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domingo, 8 de março de 2015

RAUL SEIXAS - BIOGRAFIA


            

Raul Seixas


Raul Seixas (1945-1989) foi um músico, compositor e cantor brasileiro, um dos grandes representantes do rock no Brasil. 

É conhecido por músicas como “Maluco Beleza” e “Ouro de Tolo”.


Raul Santos Seixas (1945-1989) nasceu em Salvador, Bahia, no dia 28 de junho de 1945.

Desde a adolescência, ficou impressionado com o fenômeno do Rock and Roll, o que levou a criar uma banda chamada "Os Panteras". 

Lançou o seu primeiro disco em 1968, “Raulzito e seus Panteras”. 


Mas o sucesso veio mesmo depois do lançamento do disco “Krig-ha, Bandolo!” (1973), cuja música principal, “Ouro de Tolo”, fez grande sucesso no Brasil. 

O disco tinha outras músicas de grande repercussão, como “Mosca na Sopa” e “Metamorfose Ambulante”.


Raul Seixas se envolveu com ocultismo, estudou filosofia e psicologia, o que o fez um dos poucos compositores a tentar imprimir suas idéias em letras aliadas ao som vibrante do Rock, juntamente com ritmos nordestinos.

Em 1974, criou a Sociedade Alternativa, um conceito de sociedade livre inspirada no ocultista Aleister Crowley e que foi tema de uma de suas canções do disco "Gita" (1974).


Raul Seixas produziu bons trabalhos como "Novo Aeon" (1975), "Metrô Linha 743" (1983), "Uah-Bap-Lu-Bap-Lah-Béin-Bum!" (1987) e "A Panela do Diabo"(1989), este último, em parceria com o roqueiro Marcelo Nova. 

Raul Seixas foi considerado um dos maiores músicos brasileiros, com grande número de admiradores.


Raul Seixas enfrentou sérios problemas com o álcool. 

Faleceu no dia 21 de agosto de 1989, com apenas 44 anos, vítima de pancreatite aguda.

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FERNAND LEGER - BIOGRAFIA


                               
                      Pintor francês (4/2/1881-17/8/1955). 
Desenvolve uma expressão própria de arte: a estética da máquina. Nascido em Argentan, na Normandia, entra para a Escola de Artes Decorativas de Paris em 1903. 
                          
Cinco anos mais tarde conhece os escritores Guillaume Apollinaire e Blaise Cendrars, que lhe apresentam o cubismo, movimento ao qual adere, criando uma linguagem pessoal.
              
Pinta A Costureira em 1909, com poucas cores e formas cilíndricas. Em 1913, utilizando a abstração nos trabalhos, pinta a série Contrastes de Formas, ilustrando sua teoria de que a pintura deve oferecer diversidade de cores, linhas e volumes.
               
Começa seu período mecânico em 1919, fascinado por motores, trilhos de trem e ambientes fabris. Faz cenários para balés. Seu filme Balé Mecânico não tem narrativa, apenas máquinas e corpos humanos flutuando.

                  
Muda-se para os Estados Unidos durante a II Guerra Mundial (1939-1945) e volta para Paris com o fim do conflito, quando se filia ao Partido Comunista francês. Sua arte, então, reflete o interesse político pelas classes trabalhadoras, apesar de não se enquadrar no realismo socialista. Morre em Gif-sur-Yvette, na França.

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sábado, 7 de março de 2015

ENRICO BIANCO - BIOGRAFIA

             

                        Enrico Bianco (1918 - 2013)

Enrico Bianco (Roma, Itália 1918 - Rio de Janerio RJ 2013)
Pintor, gravador, desenhista e ilustrador.
Inicia seus estudos com Maud Latour, em Roma, na década de 1930. No Rio de Janeiro, entre 1935 e 1937, estuda com Candido Portinari (1903 - 1962) no Instituto de Artes da Universidade do Distrito Federal - UDF. No ano seguinte, trabalha com Portinari em diversas obras, destacando-se os murais do Ministério da Educação e Cultura - MEC, os painéis do Banco da Bahia, o edifício da ONU etc. Em 1940, realiza sua primeira individual no Copacabana Palace Hotel. Ilustra edição especial de Caçada de Esmeraldas, de Olavo Bilac (1865 - 1918), organizada por bibliófilos brasileiros e o álbum de gravação do poema sinfônico Anhanguera, de Hekel Tavares, em 1951.

