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Foi adquirindo técnicas devido a seu grande esforço e no inicio fazia cópias de algumas cenas de Eduard Grutzner e também desenhando algumas cenas de batalhas que ele imaginava e passava para o papel. 
                         Resultado de imagem para obras de george grosz
Durante o ano de 1909 até 1911 estudou na Academia de Belas Artes de Dresden tendo aulas com Richard Müller, Robert Sterl, Raphael entre outros pintores de renome e depois desses anos foi para o Artes e Ofícios em Berlim.
                          

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JUAN GRIS - BIOGRAFIA









                    
                                                       



                                      Juan Gris
Juan Gris (1887-1927) foi um pintor e escultor espanhol, contemporâneo de Picasso, Braque e Matisse, é um dos principais nomes do Cubismo na Espanha.

                               

Juan Gris (1887-1927) nasceu em Madri, na Espanha, no dia 23 de março de 1887. Foi aluno da Escola de Artes e Ofício, entre os anos de 1904 e 1906. Frequentou o estúdio do pintor José Moreno Carbonero, importante pintor espanhol.

                         

Em 1909, Juan Gris viajou para Paris, fugindo do recrutamento. Instalou-se na Le Batean Lavoir, onde conheceu Pablo Picasso e Georges Braques e com eles participava do desenvolvimento do cubismo. Sob a influência de Cezanne, Picasso e Braques, Gris adotou o estilo cubista, que o tornaria um dos artistas mais versáteis desse estilo de pintura.

                        

Em 1912 apresentou seus primeiros trabalhos dentro do Cubismo Analítico, que retratam figuras únicas ou naturezas mortas utilizando uma gama limitada de cores. No quadro “O Retrato de Picasso” (1912), o artista elaborou uma estrutura geométrica, onde usou tons de azul, marrom e cinza, que em justaposição aparecem luminosas. É dessa época o quadro “Stll Life with Flowers” (1912).

                         

Em 1913, Juan gris passou a desenvolver a técnica de colagem de papel, em formas recortadas e coladas sobre a tela. Ao contrário das obras monocromáticas de Picasso e Braque, ele passou a usar cores mais vivas e harmoniosas, mais ao estilo de seu amigo Matisse.

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Em 1919 fez sua primeira exposição individual realizada na Galeria Sagot. Entre sua obras destacam-se: “Copos e Jornais” (1914), “O Pequeno Almoço” (1915), “Jarra e Copo”, (1916) e “A Garrafa de Vinho” (1918). Depois de 1925, usando principalmente guache e aquarela, fez algumas ilustrações para alguns livros.

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Juan Gris morreu em Boulogne-Billancourt, França, no dia 11 de maio de 1927, vítima de falência renal, deixando esposa e um filho.
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sábado, 10 de março de 2018

LEVI RAMIRO - BIOGRAFIA

                              


                                                            Levi Ramiro – Violeiro e Luthier

Natural de Uru, pequena cidade do interior Paulista, hoje residente em Pirajuí, o violeiro e artesão que se iniciou na música tocando violão popular. Em meados de 1995 adotou a viola como principal instrumento, absorvendo seu universo cultural que veio de encontro com suas raízes, motivo pelo qual ampliou sua produção musical, tanto na arte de tocar como na de fabricar o instrumento. Com base nos valores da cultura caipira e misturando elementos que formam nossa Música Brasileira, Levi Ramiro celebra em suas composições, a poesia e a simplicidade da vida interiorana.músico instrumentista em gravações dos CDs de inúmeros artistas.
– Tem composições gravadas por: Ana Salvagni, Matuto Moderno, Dércio Marques, Paula Veloso, Tânia Grinberg, Jorge Curuca, João Carlos e Maurício, Duo Catrumano (Elias Kopcak e Rodrigo Nali), Carlos Vergalim, Valdir Verona, João Arruda, Zé Esmerindo e demais parceiros.

Suas composições com temas voltados a preservação da natureza foram usados como trilha no vídeo educativo “Cerrado o berço das águas” produzido pelo Instituto Ambiental Vidágua. Bauru, SP.

