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domingo, 4 de agosto de 2013

CELLINE BENVENUTO - BIOGRAFIA

                                     
                                               CELLINE BENVENUTO

Benvenuto Cellini nasceu em 03 de novembro de 1500, em Florença. Ele morreu na mesma cidade em 14 de fevereiro de 1571, o ano em que a frota cristã finalmente derrotou os turcos em Lepanto. 
                                                         SALEIRO DE CELLINE

Seu pai era um fabricante de instrumentos e músico na banda da Signoria. 

Na idade de 16 anos, Benvenuto foi exilado de Florença após uma briga. 
                                                                   PERSEU

Em seguida, ele vagou entre Bolonha, Pisa e Roma e estudou nas oficinas de ourives. Seu talento como um artesão chamou a atenção do Papa Clemente VII, que em 1529 nomeou-o chefe da oficina papal. 

Dois anos antes, em 1527, sob os olhos do mesmo papa, Benvenuto tinha lutado contra Lanzichenecchi de Carlo V, durante os nove meses do saque de Roma, e matou o Conestabile di Borbone com um tiro de arcabuz das paredes do Castel Sant'Angelo . 


Suas obras deste período (candelabros para o bispo de Salamanca, uma jóia para a família Chigi) foram perdidos. 

Graças à proteção do cardeal Ippolito d'Este, que escapou depois de passar apenas algumas noites na prisão após sua prisão por atacar três pessoas entre 1523 e 1530, matando o assassino de seu irmão Cecchino, um mercenário de Giovanni delle Bande Nere, e sendo condenado por sodomia. 

Durante um de seus inúmeros voos da lei, Cellini tornou-se um escultor bronze. 

Em 1535, em Veneza, ele encontrou Jacopo Sansovino, que lhe ensinou a técnica de fundição. Depois de regressar a Roma, em 1538, ele foi preso com a acusação de ter propriedade apropriou do Papa Clemente VII. 

Graças à proteção do cardeal Cornaro, ele escapou apenas alguns dias depois de sua captura. 

1540 encontrou em Fontainebleau, na corte de François I, juntamente com Rosso Fiorentino e Francesco Primaticcio. 

Três anos mais tarde, ele forjou o Saliera "monumento mesa" para o rei François.

 Em 1554 ele fugiu da França (suspeito de ter roubado a bolsa real). 

Em 1554, em Florença, ele criou sua obra-prima "Perseo", localizado na sombra do alpendre da Orcagna dei Lanzi. 

Em Madrid, ele esculpiu o Cristo para o Escorial partir de um único bloco de mármore (1556-1557). 

Em 1558 ele começou a escrever sua autobiografia, "La Vita", que com o poder de sua narrativa e seus exageros auto-referenciais e descritiva, continua a ser uma pedra angular da literatura italiana, traduzida para o alemão por Goethe em 1807. 

Em 1567 Benvenuto interrompido "La Vita" (que ficou incompleto) para escrever suas "tratados" em "Goldsmithing" e "Escultura", exemplos notáveis ​​de idéias educacionais e conhecimentos técnicos. 

Casou-se com Piera de Parigi "(em 1544 ele teve um filho depois de um caso com uma modelo). Três anos depois, em 1571, ele morreu em Florença. 

Ele foi enterrado na Igreja de Santa Maria Novella.

Fontes:
. La Vita (editado por E. Camecasca), Milano, 1968 
La Vita, trattati i, i Discursos (editado por P. Scarpellini), Roma, 1967.

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domingo, 28 de julho de 2013

CÂNDIDO PORTINARI - BIOGRAFIA

                       Cândido Portinari


Cândido Portinari (1903-1962) foi um pintor brasileiro. 

Autor de quase cinco mil obras, entre elas os painéis "Guerra e Paz" da sede da ONU em Nova York e o mural da Biblioteca do Congresso em Washington. 

Estudou na Escola Nacional de Belas Artes no Rio de 
Janeiro, onde começou a se destacar. 

Passou dois anos em Paris que foram decisivos para criar o seu estilo. 
                                                         SERINGUEIROS

As exposições coletivas no Museu de Arte Moderna de Nova York, na década de quarenta, ao lado de artistas já consagrados, abrem o caminho para individuais em Nova York.
                                                    JANGADA DO NORDESTE

Cândido Portinari (1903-1962) nasceu em Brodowski, no interior de São Paulo, no dia 29 de dezembro de 1903.