Um intelectual e dois artistas

Roma, 1935. Na vasta sala do velho casarão, o som de um piano transmite ao ambiente os acordes de um noturno de Chopin.

Sentado à mesa, um adolescente, nos seus 17 anos, mantém espalhados lápis coloridos, tintas e folhas com esboços de desenhos. Algumas pinturas vão tomando forma sobre alguns deles, inacabadas ainda, mas encaminhadas para a resolução, com a segurança de quem sabe o que está fazendo.
              

Ao lado, um senhor de meia idade confere os rascunhos de um texto que terminara há pouco e que espera colocar no correio antes do fim do dia.

O homem é Francesco Bianco, escritor e correspondente internacional do «Jornal do Brasil», do Rio de Janeiro. A pianista, sua mulher, é Maria Bianco-Lanzi que, além da virtuosidade e familiaridade com o teclado, é dotada de uma cultura invulgar.

             

O moço envolvido com as tintas é o filho dos dois, Enrico Bianco que, desde os seis anos de idade, incentivado pelos pais, vinha estudando desenho e pintura, tendo arrolados entre seus mestres alguns nomes conhecidos da arte italiana, como Deoclécio Redig de Campos, que chegou a diretor do Museu do Vaticano.
              

Agora, recebia aulas Dante Ricci, outrora professor da família real, não tão famoso, mas igualmente capaz e severo, passando ao aluno não só as técnicas mas sobretudo um conceito de rígida disciplina, necessária para quem deseje levar avante qualquer trabalho artístico.

              

O pai levanta-se e vai ao correio levar seu trabalho. O moço, que treinava pelo menos seis horas ao dia, fica imerso em seus afazeres. E o som do piano prossegue, iluminando o ambiente e inspirando o artista.

                  

Adio,Italia mia

Então, certa vez, o piano se calou. Silenciou para sempre. A família Bianco vivia naquele momento seus piores dias. Além da tragédia que se abateu sobre eles, com a dolorosa perda da esposa e mãe, os problemas se acumulavam, sem perspectiva de solução.

                 

Francesco Bianco fora outrora um deputado pela democracia cristã e, com a ascensão do fascismo na Itália, caiu em desgraça. O «Jornal do Brasil», vivendo a crise dos anos 30 e sentindo os efeitos do fechamento do regime também no Brasil, após a posse de Getúlio Vargas, demitiu-o da posição de seu correspondente na Itália.

                 

Com toda sua erudição e bom relacionamento na Itália, Francesco bem que poderia arrumar novo emprego mas, para trabalhar na imprensa ou em qualquer órgão de comunicação, precisaria ter a carteira de fascista, que nem ele queria tirar, nem lhe seria dada, por seus antecedentes políticos.

                

Havia outra saída possível, que era viajar para o Brasil, onde já estivera em 1920. Ali, tinha até uma promessa de emprego na Italcable, um serviço telegráfico por cabos submarinos que concorria com a Western americana. Mas para isso eram necessários os passaportes e estes lhe foram negados, por ser considerado um inimigo do governo, indesejável quando perto e incontrolável quando longe.

Avanti tutti

Sentindo as dificuldades emergentes, o médico da família, que era também cardiologista de Mussolini, propôs-se a buscar uma solução e, durante uma consulta de rotina ao ditador, arriscou uma frase: «A mulher de Bianco morreu».

             

«Eu sei», respondeu o Duce. A resposta era fria, mas não inamistosa ou ostensiva. O médico arriscou outra investida: «Ele quer três passaportes, para ele e as duas crianças.»

