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sexta-feira, 23 de setembro de 2016

RAMÓN VALDÉS - O QUERIDO SEU MADRUGA

            

Ele virou um ícone pop. Com seu olhar sincero, bigode e chapéu, ilustra camisetas com a mesma desenvoltura de Che Guevara. Mas, ao contrário do líder revolucionário, Ramón Valdés não desperta polêmicas. Todos concordam que seu grande personagem, o Seu Madruga, foi fundamental para o sucesso do "Chaves" na TV de toda a América Latina. Saiba mais sobre este carismático ator mexicano.
Não se deixe enganar pelas aparê. Ramón Valdés foi um legítimo conquistador, e adimitia ser viciado em mulheres. Ele foi casado três vezes.


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Nascido em 1923, Ramón Valdés já tinha muita estrada quando começou a participar da turma do Chaves ou do Chapolin. Na verdade, ele já era um ator "cinquentão" quando foi convidado por Roberto Bolaños para viver o Seu Madruga.

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Ramón Valdés já tinha muita experiência em comédias no cinema mexicano, no qual começou a trabalhar no final da década de 40. O site IMDb lista 121 produções com Valdés, sendo mais de 50 filmes.

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Ramón Valdés era tão sério quanto o Seu Madruga e, ao mesmo tempo, amável e íntegro. Prova disso é que ele nunca teve sérias desavenças com nenhum artista do elenco.
                                     
                       
Mas se tinha uma coisa que "Don Ramón" não largava era o cigarro. Ele era um fumante compulsivo, e, com o passar dos anos, este vício cobrou uma conta muito cara.

                             

"Don Ramón", o eterno Seu Madruga, morreu em agosto de 1988, aos 64 anos, vítima de câncer no pulmão, com metástase para outros órgãos. Sua morte foi profundamente lamentada em todo o México e demais países latino-americanos que transmitiam "Chaves" e "Chapolin". Porém, como é privilégio de artistas carismáticos, Valdés continua vivo até hoje, levando seus sopapos da Dona Florinda e elouquecendo com Chaves, Quico e sua amada filha Chiquinha.
Só não te dou outra porque... 
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domingo, 21 de junho de 2015

LIMA DUARTE - BIOGRAFIA

                     
                                                                 Lima Duarte
Quando o boiadeiro Antônio José Martins mandou o filho de 16 anos ir conhecer o mundo, certamente não imaginava que naquele momento começava uma história que se confundiria com a própria história da TV brasileira. 
Nascido em 29 de março de 1930, na pequena cidade mineira de Nossa Senhora da Purificação do Desemboque e Santíssimo Sacramento, Ariclenes Venâncio Martins chegou a São Paulo em 1946, a bordo de um caminhão de mangas, sonhando trabalhar no rádio. 

Conseguiu marcar um teste na Tupi, mas foi reprovado por causa do seu forte sotaque caipira: “O sujeito virou para mim e disse: ‘Rapaz, de onde sai sua voz? Do sovaco?’, relembra. 
Ainda assim, arrumou um estágio de aprendiz de sonoplasta, até que suas imitações chamaram a atenção de Oduvaldo Vianna, que o convidou para trabalhar em uma de suas radionovela. 

Só faltava um nome artístico e ele ligou para a mãe, a artista circense América, que era médium, para se aconselhar: “Ela disse: ‘Põe o nome do meu guia de luz que você vai ser muito feliz. Ele se chama Lima Duarte’.”
 
Lima Duarte ficou 26 anos na Rádio Tupi. Na TV, participou do seu programa inaugural, em 18 de setembro de 1950, e de sua primeira telenovela, Sua Vida me Pertence, de Walter Forster. Em 1961, foi trabalhar no grupo Teatro de Arena: “O Teatro de Arena existiu, ou nasceu, em oposição ao TBC, o Teatro Brasileiro de Comédia, que era o grande teatro de São Paulo. 

