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segunda-feira, 20 de abril de 2015

HARRY HOUDINI - BIOGRAFIA

                                            
                          Harry Houdini, o maior escapista de todos os tempos


Muito atlético, Erik foi trapezista e corredor de cross-country durante a juventude, até que escolheu seguir carreira como mágico. Como era grande admirador do mágico francês Jean Eugene Robert-Houdin, homenageou seu ídolo assumindo o nome artístico de Harry Houdini.

                                   
O nome artístico "Houdini" foi uma homenagem ao grande mágico francês Robert-Houdin


                                     
                                         Houdini no início da carreira
                            Apenas mais um mágico fazendo truques simples
                            Sua verdadeira vocação apareceria pouco depois...



Depois de um tempo investindo em truques com cartas em pequenos e pouco rentáveis espetáculos, seguiu o conselho de um amigo que vira sua habilidade em escapar de algemas, e sugeriu que o agora "Houdini" fizesse shows de escapismo com este apetrecho.

                                            
       Houdini já com sua diversão favorita: escapar de algemas, cadeados e correntes


Foi neste momento que a carreira de Houdini deslanchou. Seus shows onde escapava de vários tipos de algemas chamaram a atenção, proporcionando uma bem sucedida temporada em feiras nos Estados Unidos, onde conheceu Bess, a mulher que estaria ao seu lado como esposa e assistente de palco durante o resto de sua vida. 

                      
          Houdini com sua mãe e com a esposa Bess, o grande amor de sua vida


                                        
                                       Houdini em cartaz russo


Em quase todas as cidades que chegava, pedia que os policiais locais o trancassem nas celas da cadeia, para provar sua habilidade de escapismo. Em Moscou, escapou de um vagão de transporte de prisioneiros, cuja única chave ficara na Sibéria, para onde ele teria que viajar caso não conseguisse se libertar. 

                       
Na cidade alemã de Colônia, processou um policial que declarou que Houdini se libertava dos desafios através de subornos, e ganhou a causa quando abriu o cofre pessoal do juiz.


       
                        As performances de Houdini atraiam multidões
           Em um desafio aquático em Rhode Island em1917, foram 80 mil pessoas




                                        O truque da "Lata de Leite"

Com seus shows atraindo cada vez mais público, Houdini sofisticou de formas inimagináveis os truques.

Em 1901, criou o truque da "Lata de Leite", onde era amarrado e trancado dentro de uma grande lata de leite cheia de água. Durante 4 anos ele usou este truque, sofisticando-o a ponto de usar uma lata de leite dentro da outra.



                                            Resultado de imagem para fotos de harry houdini
Em 1905, quase não conseguiu se livrar das algemas criadas especialmente para ele








Em 1905, foi desafiado na Inglaterra a escapar de um conjunto de algemas especiais que foram feitas por um especialista, que levou 7 anos para aperfeiçoá-las. No ato que Houdini sempre dizia ter sido o mais difícil de sua carreira, conseguiu abrí-las em 1 hora e dez minutos. Em biografias conta-se que ele não conseguiria abrir aquelas algemas se sua esposa não o tivesse ajudado, passando-lhe a chave que roubara de um dos organizadores minutos antes, através de um beijo de incentivo depois de 1 hora sem nenhum progresso.




                                    
                 A "Câmara de Tortura da Água Chinesa". Seu truque mais famoso

Em 1912, Houdini criou o que talvez seja o mais emblemático e famoso truque de escapismo de todos os tempos, conhecido como "A Câmara de Tortura de Água Chinesa", uma cela de vidro e aço que era cheia de água, onde Houdini era colocado de cabeça para baixo, preso pelos pés. Motivo de fascínio de muitos mágicos, este truque só viria a ser realizado novamente em 1975.



                                       
                       "Enterrado Vivo", um truque que quase custou-lhe a vida

Como toda pessoa que vive permanentemente testando seus limites, Houdini algumas vezes cometeu erros, e o maior deles talvez tenha sido o truque chamado "Enterrado Vivo", realizado em 1915 na cidade californiana de Santa Ana. Houdini foi colocado algemado em uma sepultura de cerca de 1,80m de profundidade, e literalmente enterrado vivo. Depois de alguns minutos uma mão emergiu da terra, e Houdini foi puxado quase inconsciente para fora do local que por pouco não se tornaria sua real sepultura. Depois de recuperado, Houdini declarou que não pensara no peso de quase dois metros de terra sobre seu corpo, que tornaram a fuga quase impossível.