                                                                GAÚCHOS

 Filho dos imigrantes italianos Batista Portinari e Domênica Torquato. 

                                                  VAQUEIROS DO NORDESTE

Aos seis anos já começa a desenhar. Não concluiu o curso primário. Aos 14 anos participa da restauração da Igreja de Brodowski. Aos 15 anos vai para o Rio de Janeiro estudar no Liceu de Artes e Ofícios e ingressa na Escola Nacional de Belas Artes onde estuda desenho e pintura. Logo se destaca e aos vinte anos expõe pela primeira vez no salão da Escola de Belas Artes.

                                                       BUMBA-MEU-BOI

Em 1923 ganha três prêmios com o retrato do escultor Paulo Mazzucchelli no Salão da Escola de Belas Artes.

 Em 1924 participa do salão com o quadro Baile na Roça. 
Em 1928 participa com o retrato do poeta Olegário 
Mariano, onde ganha como prêmio uma viagem para Europa. 

Em 1929 antes de viajar faz uma individual com 25 retratos.

                                                  RETRATO DE ANTONIO CALADO

Cândido Portinari viaja para Itália, Inglaterra, Espanha e Paris. Visita museus, faz estudos e quase não pinta. 

Passou dois anos em Paris e descobre a pintura moderna da Escola parisiense. 

Em 1930 conhece Maria Martinelli uma uruguaia de 19 anos, radicada em Paris e logo se casam. Em 1931 volta ao Rio de Janeiro.

Teve o seu quadro “O Café” premiado na mostra internacional, promovida pelo Instituto Carnegie de Nova York em 1935. A partir de então, sua obra passou a ser conhecida internacionalmente. 

Pintou os painéis Guerra e Paz da sede da ONU em Nova York e o mural da Biblioteca do Congresso de Washington. 

                                                                    FREVO

Suas pinturas que mais se destacaram: “São Francisco de Assis”, “A Primeira Missa no Brasil”, “Tiradentes” e a “Chegada de D. Jogo VI ao Brasil”. 
                                                                  SAMBA

Entre os retratos que pintou, os mais famosos são: o da mãe do pintor, o de Mário de Andrade, o de Olegário Mariano. Ilustrou também Graham Greene e André Maurois, para as edições de luxo da Livraria Gallinard.

Portinari gozava de merecido renome internacional, recebendo convites para exposições e encomendas de trabalhos de todo mundo. 

Morre em 6 de fevereiro de 1962, vítima de intoxicação das tintas que utilizava.

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quinta-feira, 25 de julho de 2013

WILLIAM BLAKE - BIOGRAFIA

                                                                 WILLIAM BLAKE

O poeta e artista plástico inglês William Blake  nasceu em Londres, capital da Inglaterra, no Soho, famoso bairro londrino, no dia 28 de novembro de 1757. 

Nesta cidade ele passou boa parte de sua existência. Seu pai era um próspero comerciante, um produtor no ramo da confecção, enquanto sua mãe zelava pela formação dos quatro filhos.

William dedicou boa parte de sua infância à leitura e ao desenho. Ao completar dez anos ele entrou em uma escola de desenho e passou a produzir estampas em reproduções de imagens de objetos antigos da Grécia, adquiridas pelo seu pai, e a criar ilustrações para poemas escritos por ele mesmo. A Sagrada Escritura era sua mais dileta inspiração.

O artista afirmava ver, desde cedo, anjos e outras figuras celestiais à sua volta, os quais ele reproduzia em sua obra, tanto na pintura considerada de natureza fantástica, quanto em seus poemas ilustrados. 

Aos quatorze anos, em agosto de 1772, ele se tornou discípulo do célebre estampador James Basire. Ele permaneceu a seu lado até completar 21 anos, tornando-se graças a esse convívio um exímio artista.

Neste período Blake também iniciou suas pesquisas e obras sobre as igrejas londrinas, especialmente sobre a Abadia de Westminster, com seu estilo gótico, que o impressionava vivamente. O resultado deste empenho do artista foi a realização de estampas nestes templos, principalmente nesta catedral, trabalho no qual seu talento se desenvolveu de forma acentuada.

