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domingo, 21 de julho de 2013

ANTONIO ALLEGRI CORREGGIO - BIOGRAFIA


ANTONIO ALLEGRI - CORREGGIO

Antonio Allegri, pintor renascentista italiano, mais conhecido como Correggio, nasceu numa localidade perto de Parma, provavelmente em 1494, e morreu em 1534. 
                                                                  MADALENA

Em Mântua, teria sido discípulo de Mantegna. Mas a influência mais marcante, como de resto para todos os artistas da Itália setentrional, foi a de  Leonardo da Vinci. 

Aperfeiçoou a técnica de esbatidos, os efeitos subtis de luze sombra e desenvolveu uma conceção do espaço muito própria, antecipando assim  certas qualidades do Barroco e da pintura francesa do século XVIII.

                                                                        DAVI

Instalou-se em Parma e executou os primeiros frescos no Convento de S. Paulo, 
demonstrando o conhecimento da obra de Michelangelo Buonarroti. 

Em 1520 iniciou A Ascensão de Cristo, um fresco da cúpula da Igreja de S. João Batista. Entre 1526 e 1530 trabalhou na decoração da Catedral de 
Parma, no fresco Ascensão, e  o domínio perfeito da técnica do claro-escuro é patente na sensação de ilusão criada pela perspetiva. 

                                                                   MADONNA

Mercúrio Ensinando Cupido perante Vénus e Júpiter e Antíope são as 
últimas obras de Correggio e foram encomendadas pelo duque de Mântua

Constam de temas inspirados pela mitologia greco-latina, representando nus sensuais que exprimem uma suavidade de traçoclaramente explorada pela arte do século XVIII.

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sexta-feira, 19 de julho de 2013

ANTONIN ARTAUD - BIOGRAFIA


Antonin Artaud nasceu em Marselha, no dia 4 de setembro de 1896, e faleceu em Paris, no dia 4 de março de 1948. Foi um poeta, ator, roteirista e diretor de teatro francês.

Em 1937, Antonin Artaud, devido a um incidente, é tido como louco. Internado em vários manicômios franceses, cujos tratamentos são hoje duvidosos, ele é transferido após seis anos para o hospital psiquiátrico de Rodez, onde permanece ainda três anos.
Em Rodez, Artaud estabelece com o Dr. Ferdière, médico-responsável do manicômio, uma intensa correspondência. Uma relação ambígua se estabelece entre os dois: o médico reconhece o valor do poeta e o incentiva a retomar a atividade literária mas, julgando a poesia e o comportamento de seu paciente muito delirante, ele o submete a tratamentos de eletrochoque que prejudicam sua memória, seu corpo e seu pensamento.
Existe aqui um afrontamento entre dois mundos, o da medicina e razão social e o do poeta cuja razão ultrapassa a lógica normal do “homem saudável”.
As cartas escritas de Rodez são para Artaud um recurso para não perder sua lucidez. Elas revelam um homem em terrível estado de sofrimento, nos falando de sua dor através de uma escritura mais íntima e mais espontânea. São os diálogos de um desesperado com seu médico e através dele com toda a sociedade.
“Não quero que ninguém ignore meus gritos de dor e quero que eles sejam ouvidos”.
Para Artaud, o teatro é o lugar privilegiado de uma germinação de formas que refazem o ato criador, formas capazes de dirigir ou derivar forças.
Em 1935 Artaud conclui o "Teatro e seu Duplo" (Le Théâtre et son Double), um dos livros mais influentes do teatro deste século. Na sua obra ele expõe o grito, a respiração e o corpo do homem como lugar primordial do ato teatral, denuncia o teatro digestivo e rejeita a supremacia da palavra. Esse era o Teatro da Crueldade de Artaud, onde não haveria nenhuma distância entre ator e platéia, todos seriam atores e todos fariam parte do processo, ao mesmo tempo.
Em Rodez, além de suas cartas (lettres au docteur Ferdière) ele elabora uma prática vocal, apurada dia a dia, associada à manifestações mágicas. A voz bate, cava, espeta, treme, a palavra toma uma dimensão material, ela é gesto e ato.
Artaud volta a Paris em 1946, onde dois anos depois é encontrado morto em seu quarto no hospício do bairro de Ivry-sur-Seine. Neste período, além de uma importante produção literária ele desenha, prepara conferências e realiza a emissão radiofônica "Para acabar com o juízo de Deus" (Pour en finir avec le jugement de dieu), onde sua vontade expressiva se alia a um formalismo cuidadoso.
Se nos anos 30 o teatro para Artaud é “o lugar onde se refaz a vida”, depois de Rodez ele é essencialmente o lugar onde se refaz o corpo. O “corpo sem órgãos” é o nome deste corpo refeito e reorganizado que uma vez libertado de seus automatismos se abre para “dançar ao inverso”.
“A questão que se coloca é de permitir que o teatro reencontre sua verdadeira linguagem, linguagem espacial, linguagem de gestos, de atitudes, de expressões e de mímica, linguagem de gritos e onomatopéias, linguagem sonora, onde todos os elementos objetivos se transformam em sinais, sejam visuais, sejam sonoros, mas que terão tanta importância intelectual e de significados sensíveis quanto a linguagem de palavras.”
O seu trabalho ainda inclui, ensaios e roteiros de cinema, pintura e literatura, diversas peças de teatro, inclusive uma ópera, notas e manifestos polêmicos sobre teatro, ensaios sobre o ritual do cacto mexicano peyote entre os índios Tarahumara (Les Tarahumaras), aparições como ator em dois grandes filmes e outros menores. Artaud escreveu: "Não se trata de assassinar o público com preocupações cósmicas transcendentes. O fato de existirem chaves profundas do pensamento e da ação segundo as quais todo espetáculo é lido é coisa que não diz respeito ao espectador em geral, que não se interessa por isso. Mas de todo o modo é preciso que essas chaves estejam aí, e isso nos diz respeito" - em TEATRO E SEU DUPLO.
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quarta-feira, 17 de julho de 2013