                         
                 Foto do New York Times onde Houdini desmascara médium

Em 1920, quando a Sociedade Científica Americana ofereceu um prêmio em dinheiro para quem comprovasse habilidades sobrenaturais de comunicação com o além, Houdini foi convocado para compôr o "júri" que decidiria a veracidade. Como ilusionista, ele conhecia a maioria das técnicas usadas para ludibriar as multidões, isto lhe permitiu desmascarar alguns candidatos ao prêmio.


                          
Foto forjada por Houdini para mostrar como este tipo de imagem podia ser criada 
Este trabalho lhe trouxe muitas inimizades



                                  
Porém, impressionado com a experiência "mediúnica", Houdini combinou com sua esposa uma "senha secreta" para contatos sobrenaturais, para que fosse usada caso quisessem conversar desde o "além". A senha era a frase de uma peça que Bess interpretava quando se conheceram.



                                        
                             Conan Doyle, o criador de Sherlock Holmes
                                    Um amigo que virou desafeto


Isto lhe rendeu mais fama e alguns inimigos bem famosos, sendo o principal Sir Arthur Conan Doyle, o escritor que criou Sherlock Holmes, que tinha sido um grande admirador e amigo de Houdini, mas por acreditar piamente na comunicação com a "além" através de experiências mediúnicas, ficou tão decepcionado com as revelações de Houdini que escreveu que o mágico era um grande médium que tinha sido contratado para "bloquear" os outros, para que os segredos sobrenaturais que ele conhecia não fossem revelados. Conan Doyle rompeu a amizade com Houdini para sempre.


Harry Houdini: o ilusionista que só não conseguiu enganar a morte

Numa noite de outubro de 1926, o célebre ilusionista Harry Houdini estava sentado confortavelmente em um sofá do Princess Theatre em Montreal depois de mais uma performance, quando um jovem estudante chamado J. Gordon Whitehead aproximou-se para perguntar se era verdade que Houdini podia levar qualquer soco acima de sua linha linha de cintura, com exceção da cabeça, sem sofrer nenhum dano. 


                             
                Houdini alardeava que poderia levar qualquer soco sem machucar-se
                   Isto acabou lhe custando a vida


Houdini respondeu afirmativamente e aceitou ser golpeado pelo estudante, e apesar do cansaço causado pelos shows constantes, levantou-se para preparar-se para mais uma demonstração. Porém, quando ainda estava se levantando, antes de preparar os músculos abdominais, levou inesperadamente três socos traiçoeiros de Whitehead, que treinava boxe na Universidade. O mágico reclamou que o jovem deveria ter aguardado, mas não demonstrou as dores angustiantes que estava sentindo. O que nenhum dos presentes sabia era que Houdini há dias sofria sintomas de uma apendicite, mas não queria interromper seus shows para ir ao médico.


Aqueles três socos provavelmente romperam o apêndice do ilusionista, e causaram uma peritonite, que é a infecção generalizada do peritônio, membrana que recobre a cavidade abdominal. Como não existiam antibióticos na época, este tipo de infecção geralmente era fatal.

                                            
                 Houdini, já bem mais velho, ainda com suas inseparáveis algemas

Apesar de todo o esforço para fazer os shows da turnê, alguns dias depois Houdini foi internado e faleceu em 31 de Outubro de 1926, aos 52 anos de idade, alguns dias após o fatídico encontro com Whitehead.



                                 
                                  O Funeral de Houdini em Nova iorque - 1926

Mais de 2.000 pessoas compareceram ao funeral realizado em Nova Iorque, que reverenciou o húngaro de Budapeste batizado sob o nome de Erik Weisz, que para maior identificação com seu público no início da carreira, mudou seu sobrenome para Weiss e dizia ter nascido em Appleton, Wisconsin.


                                                    
                       Houdini em 1890, exibindo suas medalhas de atletismo

Foi uma morte inesperada para o consagrado ilusionista e escapista que desde muito jovem descobrira sua habilidade para abrir cadeados, que como sua própria mãe contava, já destravava secretamente as trancas dos armários da cozinha para ter acesso às guloseimas.


                           

                                         
A única foto de J. Gordon Whitehead (direita) foi tirada em 1950 em Montreal
Ele nunca se pronunciou sobre o acidente. Teria mesmo sido ele o "homem que matou Houdini" ?



