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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

VERDI - BIOGRAFIA



                                                                 Giuseppe Verdi

Giuseppe Verdi (1813-1901) foi músico italiano. Autor das óperas, "Otello", "La Traviata", "Rigoletto", "Il Travatore", "Aída", entre outras. Foi o maior músico italiano do século XIX.
Giuseppe Verdi (1813-1901) nasceu em Roncole, hoje Roncole Verdi, ducado de Parma, Itália. Quando nasceu a cidade estava ocupada pelos franceses e Giuseppe Fortunino Francesco foi obrigatoriamente registrado como Joseph Fortunin François. Estudou música com Ferdinando Povesi, regente da orquestra de Roncole.

Verdi não foi aceito pelo Conservatório de Milão. Quando atingiu a fama, o diretor do Conservatório foi criticado pela falta de visão, que teria fechado as portas para o maior músico italiano do século XIX.


 Foi casado com Margherita, juntos tiveram dois filhos. 

O lançamento de sua primeira ópera, "Oberto, conde de San Bonifácio", veio acompanhado de seguidas tragédias. Em 1838, morre a filha Virgínia, em 1839, morre o filho Icílio e em 1840, morre sua esposa.

Sua óperas eram inspiradas no patriotismo, "A Batalha de Legnano", teve origem na batalha travada quando os germanos do norte atacaram a península italiana, em 1176. 

A ópera "Os Lombardos na Primeira Cruzada" surgiu como incentivo à luta contra a ocupação dos austríacos em toda parte lombarda da Itália. A ópera "Nabucodonosor" narrava a escravidão do povo judeu e sua libertação, e "Joana d'Arc" lembrava aos italianos a luta dos franceses contra a ocupação inglesa no século XIV.

Em 1848, abandonou o gênero patriótico em suas óperas e escreveu "Rigoletto", "Il Trovatore", "La Traviata" e "Um Ballo in Maschera". 




Em 1859, foi eleito deputado de uma Itália que ressurgia, unificada, no cenário político europeu.

Nesse mesmo ano casa-se com a soprano e companheira Giuseppina Streboni.

Giuseppe Verdi influenciado por temas shakespearianos compôs as óperas "Otello" e "Falstaff". Em 1871 levado pela inauguração do Canal de Suez, escreveu "Aída", atingindo o auge de sua carreira. 

Em 1879, após 20 anos de convívio, perde sua esposa e em 27 de janeiro de 1901, em Milão, cercado de respeito de toda a Itália morre Giuseppe Verdi.

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domingo, 17 de agosto de 2014

ALBERTO DE ALMEIDA CAVALCANTI - BIOGRAFIA

                          

                                 Alberto de Almeida Cavalcanti


Cineasta fluminense. Primeiro brasileiro a alcançar destaque no cinema internacional.Alberto de Almeida Cavalcanti (6/2/1897-23/8/1982) nasce na cidade do Rio de Janeiro. 


Filho de um major do Exército, inicia seus estudos na Escola Militar e chega a cursar um ano de direito. 

Em 1913 muda-se para a Suíça, onde se forma em arquitetura pela Faculdade de Belas-Artes de Genebra. 

Ao terminar a I Guerra Mundial, transfere-se para Paris e conhece o cineasta Marcel L'Herbier, que o convida para participar como cenógrafo do filme Ressurreição. A partir daí começa sua longa trajetória no cinema, que inclui a direção de 58 filmes e 35 produções em diversos países. 


Sua primeira atuação como diretor é em La Jalousie de Barbouillé, em 1924. No ano seguinte filma Le Train Sans Yeux. 

Em 1926 chama a atenção dos críticos e do público com Rien Que Les Heures. Também produz pequenas comédias para a Paramount. Muda-se para Londres em 1933, onde inicia nova fase na carreira, a de documentarista. 