Ao final deste aprendizado, ele ingressou na The Royal Academy, consagrada escola de arte londrina. Ele conquistou uma bolsa integral, mas teve que custear o material do curso ao longo de seis anos. 

Suas concepções sobre a arte floresceram nesta época, imprimindo-lhe idéias próprias, constantemente contrárias ás de seus mestres e companheiros.

A produção artística de Blake teve como cenário um momento histórico único, o desenvolvimento dos ideais iluministas e a eclosão da Revolução Industrial inglesa. Ele encontrou uma paisagem literária completamente adaptada às imposições sociais, aos padrões clássicos do período ‘augustano’. William Blake divergiu desse conformismo e, seguindo o ideário romântico, não fechou os olhos para a miséria, o sofrimento humano e as terríveis injustiças que ele encontrava a sua volta.

Ele se tornou o pioneiro no Romantismo inglês, além de atuar nas artes plásticas e como impressor, tornando-se igualmente um dos principais gravadores da Inglaterra. Seus primeiros poemas foram publicados em 1792 na obra intitulada Poetical Sketches. Em sua poesia ele apela particularmente ao recurso métrico do verso em branco, uma peculiar marca da era Elizabetana.

Algumas de suas poesias, porém, foram lançadas de 1784 em diante, entre elas ‘Song of Innocence’, ‘The Book of Thel’ e ‘The Marriage of Heaven and Hell’, impressas e estampadas pelo próprio artista com a parceria de sua esposa, Catherine Boucher, a quem ele alfabetizou e iniciou na arte tipográfica.

William Blake produzia não só as ilustrações de sua obra, mas igualmente a de seus companheiros. Entre seus principais trabalhos estão as ilustrações de clássicos como “O livro de Jó” da Bíblia, “A Divina Comédia” de Dante Alighieri – tarefa infelizmente suspensa por sua morte, que o colheu em meio a esta prática exaustiva, que o levava a ignorar suas terríveis condições de saúde – entre outros.

A genialidade de Blake foi reconhecida apenas depois de sua morte, pois em vida ele era visto pelos outros como um excêntrico que se empenhava em combater o avanço da Ciência e da razão, enquanto afirmava dialogar com os anjos que o acompanhavam desde a infância. 

Atualmente, na Austrália, um prêmio de natureza religiosa é anualmente entregue em honra ao seu trabalho – o Blake Prize for Religious Art (Prêmio Blake para Arte Sacra).

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domingo, 21 de julho de 2013

ANTONIO ALLEGRI CORREGGIO - BIOGRAFIA


ANTONIO ALLEGRI - CORREGGIO

Antonio Allegri, pintor renascentista italiano, mais conhecido como Correggio, nasceu numa localidade perto de Parma, provavelmente em 1494, e morreu em 1534. 
                                                                  MADALENA

Em Mântua, teria sido discípulo de Mantegna. Mas a influência mais marcante, como de resto para todos os artistas da Itália setentrional, foi a de  Leonardo da Vinci. 

Aperfeiçoou a técnica de esbatidos, os efeitos subtis de luze sombra e desenvolveu uma conceção do espaço muito própria, antecipando assim  certas qualidades do Barroco e da pintura francesa do século XVIII.

                                                                        DAVI

Instalou-se em Parma e executou os primeiros frescos no Convento de S. Paulo, 
demonstrando o conhecimento da obra de Michelangelo Buonarroti. 

Em 1520 iniciou A Ascensão de Cristo, um fresco da cúpula da Igreja de S. João Batista. Entre 1526 e 1530 trabalhou na decoração da Catedral de 
Parma, no fresco Ascensão, e  o domínio perfeito da técnica do claro-escuro é patente na sensação de ilusão criada pela perspetiva. 

                                                                   MADONNA

Mercúrio Ensinando Cupido perante Vénus e Júpiter e Antíope são as 
últimas obras de Correggio e foram encomendadas pelo duque de Mântua

Constam de temas inspirados pela mitologia greco-latina, representando nus sensuais que exprimem uma suavidade de traçoclaramente explorada pela arte do século XVIII.