O TBC era muito elitista, feito pelos italianos da indústria. Não sei por que não representavam em francês ou em italiano mesmo, era só repertório internacional, com atores de formação europeia, diretores europeus e um público completamente europeizado também. Eu, que tinha muito sucesso fazendo os caipiras no rádio, fui chamado por Augusto Boal, Chico de Assis e Oduvaldo Vianna, do Arena. 
A proposta era pôr o brasileiro em cena e achavam que eu era um ator assim, sem vício de importação.” Por sua atuação na peça O Testamento do Cangaceiro, recebeu o Prêmio Saci de Melhor Ator e uma bolsa de estudos em Nancy, na França, para onde foi em 1962. Fez parte do grupo até 1971, participando de importantes montagens e turnês, como na temporada de Arena conta Zumbi na Broadway.
 


Paralelamente ao Arena, continuou fazendo novelas na Tupi, como ator e diretor, entre elas Gutierritos, o Drama dos Humildes, de Walter George Durst, e O Direito de Nascer, Felix Caignet, ambas de 1964. 
Sua experiência mais bem-sucedida na emissora foi na direção de Beto Rockfeller (1968), de Bráulio Pedroso, com Luis Gustavo como protagonista, um marco da moderna dramaturgia brasileira de TV. 
A inovação na linguagem e os altos índices de audiência valeram a Lima e a Bráulio Pedroso o convite para ingressar na Globo. O primeiro trabalho da dupla na emissora carioca foi O Bofe (1972), que, entretanto, não obteve maior repercussão.
Após a experiência malsucedida, ele recebeu um convite para interpretar um matador em O Bem amado, de Dias Gomes, a primeira novela colorida da TV. Surgia, assim, um dos mais célebres tipos da televisão brasileira: Zeca Diabo. A princípio, o personagem iria aparecer em apenas três capítulos, mas ficou até fim: “O Zeca Diabo tinha tanta força, foi feito com tanto amor, cheio de ideias tão interessantes, que ele não pôde mais sair da novela e acabou matando o Odorico”, conta. 
E o sucesso foi tão grande que O Bem amado virou seriado, em 1980. Lima voltou a viver o personagem depois de participar de obras importantes, como Os ossos do Barão (1974), O Rebu (1975) e Pecado Capital(1976). 
O papel do solitário empresário Salviano Lisboa lhe valeu o prêmio de Melhor Ator da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA): “Eu pensava em um homem que viveu 25, 30 anos com uma mulher, e que não sabe nada do jogo amoroso, do jogo da conquista, afinal de contas é um homem que viveu para os filhos. Morre a mulher, mas ele ainda é vital. De repente, entra a secretária, de cabelos negros, um vestido amarelo, ele sente os apelos, mas não sabe jogar. Ele tinha medo de olhar para ela como uma mulher. E as mulheres começaram a gostar muito dele, porque ele não era grosseiro, tropeçava nas palavras, nos gestos”, diz. 
Outro trabalho marcante desta época foi O crime de Zé Bigorna, especial(1974), escrito por Lauro César Muniz, que protagonizou e dirigiu.

Em 1985, ajudou a criar outro personagem popular genuinamente brasileiro: o Sinhozinho Malta, de Roque Santeiro, escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva, que lhe valeu outro prêmio de Melhor Ator da APCA: “Na minha fase do Teatro de Arena, nós tínhamos o Seminário de Dramaturgia, onde pedíamos aos autores peças brasileiras e estudávamos as possibilidades de montá-las. 
O Dias enviou várias. Essa coisa do brasileiro, do patético, do grandioso, do maravilhoso, do mesquinho, do fantástico, do que o brasileiro é capaz, o Dias Gomes sabia muito e escreveu sobre isso”, diz. 
Depois, o ator ainda encarnou mais um tipo brasileiro marcante, o Sassá Mutema de O salvador da pátria (1989): “É a história de um homem que é o Brasil: um homem que caminha mais e mais sobre menos e menos. Ele era um nada. Era linda a história do Sassá Mutema, a metáfora dele era riquíssima. Isso foi conversado mesmo, foi proposto. Ele era nada, não sabia ler, não sabia escrever, não sabia amar, não sabia nada”, conta.