                 

Um novo e prolongado silêncio e, então, Mussolini responde, firmemente: «Pois que preencha os papéis, que eu autorizo a emissão.»

                 

E foi assim que, no ano de 1937, conduzido pelas forças do destino, Enrico Bianco chegou ao Rio de Janeiro, acompanhado do pai e da irmã, estabelecendo-se para sempre no Brasil. Meses após a chegada, teve um encontro que marcou-o pelo resto da vida.

A mão do garimpeiro

Havia seis meses que Bianco estava no Brasil quando o pintor Paulo Rossi lhe sugeriu visitar uma obra que Portinari estava preparando na sede do Ministério da Educação. Ele foi, mas só encontrou lá três ajudantes: Burle marx (1909-1994), Inês e Ruben Cassa (1905).

                

Percebendo as dificuldades que os três estavam tendo com a ampliação, em afresco, da mão de um garimpeiro, pediu que o deixassem tentar e, contando com o assentimento, pintou sozinho aquele detalhe.

                   

Pouco depois chega Portinari e, com intuição de mestre, percebeu a interferência, perguntando com irritação: «Quem é que fez aquela mão ali?» Os discípulos apontaram para Bianco, encolhido a um canto, a quem o mestre, aparentemente, deu pouca ou nenhuma atenção.

                 

Bianco, se soubesse, nem teria ido lá mas, já que estava, deixou-se ficar, apreciando o desenvolvimento da obra. Pela hora do almoço, decidiu voltar à casa, despedindo-se de Portinari, que lhe perguntou, com a energia de sempre: «Mas, aonde vai?» «Vou para casa», respondeu Bianco.

                 

O mestre estendeu-lhe a mão, com a mesma cara de zangado e lhe perguntou: «Mas amanhã você volta, não volta?»

Foi assim que, aos poucos, o jovem pintor foi se integrando à equipe de Portinari, tornando-se, por muitos e muitos anos, um valoroso 
colaborador.

                 

A «mão do garimpeiro», a primeira intervenção de Bianco na pintura do mestre, continua lá, onde foi pintada. E a influência de Portinari em Bianco é visível em muitos de seus quadros. O pintor cresceu, ganhou vida própria, mas nunca se afastou do estilo que assimilou e aprendeu a respeitar.

Barrado no baile

A aproximação entre Bianco e Portinari, se de um lado só lhe trouxe orgulho e admiração, de outro, também lhe causou problemas, notoriamente pela aversão de alguns políticos brasileiros a Portinari, principalmente por sua ideologia e posições políticas. Conquanto o mestre não fosse um ativista, o simples fato de demonstrar simpatias ao comunismo o colocava sob a mira macartista e, com ele, todos aqueles que o seguiam.

               

Em 1960, o México cuidava da organização de sua 2ª Bienal e, desejando incluir nela alguns artistas brasileiros, mandou para cá um representante, o qual, entre outros, convidou Enrico Bianco, encarregado de preparar três quadros especialmente para o evento.

Como o Itamarati prontificou-se a pagar as despesas de viagem, achou-se no direito de rever a lista de convidados, riscando dela Bianco, sob a alegação de que ele nasceu na Itália, não representando, pois, a arte brasileira.

                

Mal deu para esconder a aversão ao pintor. Bianco nasceu na Itália mas fez-se no Brasil à sombra de um dos maiores mestres brasileiros. Sua temática era toda ela voltada para nossa terra, nossa gente, nossos costumes. Rubem Braga saiu em sua defesa, em artigo publicado pela revista «Manchete»:
                        
«Vi os quadros. São melhores do que eu esperava são bons quadros de pintura moderna em qualquer parte do país e do mundo, e são os quadros de um pintor formado no Brasil e sensível às sugestões e ao sentimento da vida brasileira são, portanto, quadros excelentemente representativos da pintura brasileira em qualquer mostra internacional. Eu vi e os críticos não podem discutir comigo, porque os críticos não viram.»

