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segunda-feira, 2 de março de 2015
FRANÇOIS COUPERIN - BIOGRAFIA
François Couperin
Compositor e cravista francês, François Couperin nasceu em Paris a 10 de novembro de 1668 e morreu na mesma cidade a 11 de setembro de 1733.
Durante dois séculos os membros da família Couperin se sucederam no posto de organista da Igreja de Saint Gervais, em Paris. Formaram uma prestigiosa linhagem de músicos, quase tão ramificada como a dos Bach.
O mais famoso entre todos os Couperin, por isso mesmo chamado o Grande, François, já aos 17 anos tocava órgão em Saint Gervais, substituindo ao pai.
Ao tornar-se organista da capela real em Versalhes, no ano de 1693, começou a frequentar os círculos aristocráticos, exercendo o magistério de composição e cravo.
Em 1696, foi presenteado com o seu próprio brasão e, seis anos mais tarde, foi distinguido com a Ordem de Cavaleiro de Latrão.
Foi nomeado cravista do rei e, quando em 1715 este faleceu, o cargo de compositor manteve-se seguro, visto a nova corte que rodeava Luís XV trazer um novo afluxo de alunos distintos.
Por volta dessa época, Couperin compôs uma das suas mais impressionantes peças de música religiosa, "Leçons de Ténebrès", uma composição com base em textos sagrados para vozes solistas com um acompanhamento esparso, para ser executada durante a Semana Santa.
Ostentando o título de "cravista da corte", seu nome já se tinha tornado famoso em toda a Europa.
Foi na música para cravo que Couperin chegou ao cume de sua arte. Aliando o refinamento contrapontístico e harmônico do estilo francês à expressividade da melodia italiana, ele caracterizou o espírito da época através de "retratos musicais" de nomes poéticos: "O rouxinol enamorado", "A distraída", "Os pequenos moinhos de vento", etc.
Toda essa literatura instrumental, Couperin elaborou tendo em vista a suíte coreográfica. Sua música, intencionalmente pictórica, parece-se com os quadros de Watteau, ilustrando o estilo galante daquela época.
Embora chegasse a exercer forte influência sobre seus contemporâneos (inclusive Bach e Haendel), a música de Couperin ficou depois praticamente esquecida durante mais de um século.
Sua redescoberta foi iniciada por Brahms, que em 1888 publicou sua edição das "Peças para o cravo". Também fizeram muito pelo renascimento de Couperin mestres como Debussy, Wanda Landowska e, principalmente, Ravel.
Entre suas obras, destacam-se: duas missas para órgão; 27 suítes para cravo, em quatro volumes; sonatas para dois violinos com baixo contínuo; e dois trabalhos didáticos sobre a arte do acompanhamento e do cravo.
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FRANÇOIS BOUCHER - BIOGRAFIA
François Boucher (Paris, 29 de setembro de 1703) foi um pintor francês, talvez o maior artista decorativo do chamado setecento europeu.
Embora tenha vivido num século dominado pelo Barroco, ia além desse estilo e identificava-se mais com o Rococó - estilo muitas vezes alvo de apreciações estéticas pejorativas.
Foi seguramente um dos pintores que melhor soube interpretar o espírito do Rococó.
É muito conhecido por suas pinturas idílicas, plenas de volume e carisma, essas que vulgarmente recorriam a temas mitológicos e evocavam a Antiguidade Clássica, posta em voga por Rubens.
Teve variados patronos, entre eles Madame de Pompadour, da qual pintou um célebre retrato, exibido hoje na "Alte Pinakothek" de Munique, na Baviera, Alemanha.
Aos dezessete anos ingressou no ateliê de François Lemoyne.Lemoyne e Antoine Watteauforam suas primeiras influências pictóricas.
Todos se impressionavam com a técnica e o estilo vigoroso e brilhante do pintor, a quem, três anos mais tarde, foi concedido o prestigioso "Prêmio de Roma". Embora não conhecendo a Itália, o nome do artista já ecoava pela Europa mais eclética.
Quatro anos após receber o estimado prêmio de incentivo a novos artistas ele vai finalmente para a Itália, onde tomou contacto direto com o Classicismo.
Em Roma começou a estudar e, curiosamente, tal como Peter Paul Rubens, empenhou-se no estudo minucioso dos afrescos de Michelangelo na Capela Sistina no Vaticano em particular, e das obras memoráveis que a Renascença havia deixado para trás.
De volta à França, em 1731, foi admitido na "Academia Real de Pintura e Escultura". Chegou mesmo a tornar-se reitor da dita Academia e diretor da "Real Confecção de Tapetes".
O que lhe sucedeu foi que se tornou rapidamente um pintor da moda: em 1765, o Rei, contente com seus serviços, nomeou-o pintor da Corte e pintor da Câmara.
A partir desse momento concebeu numerosas obras-primas em que retratava variados membros das cortes francesa e italiana, e até mesmo de famílias reais. Celebrizou o retrato da real amante, a Madame de Pompadour.
Além de pintar, Boucher concretizou figurinos para teatro e tapetes e ficou célebre como decorador. Ajudou na decoração dos palácios de Versailles, Fontainebleau e Chosy.