 


Contracenou com Zilda Cardoso em Meu bem, meu mal (1990), de Cassiano Gabus Mendes, na qual interpretou o magnata Dom Lázaro Venturini. 
Em seguida, atuou em novelas como Rainha da sucata(1990), de Silvio de Abreu; e Pedra sobre pedra (1992) e Fera ferida (1993/1994), ambas de de Aguinaldo Silva, Ricardo Linhares e Ana Maria Moretzsohn. 
Em Pedra sobre pedra, foi Murilo Pontes, que mantinha uma relação apaixonada e conturbada com a Pilar Pontes de Renata Sorrah, na fictícia Resplendor. “Eu gostava daquele amor. Eu gosto muito dessas coisas desesperadas. Digo coisas que eu não diria nunca, visto uma roupa que eu não vestiria nunca, emito conceitos, vivo paixões que eu não viveria nunca. Quando você encontra uma companheira como a Renata Sorrah, que também é capaz de fingir que vive uma desesperada paixão, é muito gostoso”. 

O ambicioso e prepotente Major Bentes, que ditava as regras na cidade de Tubiacanga, em Fera ferida, é mais um papel inesquecível de sua carreira.
 
Fez ainda A próxima vítima (1995), de Silvio de Abreu; Uga Uga (2000), Carlos Lombardi; Belíssima(2005), também de Silvio de Abreu; e Araguaia (2010), de Walther Negrão. Em Da cor do pecado(2004), de João Emanuel Carneiro, viveu o amargurado empresário Afonso Lambertini; e em Caminho das índias (2009), interpretou o brâmane Shankar. A última, escrita por Gloria Perez e chamada lá fora de India - A Love Story, ganhou o prêmio Emmy Internacional de Melhor Telenovela.
Lima Duarte participou também de diversas minisséries da Globo. A primeira foi O tempo e o vento (1985), baseada na obra de Erico Verissimo. Atuou também em Agosto (1993), de Jorge Furtado e Giba Assis Brasil, baseada no romance de  Rubem Fonseca; Engraçadinha...Seus amores e seus pecados (1995), de Leopoldo Serran, a partir da obra de Nelson Rodrigues; e O auto da compadecida(1999), adaptação da peça de Ariano Suassuna por Adriana Falcão, Guel Arraes e João Falcão.

No cinema, atuou em 31 filmes, entre eles O Grande Momento (1958), de Roberto Santos; Guerra Conjugal (1975), de Joaquim Pedro de Andrade; A Queda (1976), de Ruy Guerra; Sargento Getúlio(1978), de Hermano Penna, que lhe deu o prêmio de Melhor Ator nos festivais de Gramado e de Havana; Os Sete Gatinhos (1980), de Neville d’Almeida; Corpo em Delito (1990), de Nuno César Abreu;A Ostra e o Vento (1997), de Walter Lima Jr.; Eu Tu Eles (2000), de Andrucha Waddington; Palavra e Utopia, do português Manoel de Oliveira, no qual interpretou o Padre Antônio Vieira; e Filhos deFrancisco (2005), de Breno Silveira. 
É padrasto da atriz Débora Duarte e avô das também atrizes Paloma e Daniela Duarte.
[Depoimentos concedidos ao Memória Globo por Lima Duarte em 22/05/2001 e 09/05/2011.]
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segunda-feira, 4 de maio de 2015

ELIZABETH TAYLOR - BIOGRAFIA

                                     
                                                       27/02/1932 -  23/03/2011

Elizabeth Taylor (1932-2011) foi uma das maiores estrelas de Hollywood. Famosa por interpretar o clássico “Cleópatra” (1963). Atuou em vários filmes, recebeu seu primeiro Oscar com "Disque Butterfileld 8" (1960), e o segundo com "Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?"(1966).

Elizabeth Taylor (1932-2011) nasceu em Londres, no dia 27 de fevereiro de 1932. Em 1939, muda-se com a família para os Estados Unidos. Começou trabalhando na Universal, no filme "There's One Bom Every Minute" em 1942, quando tinha dez anos. Um ano depois, fez teste para MGM e ganhou um pequeno papel no filme "A Força do Coração" (1942), o primeiro da série Lassie.