Ao lado de John Grierson, realiza inúmeros trabalhos para o General Post Office (GPO) e constrói uma das filmografias mais importantes do documentário mundial. Do GPO passa para a Ealling Films, na qual faz filmes de ficção e documentários, entre eles, sua obra-prima, Na Solidão da Noite (1946). 

Em 1949 retorna ao Brasil e assume a direção geral do estúdio Vera Cruz, em que fica pouco tempo, até montar sua produtora, a Kino Filmes, responsável pelos longas-metragens Simão, o Caolho (1952) e Mulher de Verdade (1954). Em 1952 escreve Filme e Realidade, um clássico da bibliografia sobre cinema no Brasil. 

De volta à Europa, filma na Áustria O Senhor Puntilla e Seu Criado Matti (1955), adaptação da obra de Bertolt Brecht, de quem se torna amigo.

 Em 1960 passa a produzir filmes para a televisão, em especial na França. 

Volta mais uma vez ao Brasil em 1977, mas se decepciona com o país, que não reconhece seu trabalho nem apóia seus projetos. Ainda assim, faz Um Homem e o Cinema, filme-antologia sobre sua produção. 

Volta a Paris em 1980, onde morre de embolia cerebral.

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domingo, 13 de julho de 2014

LIMA BARRETO - BIOGRAFIA


13/5/1881, Rio de Janeiro (RJ)
1/11/1922, Rio de Janeiro (RJ)
Afonso Henriques de Lima Barreto era mestiço, filho de um tipógrafo e de uma professora , que morreu quando ele tinha apenas sete anos. Estudou no Colégio Pedro 2o e depois cursou engenharia na Escola Politécnica. Ainda estudante, começou a publicar seus textos em pequenos jornais e revistas estudantis.

Com o agravamento do estado de saúde de seu pai, que sofria de problemas mentais, abandonou a faculdade e passou a trabalhar na Secretaria de Guerra, ocupando um cargo burocrático. Grande cronista de costumes do Rio de Janeiro, Lima Barreto passou a colaborar para diversas revistas literárias, como "Careta", "Fon-Fon" e "O Malho".

Seu primeiro romance, "Recordações do Escrivão Isaías Caminha", foi parcialmente publicado em 1907, na Revista Floreal, que ele mesmo havia fundado. Dois anos depois, o romance foi editado pela Livraria Clássica Editora. Em 1911, Lima Barreto publicou um de seus melhores romances, "Triste Fim de Policarpo Quaresma", e em 1915, a sátira política "Numa e a Ninfa".

Lima Barreto militou na imprensa, durante este período, lutando contra as injustiças sociais e os preconceitos de raça, de que ele próprio era vítima. Em 1914 passou dois meses internado no Hospício Nacional, para tratamento do alcoolismo. Neste mesmo ano foi aposentado do serviço público por um decreto presidencial.

Em 1919 o escritor foi internado novamente num sanatório. As experiências deste período foram narradas pelo próprio Lima Barreto no livro "Cemitério dos Vivos". Nesse mesmo ano publicou a sátira "Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá", inspirada no Barão do Rio Branco, e ambientada no Rio de Janeiro.

Lima Barreto candidatou-se em duas ocasiões à Academia Brasileira de Letras. Não obteve a vaga, mas chegou a receber uma menção honrosa. Em 1922 o estado de saúde de Lima Barreto deteriorou-se rapidamente, culminando com um ataque cardíaco. O escritor morreu aos 41 anos, deixando uma obra de dezessete volumes, entre contos, crônicas e ensaios, além de crítica literária, memórias e uma vasta correspondência. Grande parte de seus escritos foi publicada postumamente.
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sábado, 19 de abril de 2014

WAGNER - BIOGRAFIA





Wilhelm Richard Wagner, compositor, maestro, intelectual, ativista político e representante do neo-romantismo alemão, cuja obra influenciou a música ocidental. Wagner nasceu em uma família de artistas.

Viveu cerca de três anos em Paris e, em 1842, com 29 anos, retornou a Alemanha onde sua ópera "Rienzi" foi encenada.