                 

Não adiantou. Quando o Estado interfere na arte, a arte sempre leva a pior. E o artista também.

O mais brasileiro dos italianos

Enrico Bianco nasceu em Roma em 18 de julho de 1918. Embora italiano, veio para o Brasil ainda na adolescência, desenvolvendo sua arte em meio à efervescência do modernismo brasileiro, ativado a partir do Movimento Modernista de 1921 no Rio de Janeiro e ganhando consistência a partir da Semana da Arte Moderna de 1922 em São Paulo.
                   

Conviveu com grandes mestres brasileiros da pintura, como Candido Portinari, de quem foi discípulo, privou da amizade de Burle Max e recebeu rasgados elogios de gente de proa no mundo artístico, como Antônio Bento e Pietro Maria Bardi.

              

Por ter escolhido o Brasil como sua segunda pátria, por ter-se fixado aqui para sempre, e por ter desenvolvido aqui praticamente toda sua obra, com influência inegável de artistas brasileiros, e tendo, como tema de trabalho, a vida, os costumes e a sociedade brasileira, Bianco pode ser incluído, com muita propriedade, entre os Pintores do Brasil.


Texto: Paulo Victorino

Críticas

"O conhecimento imediato com Portinari, no ano seguinte à chegada ao Brasil, marcou definitivamente o desenho e a pintura de Enrico Bianco desde então. (...) Assim, vemos desenvolver-se, ao longo da obra de Bianco, a busca de fusão entre pólos aparentemente opostos, quais sejam a disciplina organizativa do espaço pictórico segundo esquemas de linearidades e jogos de planos sutilmente cubistas, e a propensão. Em verdade, mais abrangente, no sentido da veemência expressionista. Decorreu daí o predomínio da figura no trabalho de Bianco, tratada sob preocupação de registrar a dramaticidade de contingências típicas do mundo de hoje, acrescido de guerras globais, ou sob o estímulo de outras memórias do drama, na série de pinturas de fundamento religioso. As paisagens, por sua vez, acentuaram presença na obra atual, sem que nelas, no entanto - apesar da agilidade e idêntica veemência no tratamento do conjunto -, se possa experimentar aquela mesma densidade expressionista de abordagem dos outros temas; é possível inclusive sentir, nesses trabalhos, direcionamento para a simplificação abstratizante de cada elemento e de seu contexto, embora a paisagem continue ali, visível e reativada".

Roberto Pontual
PONTUAL, Roberto. Arte/Brasil/hoje: 50 anos depois. São Paulo: Collectio, 1973.
"Bianco é um pintor de talento, dos que desde moço se aprende a respeitar. Não limita sua atividade a determinados setores. Tudo na vida o interessa; o que lhe permite manifestar-se na mais variada temática. Foge das fórmulas e dos modismos. Companheiro de Portinari, participou, nos tempos da construção do edifício do Ministério da Educação e Saúde, da ação do grupo dos modernistas que juntava Mário de Andrade, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Graciliano Ramos, Oscar Niemeier, Lúcio Costa, Carlos Leão, os irmãos Roberto e Affonso Eduardo Reidy, Villa-Lobos e quantos outros aos quais se deve a renovação que teve seu ponto de partida na Semana de 22. Como artista emergente da tradição erroneamente denominada acadêmica, a Bianco interessa a figura, a paisagem, a natureza-morta e particularmente as cenas do campo. Cada tela mostra a maestria dos que se devotam à profissão de pintor-pintor, continuando a considerar e revelar casos e encontros".