YÁCONIS BECKER - BIOGRAFIA


Cleyde Becker Yáconis nasceu em Pirassununga, São Paulo, em 14 de novembro de 1923. 
As dificuldades da sua infância pobre aumentam aos 4 anos de idade quando o pai abandona a família. 
Incentivada pela mãe professora, faz o curso normal e, simultaneamente, o de enfermagem, com a ideia de se formar em medicina. 
Em 1950, levada pela irmã Cacilda Becker, trabalha no guarda-roupa do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Mesmo sem intenção de se tornar atriz, substitui Nydia Licia no papel de Rosa Gonzalez, em O Anjo de Pedra, de Tennessee Williams. Por sua atuação, Ziembinski a convida para o papel de Annette, em Pega-fogo, de Jules Renard. Com isso, desiste de prestar exame para a Faculdade de Medicina.
No ano seguinte, 1951, torna-se a atriz-revelação do teatro paulista, premiada pela Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT), por sua atuação em Ralé, de Maximo Gorki. 
De 1950 a 1964 participa de 35 montagens no TBC, entre as quais, Santa Marta Fabril S.A., de Abílio Pereira de Almeida (1955); Adorável Júlia, de Marc-Gilbert Sauvajon (1957); e A Morte do Caixeiro-viajante, de Arthur Miller (1962). 
Mas é em 1953 que ganha seu primeiro grande papel no TBC, a Senhora Flora, protagonista de Assim É  Se lhe Parece, de Luigi Pirandello, quando abiscoita o Prêmio Governador do Estado como melhor atriz do ano. Em Maria Stuart, de Schiller(1955), também é premiada como melhor atriz: Prêmio Saci.
Três anos depois, ao lado de Cacilda Becker, Ziembinski, Walmor Chagas e Fredi Kleeman, funda o Teatro Cacilda Becker. A companhia estreia com O Santo e a Porca, de Ariano Suassuna, em maio de 1958. Em 1964 tem outro desempenho consagrador: vive nos palcos Yerma, de Garcia Lorca, dirigida por Maurice Vanneau.
Durante a temporada de Vereda da Salvação, de Jorge Andrade, é detida pela ditadura militar, mas o prestígio de Cacilda faz com que seja liberada. 
Desliga-se do TBC e, em 1965, a convite de Nelson Rodrigues, aceita viver a prostituta Geni de Toda a Nudez Será Castigada, com direção de Ziembinski. Por seu desempenho é premiada com o Molière. 
Em 1966 integra o Grupo Opinião em Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come, de Oduvaldo Vianna Filho e Ferreira Gullar, com direção de Gianni Ratto. 
Em 1967 substitui Teresa Rachel em Édipo Rei, de Sófocles, e dá vida a outra grande personagem, Jocasta, a mãe de Édipo, este vivido por Paulo Autran, sob a direção de Flávio Rangel.