– Participou na direção musical dos CDs: “As liras pedem socorro” (Socorro Lira), “Sentimento matuto” (Júlio Santin), “Canto das horas” (Adriano Rosa), “Lufada em Viola de Cocho” (Daniel de Paula), “Estilo Caipira” (Mauro Silva e Oliveira), “Viajem violeira” (Carlos Vergalin), “Viola de Lua” (Luciano Queiroz), “Cavaleiro Macunaíma” (João Bá), Viola e sentimento (Daniel de Paula) e Capim dourado (Júlio Santin).

– Levi Ramiro ministra oficinas de fabricação e toque de viola pelo Brasil, pelas Delegacias Regionais e Secretarias e Pontos de Cultura. Percorrendo Estados como São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do sul e Bahia destacando sua oficina “Fabricação da Viola Brasileira feita com cabaça” ministrada também em várias unidades do Sesc.

– Em 2004, participou do primeiro grande Festival de Música Instrumental para Viola, promovido pela empresa Syngenta e a Direção Cultura, ficando entre os 16 finalistas.

– Em 2005 foi selecionado no projeto “Rumos Musicais” do Itaú Cultural, material registrado em CD e DVD que tem por objetivo mapear e divulgar a produção musical Brasileira em todas as tendências.

– Participou do primeiro Seminário Nacional de Viola Caipira durante 25/26 e 27/04/2008 em Belo Horizonte – MG como: Mediador na Mesa de discussão sobre Música Caipira e apresentou-se juntamente com outros nomes expressivos da viola Brasileira no show de encerramento.

– É anfitrião do Circuito Syngenta de Viola Instrumental projeto que viabiliza shows de música instrumental circulando por várias Cidades de diferentes regiões do país com a participação de músicos expressivos da viola instrumental Brasileira.

– Recebeu o Prêmio Rozini 2010 “Excelência da Viola Caipira” na categoria de Violeiro solo.
– Recentemente gravou programa de duas horas para a Rádio WKCR da Cidade de NY, USA.

Discografia:
Maracanãs (independente) 1997.
Viola de todos os cantos (Devil Discos) 2001.
Mais uma saudade (Devil Discos) 2005.
Nosso quintal – (Independente) 2008.
Trilha dos Coroados – (ProAC SP) 2009.
Prosa na base do ponteio – 2013.(ProAC SP).
Capiau – (independente) 2014


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quinta-feira, 1 de março de 2018

MARINO DEL FAVERO - BIOGRAFIA



                                                       Marino Del Favero (1864-1943)

Marino Del Favero, italiano imigrado para o Brasil no final do século XIX, é um escultor entalhador, quase desconhecido na historiografia da arte sacra brasileira. 
                             


Apesar de várias cidades brasileiras possuírem seus retábulos e imagens sacras em catedrais, igrejas matrizes e capelas, poucos são os pesquisadores e historiadores da arte brasileira que aprofundaram seus estudos sobre o artista. 
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Descendente de uma família italiana de renomados escultores e formado na academia veneziana, é criador de retábulos, imaginária sacra e mobiliário religioso durante meio século em sua oficina na cidade de São Paulo e que em menos de uma década se tornou uma pequena indústria. 
                                        




Participou de várias exposições nacionais e internacionais, recebendo premiações e atestados de bispos e padres influentes em seu período. Pioneiro da industrialização da arte sacra e encomenda por catálogos, alguns de seus retábulos desapareceram, outros foram substituídos por obras modernas, outros deslocados para outras Igrejas, algumas imagens sacras foram repintadas e descaracterizadas, outras se quebraram, seu mobiliário sacro, desprovido de assinaturas, passa despercebido por muitos, e, certamente muitas de suas obras estão por ser descobertas. 
                        


O estudo se dará através da compreensão da história e evolução da forma dos retábulos e imaginária sacra, suas funções e morfologia, bem como o estudo tipológico de seus retábulos, visando a criar parâmetros para a atribuição de suas obras. Imprescindível é a pesquisa histórica sobre as origens e vida do artista no Brasil para compreender e localizar suas obras na História da Arte Sacra Brasileira. 
                       


O estudo possibilitou revelar a obra e história de um importante escultor-entalhador e industrial na São Paulo da Belle Époque e suas origens na Itália.

Autor: 
Cavaterra, Cristina Antunes.


  • Orientador
  • Tirapeli, Percival.


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