François Boucher morreu em 1770, em Paris.Ocupava então o cargo de primeiro pintor do rei Luiz XV da França.
Pintou sobretudo cenas idílicas, povoadas por personagens mitológicos e pastores, geralmente em poses sensuais e quase desnudados.
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GEORGES BERNANOS - BIOGRAFIA
Georges Bernanos
Georges Bernanos (Paris, 20 de fevereiro de 1888 — Neuilly-sur-Seine, 5 de julho de 1948) foi um escritor e jornalista francês.
Bernanos participou intensamente da vida política de seu país: foi soldado de trincheira na Primeira Guerra Mundial e repórter na Guerra Civil espanhola.
Em 1917, casou-se com Jeanne Talbert d’Arc, descendente em linha direta de um irmão de Joana d’Arc. Georges e Jeanne tiveram seis filhos entre 1918 e 1933: Chantal, Yves, Claude, Michel, Dominique, Jean-Loup.
Passou a infância em Fressin (Pas de Calais).
Chegou ao Brasil aos cinqüenta anos de idade acompanhado da mulher, seis filhos e de um sobrinho.
Primeiro foi para Itaipava, no estado do Rio de Janeiro, depois residiu em Juiz de Fora, Vassouras e Pirapora onde escreveu Les enfants humiliés e tentou a criação de gado.
Numa série de artigos posicionou-se contra o armistício franco-germânico. Durante a Segunda Guerra Mundial permaneceu no Brasil, residindo entre 1938 e 1945 em Barbacena, Minas Gerais, numa casa situada no bairro Cruz das Almas que lhe foi oferecida por amigos.
Nesta casa escreveu Lettre aux Anglais, Le Chemin de la Croix-des-Ames e La France contre les Robots.
Esta casa hoje se transformou no "Museu George Bernanos".
Ali veio a terminar a sua obra Monsieur Ouine, que publicou na França, por ocasião do seu regresso em 1946.
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DOMINGOS CALDAS BARBOSA - BIOGRAFIA
CALDAS BARBOSA
Faleceu em 9 de novembro de 1800, no palácio do Conde de Pombeiro, em Bemposta, Lisboa.
Fez os primeiros estudos no colégio dos padres jesuítas, já revelando ali veia satírica e dotes de repentista.
Tornou-se o poeta satírico mais admirado (e também detestado) do Arcadismo brasileiro. Não poupava mestres e condiscípulos, mas principalmente ridicularizava as pretensões e as injustiças dos portugueses.
Por conta das sátiras, indispôs-se com os poderosos da época. Para escapar às perseguições, foi para Portugal onde buscou novas oportunidades para projetar-se.
Pertenceu à Academia de Roma, com o pseudônimo de Lereno Selinuntino.
Foi o poeta mais popular do Arcadismo, tendo os poemas transformados em modinhas.
OBRA
Obras Poéticas (poesias esparsas reunidas pelos amigos e publicadas em Paris, em 1865, sob o patrocínio de D. Pedro II).
POEMAS FAMOSOS:
1. Bárbara Heliodora (lira escrita na prisão).
2. Estela e Nize (soneto lírico-amoroso).
2. Estela e Nize (soneto lírico-amoroso).
Viola de Lereno (coleção de suas cantigas, Lisboa, 1798).
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sábado, 28 de fevereiro de 2015
BERNARDO CARO - BIOGRAFIA
Bernardo Caro
Bernardo Caro nasceu em Itatiba, no Estado de São Paulo. Filho de imigrantes andaluzes, a arte de Caro era um ponto de união entre a tradição da pintura espanhola e a temática brasileira. Foi possivelmente o pintor brasileiro mais marcadamente espanhol.
Por isso, aliás, a cidade de Villanueva del Trabuco, onde nasceram seus pais, prestou uma homenagem ao artista, em 1997, dando seu nome a uma das ruas da localidade. A homenagem foi retribuída com um monumento construído pelo artista na praça principal da cidade.
Caro foi professor secundário de artes. Lecionou em cidades do interior paulista como Uchoa, Tanabi, Amparo, Valinhos e Campinas. Em 1964 se incorporou ao Grupo Vanguarda de Campinas, participando de diversos salões de arte e exposições.
Em 1972, ligou-se à Pontifícia Universidade Católica de Campinas, de cujo Departamento de Artes Plásticas foi chefe, entre 1979 e 1982. No ano seguinte ingressou no corpo docente do Instituto de Artes da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Foi seu diretor de 1987 a 1990.
Participou de várias edições da Bienal de Arte Moderna de São Paulo. Realizou também exposições na Itália, Espanha, Japão e em países da América Latina, além de possuir obras em acervos de Londres, Washington, Paris, Madri, Granada, Stuttgart e Estocolmo. Recebeu cerca de 30 prêmios.
Em setembro de 1996 assumiu a função de vice-cônsul da Espanha em Campinas.
Por iniciativa do educador e escritor Julio García Morejon, foi inaugurado em 2001 o Museu Bernardo Caro, em São Paulo. Ali se expõe, em caráter permanente, algumas das mais importantes obras do artista.
Bernardo Caro não resistiu ao pós-operatório, após uma cirurgia para implante de válvula cardíaca.
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