Liz Taylor, como ficou conhecida, fez vários filmes no seu longo contrato com a MGM, mais só demonstrou amadurecimento depois de filmar "O Príncipe Encantado" (1948), aos 16 anos. Durante as filmagens de "Um Lugar ao Sol" (1949), apaixonou-se pelo seu par romântico Montgomery Clift, o astro que era homossexual, não queria o romance, mais viria a ser o seu amigo mais íntimo, até sua morte em 1966.

Elizabeth Taylor casou diversas vezes, o primeiro marido foi o herdeiro de uma cadeia de hotéis, Conrad Nicholson Hilton Junior, com quem ficou sete meses. Com o ator inglês Michael Wilding, viveu cinco anos, e tiveram dois filhos. O milionário Mike Todd, o primeiro grande amor da vida de Elizabeth, morreu num acidente aéreo antes de completarem um ano de casados.

O quarto marido foi Eddie Fisher, um cantor viciado em drogas, responsável pelo maior escândalo da vida sentimental de Liz, era marido de sua grande amiga Debbie Reynolds e melhor amigo do seu falecido marido. Na época foi um grande escândalo em Hollywood. Elizabeth foi chamada de viúva negra. O escândalo foi superado e o casamento não durou muito.

Richard Burton foi o segundo grande amor de sua vida. Eles se conheceram durante as filmagens de Cleópatra (1963), com ele iniciou um romance tempestuoso, que os manteria permanentemente nos jornais e revistas nos quinze anos seguintes.
Com Burton, um dos mais perfeitos intérpretes de Shakespeare, Liz cresceu como artista e como mulher. Foi ao lado dele que ela conquistou seu segundo Oscar, pelo filme "Quem Tem Medo de Virgínia Woolf?" (1966). Liz representava uma mulher madura, chata, desarrumada, despenteada, dada à bebida, diferente daquela beleza bem comportada de "Butterfield 8" (1960).

Separada de Burton apaixonou-se pelo fazendeiro e político John Warner. O casamento durou de 1976 até 1982, época em que Liz engordou 30 quilos. Mais em 1985, após várias dietas, Liz voltou ao seu peso de juventude, 55 quilos. Em 1991, Elizabeth casou com o caminhoneiro Larry Fortensky, seu oitavo casamento aos 59 anos.
Elizabeth Taylor viveu momentos difíceis, com 12 anos fazendo seu primeiro filme, logo que chegou da Inglaterra, caiu do cavalo e machucou a coluna, o que a obrigou a tomar fortes analgésicos, para livrar-se das dores. Durante as filmagens de Cleópatra pegou uma pneumonia dupla que quase a matou, Sendo obrigada a passar por uma traqueotomia para poder salvá-la. Viciada em álcool e analgésicos, conseguiu recuperar-se, depois de vários internamentos.

Em fevereiro de 1997, Elizabeth fez o seu check-up anual, onde foi descoberto um tumor benigno na cabeça. O tumor era do tamanho de uma laranja e os médicos marcaram a cirurgia para dali a duas semanas. Após o choque inicial com a notícia e com a cirurgia marcada Liz adiantou sua festa de aniversário do dia 27 para o dia 16. A festa foi realizada no Teatro Hollywood Pantage e reuniu centena de amigos.
A cirurgia foi um sucesso e logo estava recuperada. Com a cabeça raspada e com uma cicatriz de sete centímetros, Elizabeth pousou para capa da revista Paris Match. Em sua homenagem a cidade de Los Angeles mudou o nome da rua que cruza o Hollywood Boulevard, para “Passagem Elizabeth Taylor”.

Elizabeth Taylor teve quatro filhos, Michael Wilding jr (1953) Cristopher Wilding (1955), Liza Todd (1957) e Maria que ela adotou com Burton, na época das filmagens de Cleópatra.

Elizabeth Taylor faleceu em Los Angeles, no dia 23 de março de 2011 de insuficiência cardíaca.

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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

CHARLES CHAPLIN - BIOGRAFIA



                                CHARLES CHAPLIN

Chaplin nasceu em Londres no ano de 1889 e iniciou sua carreira como mímico, fazendo excursões para apresentar sua arte. Em 1913, durante uma de suas viagens pelo mundo, este grande ator conheceu o cineasta Mack Sennett, em Nova York (Estados Unidos), que o contratou para estrelar seus filmes.  