Em 1976 faz A Rainha do Rádio, de José Safiotti Filho, direção de Antonio Abujamra. Em 1988 dá início à parceria com o diretor Ulysses Cruz com Cerimônia do Adeus, de Mauro Rasi, em que interpreta Simone de Beauvoir. Em 1995, com o mesmo diretor, atua em Péricles, Principe de Tiro, de Shakespeare.
No cinema, atua em Na Senda do Crime, de Flamínio Bollini Cerri (1954); A Madona de Cedro, de Carlos Coimbra (1968); Parada 88 – O Limite de Alerta, de José de Anchieta (1977); Dora Doralina, de Perry Salles (1982); e Jogo Duro, de Ugo Giorgetti (1985). Em 2000 roda ao lado de Dirce Migliaccio o curta-metragem Célia e Rosita, de Gisella de Mello, em homenagem às atrizes Célia Biar e Rosita Thomaz Lopes, filme no qual vive Rosita.

Televisão
Entra para a televisão em 1966, na TV Paulista, mas logo é levada por Cassiano Gabus Mendes para a TV Tupi de São Paulo, onde aparece nas novelas O Amor Tem Cara de Mulher (1966),Mulheres de Areia (1973) e Gaivotas (1979). Na TV Globo, faz Rainha da Sucata (1990), Vamp(1991) e As Filhas da Mãe (2001). Em 2006, na TV Record, trabalha em Cidadão Brasileiro.
Em teatro, brilha mais uma vez em 2002 ao lado de Sergio Britto, em Longa Jornada de um Dia Noite Adentro, de Eugene O’Neill, sob a direção de Naum Alves de Souza. 
Em 2003 conquista o Grande Prêmio da Crítica da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) pelo conjunto da obra. Neste mesmo ano, recebe o Prêmio Nacional Jorge Amado de Literatura & Arte do Governo da Bahia. 
Em 2005 é agraciada com a Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura. Por sua interpretação na primeira montagem brasileira de Cinema Éden, de Marguerite Duras, com direção de Emílio Di Biasi, é indicada em 2005 para o Prêmio Shell de Teatro.
Em 2006 protagoniza A Louca de Chaillot, de Jean Giradoux, peça inédita nos palcos brasileiros, sob o comando dos jovens diretores Ruy Cortez e Marcos Loureiro.
Longe dos refletores, das festas e da metrópole paulista, é mulher de hábitos simples. Em contato com a natureza, em seu sítio a 28km da capital, desfruta uma vida tranquila ao lado de seus cachorros, de seus passarinhos e de suas árvores.
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ANNIBALE CARRACCI - BIOGRAFIA

                                            ANNIBALE CARRACCI - AUTO - RETRATO

03 de novembro de 1560 - julho de 15-1609 Nascido em Bolonha - Itália.

Annibale Carracci foi cercado por artistas em sua vida familiar, passando a colaborar com eles também. 

Com seu primo, Ludovico Carracci (1555 - 1619) e seu irmão, Agostino (1557 - 1602), Annibale ajudou a forjar um estilo influente para a Escola Bolognese da pintura. 

Este foi um impacto quase auto-profetizado pela família, uma vez que abriu um estúdio em 1582, a Academia da Incamminati (ou Desiderosi), no qual Incamminati significava academia 'progressista' ou 'para abrir um novo caminho. " No entanto, a família Carracci, especialmente Annibale, desenvolveu um modelo único, carregado de tanto a influência florentino de Rafael e Sart, bem como os pintores venezianos. 

Sua academia passou a ser chamada de Escola de Carracci, ou às vezes a Escola dos Eclectics. 


                                    O BEANEATER

Colaborando juntos sob o nome de Carracci, os dois irmãos e um primo pintou afrescos no Palazzo Fava. As peças, terminou entre 1583 e 1584, descreveu a história de Jason da mitologia. 
                                           CRISTO COM A COROA DE ESPINHOS

Annibale e Agostino também se reuniram em Parma a trabalhar juntos, como Annibale viajou para Veneza. 

Voltando a Bolonha a família Carracci reunido para pintar afrescos para o Palazzo Magnani em 1585 e depois novamente entre 1593-1594 em afrescos para o Palazzo Sampieri. 