Pietro Maria Bardi
LOUZADA, Júlio. Artes plásticas: seu mercado, seus leilões. São Paulo: J. Louzada, 1984-.
"Enrico Bianco é este acontecimento raro, no Brasil, do artista que pinta a partir de uma tradição que tem mais de 10 anos. Esta é, aliás, a primeira coisa que impressiona o público ao contatar esta obra. De repente há algo de diferente neste trabalho e isto não está só no tema ou na visão do artista, mas na sua maneira de pintar. O que, vale dizer, esta diferença, este algo que chama a atenção, está na pincelada, no uso dos pigmentos, nas cores sobrepostas a outras cores, na composição e no desenho, na exaltação do modelo. O público tem a certeza de que estas pinturas levaram muito tempo para serem feitas e que o aprendizado do artista foi longo, dedicação de vida inteira. São obras que parecem ter eliminado o acaso, ainda que isto não seja verdadeiro. Há um propósito e o diálogo entre obra e público se dá a partir desta constatação. E, enfim, se ainda estivéssemos na época de refutar o burguês anedótico, desta feita, poderíamos afirmar que ele não diria: "isto o meu filho de 10 anos também faz". Certamente podemos chamar este fazer pictórico de Enrico Bianco de maestria. Este saber, construído pelo artista em tantos anos de culto labor, concretiza-se em alguns assuntos preferidos como a figura feminina, natureza morta, trigais, cenas da lida rural, paisagens, nos quais encontramos mais do que a transfiguração da realidade cotidiana, já que o que está presente é a pintura feita de delicadezas, lirismo, sons ocultos. Já não nos interessa exatamente o motivo do qual parte o artista ou o seu estímulo visual, mas a criação de um universo único e particular. Enrico Bianco não faz flores, mulheres ou boiadas, mas pintura".
Jacob Klintowitz

BIANCO. Bianco. Curadoria José Adolpho M. Ayres; apresentação Jacob Klintowitz; projeto gráfico Hélio Alves Neves. São Paulo : Galeria de Arte André, 1997. 25 p. il. color.

Exposições Individuais

1940 - Rio de Janeiro RJ - Primeira individual no Brasil, no Copacabana Palace Hotel
1941 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Ita
1942 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Casa e Jardim
1956 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Petite Galerie
1958 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Tenreiro
1963 - Europa - Exposición de América y España
1964 - Lisboa (Portugal) - Individual
1964 - Nova Orleans (Estados Unidos) - Individual
1966 - Rio de Janerio RJ - Individual, na Petite Galerie
1966 - Roma (Itália) - Individual, na Galeria da Casa do Brasil
1967 - Tel Aviv (Israel) - Individual
1967 - Roma (Itália) - Individual, na Galeria Piazza di Spagna
1968 - Recife - Individual, na Galeria Ranulpho
1970 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria de Arte Ipanema
1971 - São Paulo SP - Individual, na The Chelsea Art Galleries Jardim
1972 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Copacabana Palace
1973 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria de Arte Ipanema
1973 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte Ipanema
1975 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Graffiti
1976 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria de Arte Ipanema
1978 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Mini Gallery
1980 - São Paulo SP - Individual, na Galeria Renot
1981 - Rio de Janeiro RJ - Individual, na Galeria Dezon
1982 - São Paulo SP - Exposição Retrospectiva, no Masp
1982 - Rio de Janeiro RJ - Exposição Retrospectiva, no MNBA
1996 - Brasília DF - Individual, no Palácio Itamaraty
1997 - Santos SP - Individual, na Fundação Benedito Calixto
1997 - São Paulo SP - Individual, na Galeria de Arte André