Vida e obras 
Seu personagem mais famoso foi o vagabundo Carlitos, oprimido e engraçado, este personagem denunciava as injustiças sociais. De forma inteligente e engraçada, este grande artista sabia como fazer rir e também chorar. 
Em 1918, no auge de seu sucesso, ele abriu sua própria empresa cinematográfica, e, a partir daí, fazia seus próprios roteiros e dirigia seus filmes. Crítico ferrenho da sociedade, ele não se cansava de denunciar os grandes problemas sociais, tais como a miséria e o desemprego. Produziu grandes obras como: O Circo, Rua de Paz e Luzes da Cidade.  Pelo filme O Circo, Chaplin ganhou em 1929 seu primeiro Oscar Honorário.
Adepto ao cinema mudo, o também cineasta, era contra o surgimento do cinema sonoro, mas como grande artista que era, logo se adaptou e voltou a produzir verdadeiras obras primas: O Grande Ditador (crítica ao fascismo), Tempos Modernos e Luzes da Ribalta.
Na década de 1930 seus filmes foram proibidos na Alemanha nazista, pois foram considerados subversivos e contrários a moral e aos bons costumes. Porém, na verdade, representavam uma crítica ao sistema capitalista, à repressão, à ditadura e ao sistema autoritário que vigorava na Alemanha no período. Mas o sucesso dos filmes foi grande em outros países, sendo traduzido para diversos idiomas (francês, alemão, espanhol, português). 

Em 1965, publicou sua autobiografia , Minha Vida. 

Em 1972, Charles Chaplin foi premiado com o Oscar Honorário de melhor trilha sonora pelo filme Luzes da Ribalta.

Em 1977, o mundo perdeu um dos grandes representantes da história do cinema.

Filmografia de Chaplin (longas-metragens principais)

O idílio desfeito -1914
Os clássicos vadios - 1921
O garoto - 1921
Casamento ou luxo? - 1923
Em busca do ouro - 1925
circo - 1928
Luzes da cidade - 1931
Tempos modernos - 1936
O grande ditador -1941
Monsieur Verdoux - 1947
Luzes da ribalta - 1952
Um rei em Nova York - 1957
A condessa de Hong Kong -1967

Frases de Chaplin
- "Mais do que máquinas, necessistamos de humanidade"
- "A persistência é o caminho do sucesso."
- "Acredito que o pecado é realmente um mistério tão grande quanto a virtude."
- "Um dia sem sorrir é um dia desperdiçado."

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sexta-feira, 19 de julho de 2013

ANTONIN ARTAUD - BIOGRAFIA


Antonin Artaud nasceu em Marselha, no dia 4 de setembro de 1896, e faleceu em Paris, no dia 4 de março de 1948. Foi um poeta, ator, roteirista e diretor de teatro francês.