                                       Resultado de imagem para fotos de harry houdini
Portanto, se um arrepio frio percorrer sua espinha, e ouvir um sussurro dizendo "Rosabelle believe", não perca a chance de conversar com o maior ilusionista de todos os tempos...


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MARTINS PENA - BIOGRAFIA

                              

                                             05/11/1815, Rio de Janeiro (RJ)
                                                07/12/1848, Lisboa, Portugal


Luís Carlos Martins Pena era filho de João Martins Pena e Francisca de Paula Julieta Pena. Perdeu o pai com um ano de idade e a mãe, aos dez. Educado por tutores, foi preparado para a vida comercial. Completou o curso do comércio em 1835. Cedendo à vocação, passou a freqüentar a Academia de Belas Artes, onde estudou arquitetura, estatuária, desenho e música; simultaneamente estudava línguas, história, literatura e teatro.

Em 1838, entrou para o Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde exerceu cargos, até chegar, em 1847, ao posto de adido de primeira classe à Legação do Brasil em Londres. De 1846 a 1847, fez crítica teatral e escreveu folhetins no "Jornal do Commercio".

Sua maior contribuição à literatura brasileira foi como teatrólogo, cuja história coloca-o como o fundador da comédia de costumes, na qual satiriza a sociedade brasileira de então. Ao mostrar como funcionavam as relações sociais, contribuiu para a compreensão histórico-sociológica do seu tempo, bem como com a lingüística, visto que escrevia as falas das personagens, utilizando a linguagem coloquial da época.

Dotado de singular veia cômica, soube aproveitar o momento em que se intensificava a criação do teatro romântico brasileiro, que possibilitava tratar das situações e personagens do cotidiano, e mostrou a realidade de um país atrasado e, predominantemente, rural, fazendo a platéia rir de si mesma. Seus textos envolvem, sobretudo, flagrantes da vida brasileira, do campo à cidade.

Assim, apresenta com temas principais, os problemas familiares, casamentos, heranças, dotes, dívidas, corrupção, injustiças, festas populares etc. Sua galeria de tipos compreende: funcionários públicos, padres, meirinhos, juízes, malandros, matutos, moças namoradeiras ou sonsas, guardas nacionais, mexeriqueiros, viúvas etc.

Escreveu aproximadamente 20 peças. "O Juiz de Paz na Roça, "Judas em Sábado de Aleluia", "Os Irmãos das Almas", "Quem Casa Quer Casa", "O Noviço" são algumas das principais e que vêm sendo representadas pelo país, desde a primeira metade do século 19. Essa última teve, inclusive, adaptação para a televisão.


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domingo, 19 de abril de 2015

ATÍLIO RAMIRO BERMUDEZ - BIOGRAFIA

                 

Ateliê do artista Argentino, Atilio Ramiro Bermudez, radicado em Ilhabela SP


Ateliê do artista Argentino, Atilio Ramiro Bermudez, radicado em Ilhabela SP 

Nascido em Argentina e apaixonado desde a sua infância pelos aviões, desde criança montou mais de 300 modelos estáticos, passando ao aeromodelismo aos 15 anos de idade.
                 

Com um professor italiano aprendeu a interpretar pequenas plantas de planadores e modelos com motor de borracha, como também a técnica de ampliação por escala. 
            

Já na fase adulta montou aviões radio controlados e aprendeu a voar com eles. Morador de Ilha bela - Brasil ,desde o ano 1987, começou a se dedicar ao nautimodelismo aproveitando o conhecimento referente as plantas e estruturas adquirido com o aeromodelismo.

            

Os primeiros barcos que chamaram a sua atenção foram galeras (barcos a remo) da antiguidade, por exemplo barcos viking, fenicios, gregos, egipcios, etc., modelos estes construídos a partir de blocos de madeira como a caxeta (madeira mole da região). 

            

Passou depois a construir barcos pesqueiros típicos da região com plantas elaboradas por ele mesmo. Em 1990 adquiriu uma serie de plantas na Argentina, das quais construiu dois modelos, o Dhow ou Sambuco (antigo veleiro árabe do Mar vermelho e das costas de Coromandel – India) e um junco chinês do Mar Amarelo – os dois em escala 1/50). 

                   

Em 1991 , ganhou um livro norte americano que tratava da historia dos pesqueiros dinamarqueses e construiu uma linha de 13 modelos de fins do século XIX e começo do século XX. 

                      

Em 1992, com motivo dos 500 anos do descobrimento de América recebeu a encomenda de um colecionador para construir as tres naves de Cristovão Colombo , a nau Santa María (escala 1/50) e as caravelas La Pinta (escala 1/50) e La Ninha (escala 1/50). 