Nomeado regente da ópera real, ocupou esse posto até 1849. Escreveu artigos defendendo a revolução alemã de 1848, que fracassou. Fugiu da Alemanha e não pode ver a primeira apresentação de "Lohengrin", feita por Liszt em 1850.

De 1849 a 1852 escreveu obras impressas como "Arte e Revolução", "A Arte do Futuro", "Uma comunicação a meus amigos", e "Opera e Drama", que delineou um novo tipo de teatro musical.

Dirigiu concertos da Filarmônica de Londres em 1855 e viveu em Zurique até 1858. Wagner acreditava na criação de uma música nacional que, baseada nos mitos de origem do povo alemão e na criação da identidade coletiva, fosse capaz de educar e formar um novo homem, uma nova sociedade. Abertamente anti-semita, denunciou a "judaização" da arte moderna, conclamando por uma "guerra de libertação". Talvez por isso tenha sido o compositor preferido de Hitler.

Influenciado pela filosofia de Schopenhauer, escreveu "Tristão e Isolda"(1857-59), inspirado no seu perdido amor por Mathilde Wesendonk, que causou sua separação de sua esposa Minna. Devido a esse caso amoroso, trocou Zurique por Veneza.

Em 1859 foi a Paris, e, em 1861, anistiado, retornou à Alemanha e depois viajou para Viena, onde desenvolveu seu trabalho como compositor até 1864, quando teve de fugir para não ser preso, devido a débitos financeiros.

Chegou sem dinheiro em Stuttgart e quem o ajudou foi Ludwig 2o, o jovem rei da Bavária, seu grande admirador, que o chamou para viver em Munique. Wagner estava com 51 anos e pelos seis anos seguintes apresentou, com sucesso, suas óperas na capital da Bavária. Porém, novamente ficou endividado, além de tentar imiscuir-se na política do reino e de se tornar amante de uma filha casada de Liszt, que lhe deu três filhos, mesmo antes de se divorciar e casar-se com ele em 1870. O rei decidiu alojá-lo em Triebschen, no lago de Lucerna.

Em 1869 Wagner retomou o projeto da tetralogia "O anel dos Nibelungos". Convencido de que precisaria de um teatro especial para apresentar aquela obra, Wagner concebeu o Teatro Bayreuth, na Bavária, com o apoio do rei. O teatro foi inaugurado em 1876, com a apresentação do "O anel dos Nibelungos".


  

Wagner permaneceu em Bayreuth, salvo viagens para concertos em Londres e na Itália. Durante esses anos ele compôs seu último trabalho, o drama "Parsifal", iniciado em 1877 e apresentado em 1882. Ditou para a esposa sua autobiografia e morreu em Veneza.

Dom Pedro 2o desejava muito que Carlos Gomes fosse estudar música na Alemanha. O imperador brasileiro era grande admirador da obra de Wagner, colaborando, inclusive, com a construção do Teatro Bayreuth. No entanto, Gomes preferiu a Itália, terra de Verdi.



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sábado, 22 de fevereiro de 2014

CARLOS GOMES - BIOGRAFIA

                                           

                                                            
Carlos Gomes

Uma trajetória notável

Nascido em Campinas, interior de São Paulo, Antônio Carlos Gomes (1836-1896) teve o mérito de nascer pobre numa cidade pouco importante (imaginem Campinas em 1836) de um país atrasado e de fazer sucesso num dos mais importantes teatros de ópera do mundo, o Teatro alla Scala de Milão. 
Equivaleria, nos dias de hoje, a um cineasta nascido de família pobre no interior de Goiás ir para Los Angeles e em sete anos ganhar um Oscar. Só isto já faria dele um verdadeiro herói nacional. 
Se pensarmos que este sucesso retumbante que aconteceu na estreia da ópera Il Guarany na noite de 19 de março de 1870, aconteceu a um músico de apenas 34 anos de idade, vemos que as injustiças ao primeiro compositor brasileiro a adquirir renome internacional foram terríveis. Começaram ainda no século XIX e se estendem até os dias de hoje.