Em 1937, Antonin Artaud, devido a um incidente, é tido como louco. Internado em vários manicômios franceses, cujos tratamentos são hoje duvidosos, ele é transferido após seis anos para o hospital psiquiátrico de Rodez, onde permanece ainda três anos.
Em Rodez, Artaud estabelece com o Dr. Ferdière, médico-responsável do manicômio, uma intensa correspondência. Uma relação ambígua se estabelece entre os dois: o médico reconhece o valor do poeta e o incentiva a retomar a atividade literária mas, julgando a poesia e o comportamento de seu paciente muito delirante, ele o submete a tratamentos de eletrochoque que prejudicam sua memória, seu corpo e seu pensamento.
Existe aqui um afrontamento entre dois mundos, o da medicina e razão social e o do poeta cuja razão ultrapassa a lógica normal do “homem saudável”.
As cartas escritas de Rodez são para Artaud um recurso para não perder sua lucidez. Elas revelam um homem em terrível estado de sofrimento, nos falando de sua dor através de uma escritura mais íntima e mais espontânea. São os diálogos de um desesperado com seu médico e através dele com toda a sociedade.
“Não quero que ninguém ignore meus gritos de dor e quero que eles sejam ouvidos”.
Para Artaud, o teatro é o lugar privilegiado de uma germinação de formas que refazem o ato criador, formas capazes de dirigir ou derivar forças.
Em 1935 Artaud conclui o "Teatro e seu Duplo" (Le Théâtre et son Double), um dos livros mais influentes do teatro deste século. Na sua obra ele expõe o grito, a respiração e o corpo do homem como lugar primordial do ato teatral, denuncia o teatro digestivo e rejeita a supremacia da palavra. Esse era o Teatro da Crueldade de Artaud, onde não haveria nenhuma distância entre ator e platéia, todos seriam atores e todos fariam parte do processo, ao mesmo tempo.
Em Rodez, além de suas cartas (lettres au docteur Ferdière) ele elabora uma prática vocal, apurada dia a dia, associada à manifestações mágicas. A voz bate, cava, espeta, treme, a palavra toma uma dimensão material, ela é gesto e ato.
Artaud volta a Paris em 1946, onde dois anos depois é encontrado morto em seu quarto no hospício do bairro de Ivry-sur-Seine. Neste período, além de uma importante produção literária ele desenha, prepara conferências e realiza a emissão radiofônica "Para acabar com o juízo de Deus" (Pour en finir avec le jugement de dieu), onde sua vontade expressiva se alia a um formalismo cuidadoso.
Se nos anos 30 o teatro para Artaud é “o lugar onde se refaz a vida”, depois de Rodez ele é essencialmente o lugar onde se refaz o corpo. O “corpo sem órgãos” é o nome deste corpo refeito e reorganizado que uma vez libertado de seus automatismos se abre para “dançar ao inverso”.
“A questão que se coloca é de permitir que o teatro reencontre sua verdadeira linguagem, linguagem espacial, linguagem de gestos, de atitudes, de expressões e de mímica, linguagem de gritos e onomatopéias, linguagem sonora, onde todos os elementos objetivos se transformam em sinais, sejam visuais, sejam sonoros, mas que terão tanta importância intelectual e de significados sensíveis quanto a linguagem de palavras.”
O seu trabalho ainda inclui, ensaios e roteiros de cinema, pintura e literatura, diversas peças de teatro, inclusive uma ópera, notas e manifestos polêmicos sobre teatro, ensaios sobre o ritual do cacto mexicano peyote entre os índios Tarahumara (Les Tarahumaras), aparições como ator em dois grandes filmes e outros menores. Artaud escreveu: "Não se trata de assassinar o público com preocupações cósmicas transcendentes. O fato de existirem chaves profundas do pensamento e da ação segundo as quais todo espetáculo é lido é coisa que não diz respeito ao espectador em geral, que não se interessa por isso. Mas de todo o modo é preciso que essas chaves estejam aí, e isso nos diz respeito" - em TEATRO E SEU DUPLO.
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quarta-feira, 17 de julho de 2013