Exposições Coletivas

1935 - Roma (Itália) - 1º Quadriennale Nazionale d'Arte
1940 - Rio de Janeiro RJ - Seção Moderna do Salão Nacional de Belas Artes - medalha de prata
1951 - Rio de Janeiro RJ - Exposição de Naturezas Mortas, no Serviço de Alimentação e Previdência Social
1951 - São Paulo SP - 1ª Bienal Internacional de São Paulo, no Pavilhão do Trianon
1954 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas - sala especial
1954 - Rio de Janeiro RJ - Salão Preto e Branco, no Palácio da Cultura
1954 - São Paulo SP - Arte Contemporânea: exposição do acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo, no MAM/SP
1960 - Cidade do México (México) - 2ª Bienal Interamericana do México - sala especial
1972 - São Paulo SP - Arte/Brasil/Hoje: 50 anos depois, na Galeria da Collectio
1974 - Rio de Janeiro RJ - O Mar, na Galeria Ibeu Copacabana
1981 - Paris (França) - Salon de la Société Nationale des Beaux-Arts
1982 - Rio de Janeiro RJ - Universo do Futebol, no MAM/RJ
1983 - Atami (Japão) - 6ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1983 - Kyoto (Japão) - 6ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1983 - Rio de Janeiro RJ - 6ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão, no MNBA
1983 - São Paulo SP - 6ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão, no Masp
1983 - Tóquio (Japão) - 6ª Exposição de Belas Artes Brasil-Japão
1985 - Rio de Janeiro RJ - 8º Salão Nacional de Artes Plásticas, no MAM/RJ
1985 - São Paulo SP - 100 Obras Itaú, no Masp
1986 - Rio de Janeiro RJ - Sete Décadas da Presença Italiana na Arte Brasileira, no Paço Imperial
1988 - São Paulo SP - 15 Anos de Exposição de Belas Artes Brasil-Japão, na Fundação Mokiti Okada M.O.A.
1989 - São Paulo SP - Trinta e Três Maneiras de Ver o Mundo, na Ranulpho Galeria de Arte
1992 - Rio de Janeiro RJ - Eco Art, no MAM/RJ
1993 - São Paulo SP - 100 Obras-Primas da Coleção Mário de Andrade: pintura e escultura, no IEB/USP
1995 - Rio de Janeiro RJ - 1º Riocult, no Riocentro
1996 - Passo Fundo RS - Museu de Artes Visuais Ruth  Schneider: exposição inaugural, no Museu de Artes Visuais Ruth Schneider
1996 - Rio de Janeiro RJ - Visões do Rio, no MAM/RJ
1998 - Rio de Janeiro RJ - Imagens Negociadas: retratos da elite brasileira, no CCBB
1998 - São Paulo SP - Futebol em Arte, na Galeria de Arte André
2000 - São Paulo SP - Coletiva, na Galeria Ricardo Camargo
2001 - São Paulo SP - 4 Décadas, na Nova André Galeria
2002 - São Paulo SP - Paisagens do Imaginário, na Nova André Galeria
2003 - Rio de Janeiro RJ - Tesouros da Caixa: arte moderna brasileira no acervo da Caixa, no Conjunto Cultural da Caixa
2003 - São Paulo SP - Entre Aberto, na Gravura Brasileira
Fonte: Itaú Cultural

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sexta-feira, 6 de março de 2015

COLUMBANO BORDALO PINHEIRO -BIOGRAFIA



                   


                       Um dos maiores pintores portugueses.
                       Nasceu em Lisboa, em 21 de Novembro de 1857;
                       morreu na mesma cidade em 6 de Novembro de 1929.

Filho do pintor, escultor e gravador Manuel Maria Bordalo Pinheiro, estudou na Academia de Belas-Artes de Lisboa, onde cursou desde os 14 anos de idade desenho e pintura histórica. 

                  

Na Academia foi discípulo do escultor Simões de Almeida e do mestre Ângelo Lupi, tendo feito o curso em quatro anos em vez dos curriculares sete.

                   

Em 1881 partiu para Paris, beneficiando de uma bolsa de estudo, custeada secretamente por D. Fernando de Saxe-Coburgo, viúvo de D. Maria II, amigo do pai. Foi para França, acompanhado da irmã mais velha, tendo aprendido com Manet, Degas, Deschamps entre outros.

                  

 Em 1882 apresentou no «Salon de Paris» o quadro «Soirée chez Lui» que foi bem recebido pela crítica, e que está actualmente exposto no Museu de Arte Contemporânea de Lisboa com o título «Concerto de Amadores». 

                     

Este quadro foi exposto em Lisboa, na Promotora, em 1883, após o seu regresso a Portugal, não tendo sido muito bem recebido pela crítica. 