                

Nos anos seguintes construiu “Sonho Meu”, uma chalupa de pesca esportiva típica do Pantanal (escala 1/20), “Tai Pan”, veleiro da classe Brasil (projeto de Sparkman & Stephens encomendado pelo Brasil para enfrentar barcos argentinos na famosa regata Buenos Aires-Rio – escala 1/15), “Spray” de Joshua Slocum (primeiro navegador a circumnavegar o globo em solitario – escala 1/27), “True Love” (pinky pesqueiro de Gloucester – USA), uma goleta pesqueira norteamericana típica da Segunda metade do século XVIII – escala 1/50, “Xarifa” – uma escuna transatlántica de passageiros com 3 mastros – escala 1/50, barca egipcia do antigo imperio , utilizada durante o reinado do farão Sahura 2500 anos A.C. – escala 1/50 , “Grumete” (tradiconal veleiro argentino projeto de 1941 do desenhista German Frers – modelo navegável – escala 1/10) , “Lepe” ( veleiro inglês da antiga classe 5 metros, ganhador do concurso de projetos navais realizado em Inglaterra em 1942 – escala 1/12), “Dorna” (antigo veleiro de pesca utlizado nas rias da Galitzia na Espanha – escala 1/30) e outros modelos de pequenas embarcações ( Sand Dollar – USA, Pati , Marino, Lisa (lancha) – ARG. , Batera de pesca de camarão – BRA . Kayak esquimó – Polo Norte). 
Estes últimos modelos mais simples, permitiram construir em serie variando os tamanhos.
                     

Em meados de 1997 realizou uma pesquisa sobre a história marítima da região encomendada pela Associacão Comercial e Industrial de São Sebastião para um projeto que depois não se concretizou. Esta pesquisa foi feita na Biblioteca da Marinha do Brasil na Ilha das Cobras - Rio de Janeiro (navios corsários, piratas e Guerra Cisplatina), Instituto Geográfico de São Vicente (piratas e invasões estrangeiras), Museu de Pesca de Santos (pesca da baleia ) e Museu de Antropologia da USP (conquista portuguesa, embarcações tupinambas e tupiniquins). 

               

Em Julho de 1999 apresenta um projeto para a realização de uma oficina de Nautimodelismo à Secretaría de Cultura de Ilhabela. Esta oficina teve duração de 6 meses . 9 alunos encerraram o curso tendo aprendido a construir três modelos como assim também aprenderam a leitura de plantas e tiveram aulas sobre a história marítima da região. 

                      
Em Dezembro de 1999 foi aprovado um projeto de sua autoria pelo programa federal Brasil 500 anos para a construção de um modelo da nau “San Gabriel” (capitânea da armada de Vasco da Gama ) e capitánea dois anos depois da frota de Pedro Alvares Cabral , o qual seguiu a rota marcada pelo seu antecessor. Ante a falta de plantas , o modelista se baseou num modelo de plástico alrmão da marca Revell em escala 1/100 e de desenhos de embarcações da época para elaborar as mesmas. O projeto ficou em escala 1/20 (1.49 m de comprimento e 1. 70 m de altura) sendo navegável. Foi entregue a Secretaria de Cultura de Ilhabela o dia 22 de Abril de 2000. Este mesmo ano Wilfredo Schurmann da “Família Schurmann” encomendou um modelo do seu veleiro Aysso para fazer parte de uma exposição itinerante sobre sua viagem de 3 anos ao redor do mundo, o qual foi feito em escala 1/20 e de acordo com a planta original francesa (projeto de 1985). A partir de 1999 construiu varios modelos para um colecionador , entre os quais se encontram o “Orion” (ketch - projeto argentino construído em Sta. Catarina – escala 1/16), “Atlantic 42” (trawler - yacht a motor – projeto americano de 2001 – escala 1/37), “Sarandi” (clipper de Baltimore de 1825) , navio corsário argentino que se refugiava nas ilhas de Sta, Catarina, Ilhabela e Ilha Grande – escala 1/37, “HMS Aldebaran” (cutter inglês artilhado ) – escala 1/37. Estos modelos podem ser apreciados na loja “Freijó” em Juquehy (costa sul de São Sebastião- São Paulo-Brasil). 