YÁCONIS BECKER - BIOGRAFIA


Cleyde Becker Yáconis nasceu em Pirassununga, São Paulo, em 14 de novembro de 1923. 
As dificuldades da sua infância pobre aumentam aos 4 anos de idade quando o pai abandona a família. 
Incentivada pela mãe professora, faz o curso normal e, simultaneamente, o de enfermagem, com a ideia de se formar em medicina. 
Em 1950, levada pela irmã Cacilda Becker, trabalha no guarda-roupa do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). Mesmo sem intenção de se tornar atriz, substitui Nydia Licia no papel de Rosa Gonzalez, em O Anjo de Pedra, de Tennessee Williams. Por sua atuação, Ziembinski a convida para o papel de Annette, em Pega-fogo, de Jules Renard. Com isso, desiste de prestar exame para a Faculdade de Medicina.
No ano seguinte, 1951, torna-se a atriz-revelação do teatro paulista, premiada pela Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT), por sua atuação em Ralé, de Maximo Gorki. 
De 1950 a 1964 participa de 35 montagens no TBC, entre as quais, Santa Marta Fabril S.A., de Abílio Pereira de Almeida (1955); Adorável Júlia, de Marc-Gilbert Sauvajon (1957); e A Morte do Caixeiro-viajante, de Arthur Miller (1962). 
Mas é em 1953 que ganha seu primeiro grande papel no TBC, a Senhora Flora, protagonista de Assim É  Se lhe Parece, de Luigi Pirandello, quando abiscoita o Prêmio Governador do Estado como melhor atriz do ano. Em Maria Stuart, de Schiller(1955), também é premiada como melhor atriz: Prêmio Saci.
Três anos depois, ao lado de Cacilda Becker, Ziembinski, Walmor Chagas e Fredi Kleeman, funda o Teatro Cacilda Becker. A companhia estreia com O Santo e a Porca, de Ariano Suassuna, em maio de 1958. Em 1964 tem outro desempenho consagrador: vive nos palcos Yerma, de Garcia Lorca, dirigida por Maurice Vanneau.
Durante a temporada de Vereda da Salvação, de Jorge Andrade, é detida pela ditadura militar, mas o prestígio de Cacilda faz com que seja liberada. 
Desliga-se do TBC e, em 1965, a convite de Nelson Rodrigues, aceita viver a prostituta Geni de Toda a Nudez Será Castigada, com direção de Ziembinski. Por seu desempenho é premiada com o Molière. 
Em 1966 integra o Grupo Opinião em Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come, de Oduvaldo Vianna Filho e Ferreira Gullar, com direção de Gianni Ratto. 
Em 1967 substitui Teresa Rachel em Édipo Rei, de Sófocles, e dá vida a outra grande personagem, Jocasta, a mãe de Édipo, este vivido por Paulo Autran, sob a direção de Flávio Rangel.

Em 1976 faz A Rainha do Rádio, de José Safiotti Filho, direção de Antonio Abujamra. Em 1988 dá início à parceria com o diretor Ulysses Cruz com Cerimônia do Adeus, de Mauro Rasi, em que interpreta Simone de Beauvoir. Em 1995, com o mesmo diretor, atua em Péricles, Principe de Tiro, de Shakespeare.
No cinema, atua em Na Senda do Crime, de Flamínio Bollini Cerri (1954); A Madona de Cedro, de Carlos Coimbra (1968); Parada 88 – O Limite de Alerta, de José de Anchieta (1977); Dora Doralina, de Perry Salles (1982); e Jogo Duro, de Ugo Giorgetti (1985). Em 2000 roda ao lado de Dirce Migliaccio o curta-metragem Célia e Rosita, de Gisella de Mello, em homenagem às atrizes Célia Biar e Rosita Thomaz Lopes, filme no qual vive Rosita.

Televisão
Entra para a televisão em 1966, na TV Paulista, mas logo é levada por Cassiano Gabus Mendes para a TV Tupi de São Paulo, onde aparece nas novelas O Amor Tem Cara de Mulher (1966),Mulheres de Areia (1973) e Gaivotas (1979). Na TV Globo, faz Rainha da Sucata (1990), Vamp(1991) e As Filhas da Mãe (2001). Em 2006, na TV Record, trabalha em Cidadão Brasileiro.
Em teatro, brilha mais uma vez em 2002 ao lado de Sergio Britto, em Longa Jornada de um Dia Noite Adentro, de Eugene O’Neill, sob a direção de Naum Alves de Souza. 
Em 2003 conquista o Grande Prêmio da Crítica da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) pelo conjunto da obra. Neste mesmo ano, recebe o Prêmio Nacional Jorge Amado de Literatura & Arte do Governo da Bahia. 
Em 2005 é agraciada com a Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura. Por sua interpretação na primeira montagem brasileira de Cinema Éden, de Marguerite Duras, com direção de Emílio Di Biasi, é indicada em 2005 para o Prêmio Shell de Teatro.
Em 2006 protagoniza A Louca de Chaillot, de Jean Giradoux, peça inédita nos palcos brasileiros, sob o comando dos jovens diretores Ruy Cortez e Marcos Loureiro.
Longe dos refletores, das festas e da metrópole paulista, é mulher de hábitos simples. Em contato com a natureza, em seu sítio a 28km da capital, desfruta uma vida tranquila ao lado de seus cachorros, de seus passarinhos e de suas árvores.
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