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sexta-feira, 19 de julho de 2013

ANTONIN ARTAUD - BIOGRAFIA


Antonin Artaud nasceu em Marselha, no dia 4 de setembro de 1896, e faleceu em Paris, no dia 4 de março de 1948. Foi um poeta, ator, roteirista e diretor de teatro francês.

Em 1937, Antonin Artaud, devido a um incidente, é tido como louco. Internado em vários manicômios franceses, cujos tratamentos são hoje duvidosos, ele é transferido após seis anos para o hospital psiquiátrico de Rodez, onde permanece ainda três anos.
Em Rodez, Artaud estabelece com o Dr. Ferdière, médico-responsável do manicômio, uma intensa correspondência. Uma relação ambígua se estabelece entre os dois: o médico reconhece o valor do poeta e o incentiva a retomar a atividade literária mas, julgando a poesia e o comportamento de seu paciente muito delirante, ele o submete a tratamentos de eletrochoque que prejudicam sua memória, seu corpo e seu pensamento.
Existe aqui um afrontamento entre dois mundos, o da medicina e razão social e o do poeta cuja razão ultrapassa a lógica normal do “homem saudável”.
As cartas escritas de Rodez são para Artaud um recurso para não perder sua lucidez. Elas revelam um homem em terrível estado de sofrimento, nos falando de sua dor através de uma escritura mais íntima e mais espontânea. São os diálogos de um desesperado com seu médico e através dele com toda a sociedade.
“Não quero que ninguém ignore meus gritos de dor e quero que eles sejam ouvidos”.
Para Artaud, o teatro é o lugar privilegiado de uma germinação de formas que refazem o ato criador, formas capazes de dirigir ou derivar forças.
Em 1935 Artaud conclui o "Teatro e seu Duplo" (Le Théâtre et son Double), um dos livros mais influentes do teatro deste século. Na sua obra ele expõe o grito, a respiração e o corpo do homem como lugar primordial do ato teatral, denuncia o teatro digestivo e rejeita a supremacia da palavra. Esse era o Teatro da Crueldade de Artaud, onde não haveria nenhuma distância entre ator e platéia, todos seriam atores e todos fariam parte do processo, ao mesmo tempo.
Em Rodez, além de suas cartas (lettres au docteur Ferdière) ele elabora uma prática vocal, apurada dia a dia, associada à manifestações mágicas. A voz bate, cava, espeta, treme, a palavra toma uma dimensão material, ela é gesto e ato.
Artaud volta a Paris em 1946, onde dois anos depois é encontrado morto em seu quarto no hospício do bairro de Ivry-sur-Seine. Neste período, além de uma importante produção literária ele desenha, prepara conferências e realiza a emissão radiofônica "Para acabar com o juízo de Deus" (Pour en finir avec le jugement de dieu), onde sua vontade expressiva se alia a um formalismo cuidadoso.
Se nos anos 30 o teatro para Artaud é “o lugar onde se refaz a vida”, depois de Rodez ele é essencialmente o lugar onde se refaz o corpo. O “corpo sem órgãos” é o nome deste corpo refeito e reorganizado que uma vez libertado de seus automatismos se abre para “dançar ao inverso”.
“A questão que se coloca é de permitir que o teatro reencontre sua verdadeira linguagem, linguagem espacial, linguagem de gestos, de atitudes, de expressões e de mímica, linguagem de gritos e onomatopéias, linguagem sonora, onde todos os elementos objetivos se transformam em sinais, sejam visuais, sejam sonoros, mas que terão tanta importância intelectual e de significados sensíveis quanto a linguagem de palavras.”
O seu trabalho ainda inclui, ensaios e roteiros de cinema, pintura e literatura, diversas peças de teatro, inclusive uma ópera, notas e manifestos polêmicos sobre teatro, ensaios sobre o ritual do cacto mexicano peyote entre os índios Tarahumara (Les Tarahumaras), aparições como ator em dois grandes filmes e outros menores. Artaud escreveu: "Não se trata de assassinar o público com preocupações cósmicas transcendentes. O fato de existirem chaves profundas do pensamento e da ação segundo as quais todo espetáculo é lido é coisa que não diz respeito ao espectador em geral, que não se interessa por isso. Mas de todo o modo é preciso que essas chaves estejam aí, e isso nos diz respeito" - em TEATRO E SEU DUPLO.
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