               

Deve –se ressaltar que o artista esculpe as peças de convés e todos os aparelhos do velamen com canivetes variados , sem a ajuda de tornos ou moldes e utilizando madeiras nobres tais como cedro branco, cedro rosa , mogno, cerejeira, pinho, maracatiara , imbuia (estas últimas espécies brasileiras). Só conta com dois tipos de máquinas, uma perfuradora e uma serra elétrica. 

                 

Todos os modelos são construídos no sistema cavernado com forro de tábuas e de acordo com as plantas e escalas. 
                 

Durante todo este tempo e pelo fato de morar numa região onde se praticam muitos esportes náuticos foi construindo diversos modelos de regatas tais como o “Laser”, “Star”, “Optimist”, “Hobie Cat 16”, “Snipe” e pranchas de “Windsurf”. 

                      

Realizou algumas exposições entre as quais se destacam as do Yacht Club de Ilhabela e Secretaria da Cultura de Ilhabela. 

               

Varios de seus trabalhos foram adquiridos por colecionadores da Europa , dos Estados Unidos, Brasil e Argentina. 

              

Entre seus futuros projetos se encontra a construção de uma bombarda espanhola de 1760 e o”HMS Swift” , corveta inglesa de guerra de 6a classe que participou na captura das Ilhas Malvinas (Falkland) no século 18.

                       


Informações, Orçamentos e Pedidos:

Mônica Bermudez.
monicatilio.bermudez@gmail.com
(12) 3895 6151
(12) 97583818

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sexta-feira, 17 de abril de 2015

NELSON RODRIGUES - BIOGRAFIA

                    

                                            Nelson Rodrigues


Dramaturgo, nascido no Recife e criado no Rio de Janeiro, deixou legado de 17 peças, além de romances, contos e crônicas


Nelson Falcão Rodrigues nasceu no Recife, em 1912. Aos 5 anos, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, indo morar na Rua Alegre, em Aldeia Campista, bairro que depois seria absorvido pelos vizinhos Andaraí, Maracanã, Tijuca e Vila Isabel. 

Em contato com a imaginação fértil do futuro escritor, a realidade da Zona Norte carioca, com suas tensões morais e sociais, serviu como fonte de inspiração para Nelson construir personagens memoráveis e histórias carregadas de lirismo trágico.

Aos 13 anos, ingressa na carreira de jornalista, trabalhando como repórter policial em A Manhã, um dos jornais fundados por seu pai, Mário Rodrigues, que marcaram época – o segundo foi Crítica, palco de uma tragédia que abalaria o dramaturgo profundamente: o assassinato de seu irmão, o ilustrador e pintor Roberto Rodrigues, em 1929.

Lado a lado com o teatro, o jornalismo foi para ele um ambiente privilegiado de expressão. Dentre seus textos propriamente jornalísticos, destacam-se aqueles dedicados ao futebol, em que empregou toda sua veia dramática, transformando partidas em batalhas épicas e jogadores em heróis. Trabalhou nos mais diversos jornais e revistas, assinando artigos e crônicas, como a popular e discutida coluna “A Vida Como Ela É…”.

Em 1943, a consagração no Teatro Municipal do Rio de Janeiro: sua segunda peça, Vestido de Noiva, montada por um grupo amador, Os Comediantes, dirigida pelo polonês recém-imigrado Ziembinski e com cenários de Tomás Santa Rosa, revolucionava a maneira de se fazer teatro no Brasil. Sua peça seguinte, Álbum de Família, de 1946, que trata de incesto, foi censurada, sendo liberada apenas duas décadas depois. Dali em diante, sua obra despertaria as mais variadas reações, nunca a indiferença.

O prestígio alcançado pelo reconhecimento de seu talento não livrou-o de contestações ou perseguições. Classificado pelo próprio Nelson Rodrigues como “desagradável”, seu teatro chocou plateias, provocando não apenas admiração, mas também repugnância e ódio, sentimentos muitas vezes alimentados por seu temperamento inclinado à polêmica e à autopromoção.

Nelson Rodrigues morreu no Rio de Janeiro, em 1980, aos 68 anos. Além dos romances, contos e crônicas, deixou como legado 17 peças que, vistas em conjunto, colocam-no entre os grandes nomes do teatro brasileiro e universal.

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quarta-feira, 15 de abril de 2015

MÁRIO LAGO - BIOGRAFIA

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Mário Lago (1911-2002) foi compositor, ator, poeta, radialista e advogado brasileiro. Entre suas músicas mais famosas estão "Ai que Saudades da Amélia" e "Atire a Primeira Pedra", feitas em parceria com Ataúlfo Alves. A marcha carnavalesca "Aurora" que ficou famosa na voz de Carmem Miranda foi feita em parceria com Roberto Roberti e "Nada Além" feita em parceria com Custódio Mesquita famosa na voz de Orlando Silva.