Primeira grande injustiça: os republicanos

Carlos Gomes foi estudar na Europa com apoio pessoal do Imperador Dom Pedro II. Além de uma ajuda financeira o Imperador, extremamente culto e bem relacionado com o meio cultural europeu, abriu caminho para o jovem músico não só através de meios financeiros mas por meio de cartas de recomendação. 
A estreia brasileira de sua ópera mais conhecida, Il Guarany, no mesmo ano da estreia europeia, foi um grande êxito para o império brasileiro, e sua ópera Lo Schiavo (O escravo) foi dedicada à princesa Isabel em 1887, pouco antes de ela ter assinado a Lei Áurea. 
Quando a república foi proclamada em 1889 a situação de Carlos Gomes ficou bem incômoda frente aos novos governantes. Esta guinada política coincide com o início da doença que iria lhe tirar a vida. 
Os militares republicanos recusaram oferecer a ele a direção do Conservatório de Música do Rio de Janeiro, sendo que sua única opção foi aceitar um cargo em Belém do Pará, cargo este que nem chegou a ocupar formalmente, visto que a doença o matou logo depois de sua chegada ao Pará em 1896. 
A maneira sórdida como os sórdidos implantadores da república o tratou foi a primeira grande injustiça que sofreu, ainda em vida, nosso maior compositor do romantismo musical.


Segunda grande injustiça: os modernistas

No magnífico livro “Carlos Gomes – Um tema em questão: a ótica modernista e a visão de Mário de Andrade” do maestro Lutero Rodrigues (Editora Unesp) podemos tomar contato com a maneira que os artistas paulistas viam a obra de Carlos Gomes. 
Pouco antes de acontecer a “Semana de Arte Moderna” de 1922 Oswald de Andrade publicou um longo texto com as seguintes ofensas ao compositor: “Carlos Gomes é horrível.(…)De êxito em êxito, o nosso homem conseguiu difamar profundamente o seu país, fazendo-o conhecido através dos Peris de maiô cor de cuia e vistoso espanador na cabeça, a berrar forças indômitas em cenários terríveis”. Cito apenas uma pequena parte do que Oswald de Andrade escreveu a respeito. Ele chama a arte de Gomes de “inexpressiva, postiça, nefanda…”, e estas opiniões abalaram de forma decisiva o prestígio do compositor. 
Em 1936, o centenário do nascimento do músico foi comemorado como uma espécie de resgate do “Estado novo”. As punhaladas que Mario e Oswald de Andrade deram no compositor foram minimizadas. Numa época em que as óperas de Carlos Gomes eram montadas com frequência, tanto no Brasil como no exterior, fizeram destes raivosos comentários uma coisa vista como meras excentricidades.

Terceira grande injustiça: o esquecimento
 nos dias de hoje

Se os republicanos decretaram o ostracismo de Carlos Gomes, se os Modernistas o chamaram de vergonha nacional, o meio musical brasileiro dos dias de hoje comete uma injustiça tão grande como as duas já citadas. 
A obra de Carlos Gomes é raramente executada. Exemplo disso é nossa melhor orquestra, a OSESP, que simplesmente ignora o grande compositor. Na recente excursão europeia a orquestra, que brilhou executando a Primeira Sinfonia de Mahler, executou como abertura em diversos concertos um arremedo sem graça em cima do hino nacional composto por uma autora mais ligada à música popular.
 Por que não abrir o concerto com páginas sinfônicas de grande beleza e efeito do compositor campineiro como a “Alvorada” da ópera Lo Schiavo, ou a abertura de Il Guarany? O famoso maestro italiano Giusepe Sinoppoli (1946-2001), por exemplo, costumava abrir alguns concertos na Alemanha com as aberturas das óperas “Fosca” e “Il Guarany”, coisa raramente feita aqui. 