Junta-se aos artistas do «Grupo do Leão», nome de uma cervejaria de Lisboa, que retratou num quadro que será um dos seus mais conhecidos. 

                  

O grupo  era formado por jovens artistas empenhados numa reforma estética.

                   

Foi no domínio da pintura de decoração e nos retratos que se celebrizou, sendo dele as pinturas da sala de recepção do Palácio de Belém, os painéis dos «Passos Perdidos» da Assembleia da República e do tecto do Teatro Nacional. 

                   

Os retratados, intelectuais sobretudo, incluem Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, Eça de Queirós, Teófilo Braga, mas um sobressai: o de Antero de Quental, pintado em 1889.

                               

Em 1901 tornou-se professor de pintura histórica da Academia de Belas-Artes de Lisboa, depois de ter sido preterido no concurso de 1897. 

                        

Em 1911, foi nomeado pelo novo regime republicano para primeiro director do recém criado Museu de Arte Contemporânea onde se manteve até à reforma.

                            

Era, segundo Diogo de Macedo: «misantropo, fechado em si, dado a análises exaustivas, a dissecações cruéis, teve apenas um grande amor - a pintura».

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segunda-feira, 2 de março de 2015

FRANÇOIS COUPERIN - BIOGRAFIA

             
             

                                       François Couperin

Compositor e cravista francês, François Couperin nasceu em Paris a 10 de novembro de 1668 e morreu na mesma cidade a 11 de setembro de 1733. 

Durante dois séculos os membros da família Couperin se sucederam no posto de organista da Igreja de Saint Gervais, em Paris. Formaram uma prestigiosa linhagem de músicos, quase tão ramificada como a dos Bach.

O mais famoso entre todos os Couperin, por isso mesmo chamado o Grande, François, já aos 17 anos tocava órgão em Saint Gervais, substituindo ao pai. 


Ao tornar-se organista da capela real em Versalhes, no ano de 1693, começou a frequentar os círculos aristocráticos, exercendo o magistério de composição e cravo.

Em 1696, foi presenteado com o seu próprio brasão e, seis anos mais tarde, foi distinguido com a Ordem de Cavaleiro de Latrão. 


Foi nomeado cravista do rei e, quando em 1715 este faleceu, o cargo de compositor manteve-se seguro, visto a nova corte que rodeava Luís XV trazer um novo afluxo de alunos distintos.

Por volta dessa época, Couperin compôs uma das suas mais impressionantes peças de música religiosa, "Leçons de Ténebrès", uma composição com base em textos sagrados para vozes solistas com um acompanhamento esparso, para ser executada durante a Semana Santa.

Ostentando o título de "cravista da corte", seu nome já se tinha tornado famoso em toda a Europa. 


Foi na música para cravo que Couperin chegou ao cume de sua arte. Aliando o refinamento contrapontístico e harmônico do estilo francês à expressividade da melodia italiana, ele caracterizou o espírito da época através de "retratos musicais" de nomes poéticos: "O rouxinol enamorado", "A distraída", "Os pequenos moinhos de vento", etc.



Toda essa literatura instrumental, Couperin elaborou tendo em vista a suíte coreográfica. Sua música, intencionalmente pictórica, parece-se com os quadros de Watteau, ilustrando o estilo galante daquela época.

Embora chegasse a exercer forte influência sobre seus contemporâneos (inclusive Bach e Haendel), a música de Couperin ficou depois praticamente esquecida durante mais de um século. 


Sua redescoberta foi iniciada por Brahms, que em 1888 publicou sua edição das "Peças para o cravo". Também fizeram muito pelo renascimento de Couperin mestres como Debussy, Wanda Landowska e, principalmente, Ravel.

Entre suas obras, destacam-se: duas missas para órgão; 27 suítes para cravo, em quatro volumes; sonatas para dois violinos com baixo contínuo; e dois trabalhos didáticos sobre a arte do acompanhamento e do cravo.


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