 Atuou em várias novelas, entre elas, "O Casarão", "Pecado Capital" e "Brilhante". Participou de peças de teatro e filmes como "Terra em Transe" de Glauber Rocha. Militante político foi preso várias vezes.

Mário Lago (1911-2002) nasceu no Rio de Janeiro no dia 26 de novembro. Filho único do maestro Antônio Lago e de Francisca Maria Vicência Croccia Lago. Desde cedo dedicou-se às letras, publicou seu primeiro poema aos 15 anos. Formou-se em Direito em 1933, exercendo a profissão por poucos meses. Foi casado com Zeli com quem teve sete filhos.

Militante político do antigo Partido Comunista Brasileiro, foi amigo de Oscar Niemeyer e de Luís Carlos Prestes, a quem homenageou com o nome de um filho. Sua estreia como letrista de música popular foi com "Menina, Eu Sei de uma Coisa", parceria com Custódio Mesquita, gravada em 1935 por Mário Reis. Três anos depois, Orlando Silva realizou a famosa gravação do fox "Nada Além", da mesma dupla de autores. Entre suas músicas mais célebres estão "Ai que Saudades da Amélia" e "Atire a Primeira Pedra", ambas interpretadas por Ataúlfo Alves, "É Tão Gostoso, Seu Moço", com Chocolate, que ficou conhecida na voz de Nora Ney, "Número Um" com Benedito Lacerda, o samba "Fracasso" e a marcha carnavalesca "Aurora", em parceria com Roberto Roberti, famosa na interpretação de Carmem Miranda, "Amélia", com seus versos "Amélia não tinha a menor vaidade/ Amélia é que era mulher de verdade", ficou tão popular que o termo se tornou sinônimo de mulher submissa, dedicada aos trabalhos domésticos e que não reclama.

Mário Lago ficou conhecido do grande público graças a seu trabalho como ator. Desde a época das novelas de rádio até a televisão, onde participou de novelas como "Casarão", "Pecado Capital" e "Brilhante", entre muitas outras. Também atuou em peças de teatro e filmes, como "Terra em Transe", de Glauber Rocha. É autor dos livros "Na Rolança do Tempo" (1976), "Bagaço de Beira-Estrada" (1977) e "Meia Porção de Sarapatel" (1986). Foi biografado por Mônica Velloso em 1998 no livro "Mário Lago: boêmia e política".

Desde o começo de 2002, Mário Lago lutava contra graves problemas de saúde, principalmente um enfisema crônico que sacrificava muito sua respiração e que já tinha sido responsável por sua internação em estado grave em janeiro, vítima de uma pneumonia bacteriana.





Era um artista completo, que atuava em diversos setores, no teatro, no cinema, na literatura, na música e na televisão. Fez diversas novelas de sucesso, como "Dancing Days" e "Pecado Capital", entre outras. Mais recentemente, para trabalhar em "O Clone", tinha de aspirar oxigênio no intervalo das gravações.

A importância do jovem Mário, intelectual e politizado, no ambiente do incipiente teatro brasileiro de revista pode ser medida pelo episódio em que o parceiro, na marcha Aurora, entre outras, Roberto Martins o procurou, à saída do teatro, para lhe pedir um favor. Mário já estava acostumado a ser procurado pelo amigo quando Martins tinha algum pedaço de música à espera de uma tirada poética ou complemento melódico. 

Desta vez, porém, a conversa era outra. "Não trago música nenhuma Mario, é que tem um cantor aí precisando trabalhar e eu queria pedir para você ajudá-lo, que ele é muito bom...", argumentou Martins. Assim começava a carreira de Carlos Galhardo, um dos mais populares cantores da era do rádio, pelas mãos de Mário, que já fazia sucesso com "Nada Além", gravado por Orlando Silva, e deu a Galhardo a oportunidade de gravar "Será?" e "Devolve". ´

Sobre o tempo, Mário dizia: "Discordo quando as pessoas falam "no meu tempo...". Meu tempo é hoje. Fiz um acordo com o tempo: nem ele me persegue e nem eu fujo dele. Um dia a gente se encontra".
Mário Lago morreu no dia 30 de maio de 2002, no Rio de Janeiro.

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