As partes orquestrais das óperas menos conhecidas do compositor (Maria Tudor, Condor) estão se desfazendo, e em breve não será mais possível executá-las. 
Nas décadas de 50,60, 70 e 80 o Theatro Municipal do Rio de Janeiro e o de São Paulo executavam com frequência as óperas do mestre, e artistas internacionais como o tenor Mario del Monaco e o soprano Antonieta Stella mantinham Il Guarany e Lo Schiavo em seus repertórios. Isto tudo virou passado. 
Em São Paulo havia um maestro que defendia com unhas e dentes a obra de nosso conterrâneo: Armando Belardi. A convicção com a qual ele dirigia as obras de Carlos Gomes não sai de minha memória. 
O famoso tenor espanhol Plácido Domingo se interessou pela obra mais conhecida do compositor, Il Guarany, mas mesmo com ele cantando exemplarmente a gravação que ele realizou não decolou pela falta de comprometimento da equipe. 
Se a obra se chama “ópera ballo” por que cargas d’água cortaram o ballet, uma das páginas mais interessantes da obra? Aliás, mesmo com condições técnicas inferiores é bem preferível a gravação feita em 1959 em São Paulo com a impecável e comprometida regência de Armando Belardi e com a participação da eterna Niza de Castro Tank. 
Aliás, vale a pena ressaltar que junto ao Theatro Municipal de São Paulo há um belíssimo monumento homenageando o compositor, mas este mesmo teatro não monta uma obra de Carlos Gomes há décadas. 
O Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que já montou obras importantes do autor, encontra-se de tal forma sucateado que também não monta nada do compositor há muito tempo.
  


Fatos e versões

Algo bem prejudicial a Carlos Gomes é compara-lo a Giuseppe Verdi. Sem dúvida o compositor italiano possuía um tipo de genialidade que o brasileiro não tinha. Mas se o Brasil fosse um país que tomasse mais a sério a sua produção cultural poderíamos perceber, e defender, que Carlos Gomes não fica nada a dever a compositores da mesma época como Amilcare Ponchielli (1834 –1886), autor da famosa ópera “La Gioconda”. 
Muitas pessoas criticam que o índio Peri canta em italiano, mas estas mesmas pessoas esquecem que isso era uma convenção da época. Poderíamos criticar então que os espanhóis em “Le nozze di Figaro” de Mozart cantaram em italiano para um público austríaco, mas isto também seria um completo absurdo. 
A obra de Carlos Gomes tem um valor indiscutível, e conhece-la é de uma enorme importância para nós brasileiros. 
A bibliografia sobre o compositor é dificilmente encontrada e nem sempre de alto nível. Lamento, por exemplo, o desaparecimento total do livro “Uma força indômita” do musicólogo Marcus Góes, editado pela Secretaria de Cultura do Pará, o mais bem documentado estudo sobre o compositor. Ele aparece à venda no Mercado Livre por R$ 250,00, como uma raridade!!! 
Não posso deixar de registrar aqui os grandes defensores da obra do compositor. Perdão pelos esquecidos. Inicialmente o soprano Niza de Castro Tank, grande artista, que fez um trabalho de resgate da obra de seu quase conterrâneo (ela nasceu em Limeira) e que sempre cantou a música de Carlos Gomes com uma fé inquebrantável. Em outubro de 1992 tive um dos maiores privilégios de minha vida quando executei com ela em Brasília o Oratório “Colombo”. Já falei da arte do maestro Armando Belardi, mas destaco também a fé e energia do maestro Eleazar de Carvalho. Quem o viu regendo Lo Schiavo sabe o que quero dizer com “fé inquebrantável”. Dois barítonos não me saem da mente: Fernando Teixeira e Rio Novello. Eles também me fizeram acreditar na genialidade do compositor. 
Com tanto desprezo e esquecimento creio que Carlos Gomes será, em pouco tempo, lembrado apenas como nome de rua e de praça, e será tido para muitos como um político…
Artigo do maestro Osvaldo Colarusso

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