                                                       MADONNA DA ANDORINHA

Annibale foi muitas vezes considerado o pintor mais talentoso do nome Carracci, devido a um estilo individual do exalava o dos grandes mestres. Seu desenho detalhado, a sutileza das cores e graciosa abordagem muitas vezes o elevou em comparação com Raphael. Enquanto pintava um retábulo, Virgem no trono com St. John e St. Catherine , com um outro pintor Bolognese, Lucio Massari (1569 - 1633), Annibale também pintou sua Ressurreição de Cristo ea Assunção para a capela Bonasoni antes de 1593. 


                                                            VIRGEM E O MENINO

Estas peças começou a mostrar o seu próprio estilo, mas não foi até o Cardeal Odoardo Farnese encarregou-o de fazer um afresco dramático no Palazzo Farnese, em Roma, que sua reputação foi solidificada. O teto, um ciclo de afrescos intitulado Os amores dos deuses , (criada entre 1597-1608) é frequentemente considerado o trabalho ao ar livre mais poderoso de seu tempo e conhecido por ser obra de Annibale. todo estúdio de Annibale colaborou no afresco, incluindo seu irmão Agostino . 


                                                      MADALENA PENITENTE

Não se sabe o porquê, mas Agostino deixou o projeto no início, com um rumor de que era devido ao ciúme de Annibale ou sua relação argumentativa. Aníbal também criou impressionantes pedaços de paisagem, como Fuga para o Egipto em 1603, em que os seres humanos se tornaram acessórios de paisagens ousadas. 

Este estilo foi adotado por Annibale do aluno Domenico Zampieri (1581 - 1641) da Escola Bolognese e pintores barrocos posteriores, como Claude Lorrain (1600 - 1682) da França. 


                                                                    BACCO

O legado de Annibale Carracci trazia consigo uma profunda influência dos mestres italianos, mas também o seu próprio toque. Ele criou uma série de obras ao longo de sua vida, incluindo suas peças na Galeria Uffizi, Vênus com um Satyr e cupidos (1592), e um homem com um macaco . 

Suas principais realizações foram seus afrescos, mas também pinturas que agora pendem ao longo museus e galerias em Roma, Florença, Bolonha, Paris, São Petersburgo, Madrid, Dresden e Viena.

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sexta-feira, 12 de julho de 2013

ANDREA DEL SARTO - BIOGRAFIA

                                                     Andrea del Sarto

Andrea d'Agnolo nasceu em Florença, Itália, em 16 de julho de 1486. O cognome pelo qual viria a ser conhecido resultou da profissão de seu pai, alfaiate (sarto em italiano). Na juventude, colaborou com o escultor Jacopo Sansovino, a quem alguns atribuem a sólida estrutura de suas figuras. Por volta de 1517 casou-se com Lucrezia del Fede, que lhe serviu de modelo em vários retratos e em sua famosa "Virgem das harpias", um dos melhores exemplos do estilo clássico do alto Renascimento. Dessa mesma época é sua "Disputa da Trindade".
                                                                                   SÃO JOÃO BATISTA

Durante muito tempo Andrea del Sarto foi menosprezado pelos críticos, que lhe admiravam a técnica, mas o achavam pouco inspirado. Até seu discípulo, o cronista Giorgio Vasari, falou dele sem entusiasmo. No entanto, com o tempo o pintor, que soube aproveitar as inovações de Michelangelo e Leonardo da Vinci, passou a ser visto como uma figura central da escola florentina de pintura.
                                                                MADONNA

Em 1518, a convite de Francisco I, mudou-se para Paris, onde passou longa temporada, embora em 1519-1520 tenha feito uma viagem a Roma. Em 1526 concluiu a "Vida de são João Batista" no claustro dos Scalzi em Florença, conjunto de afrescos em grisaille (em negros, cinzas e brancos) em que mostrou influências de Michelangelo e das gravuras de Dürer. Embora suas primeiras obras se tenham caracterizado por um estilo sereno e contido, que lhe valeu a admiração dos companheiros mais jovens -- entre os quais seus discípulos Giovanni Battista Rosso e Jacopo Pontormo --, nos quadros tardios, como a belíssima "Pietà", demonstrou que não lhe faltava emoção.
                                                                                       TESTA DI PUTTO

Andrea del Sarto, que morreu em 28 de setembro de 1530, vítima da peste, em Florença, exerceu importante influência sobre os mais notáveis pintores florentinos da primeira metade do século XVI, já então representantes de um precoce maneirismo.

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