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sábado, 13 de dezembro de 2014

ZIRALDO ALVES PINTO - BIOGRAFIA

                                   
                                                          Ziraldo Alves Pinto


Ziraldo Alves Pinto nasceu na cidade de Caratinga em Minas Gerais no dia 24 de outubro de 1932.
A curiosa origem de seu nome é a junção do nome da mãe, Zizinha, com o do pai, Geraldo. Seu interesse pelas artes já existia desde muito pequeno. Quando criança, já desenhava em qualquer superfície que pudesse receber seus traços e, desde que aprendeu a ler, se aventurava pelas obras que tinha acesso, como Monteiro Lobato. Ele também tinha um interesse especial por gibis e lia todos os que conseguia.

Ele é cartunista, chargista, pintor, dramaturgo, caricaturista, escritor, cronista, desenhista, humorista, colunista e jornalista. Um de seus personagens famosos foi Menino Maluquinho.

Ziraldo é mais um nome emblemático da cultura brasileira do século XX. Tendo seus traços e palavras presentes na literatura infantil e adulta; e no cotidiano do país, marcou seu nome por histórias, personagens e seu senso de humor crítico.

artista graduou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais. No ano de 1954 trabalhou no Jornal Folha de Minas Gerais dedicando-se a uma coluna humorística, com seus personagens Jeremias, O Bom; a Supermãe e o Mirinho. Em 1960, com sua primeira revista em quadrinhos, A Turma do Pererê também foi a primeira revista em quadrinhos colorida do Brasil.

Com seus desenhos, Ziraldo recebeu o Nobel Internacional de Humor no 32º Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas e também o prêmio Merghantealler no ano de 1969. Publicou também periódicos humorísticos como Revista Bundas, fazendo uma brincadeira com a revista Caras. Fundou a revista A Palavra em 1999. A partir de 2000, é participante da Oficina do Texto, onde foi criado por Samuel Ferrari Lago, diretor do Portal Educacional, ilustrador.
                     

Sua carreira editorial começou na revista”Era Uma Vez…” na qual trabalhava como colaborador mensal. De lá foi para a Folha de Minas, em 1954, onde assinava uma página de humor. Voltou às revistas em 1957, quando A Cigarra e depois O Cruzeiro publicavam seus trabalhos. Nesta mesma época chegou a colaborar nas revistas Visão e Fairplay. Em 1963 passou a fazer colaborações para o Jornal do Brasil. E aos poucos, ia ganhando reconhecimento entre os periódicos brasileiros.
Seu talento como desenhista rendeu-lhe o trabalho de fazer cartazes para filmes nacionais da época, como “Os Fuzis”, “Os Cafajestes”, “Selva Trágica”, dentre outros. Por essas e por outras que no Rio de Janeiro já era reconhecido como um dos principais artistas gráficos do país.


Na década de 60, devido à grande agitação política que tomava conta do país, Ziraldo passou a empregar seu talento em charges políticas, que saíam n”O Cruzeiro e no Jornal do Brasil. Seus personagens como Jeremias, a Supermãe, Mineirinho, entre outros, atingiram grande popularidade.
Ainda nos anos 60, chegou a finalmente realizar-se na carreira artística. Começou a produzir e publicar suas próprias histórias em quadrinhos. Lançou “A Turma do Pererê”, ambientada num cenário folclórico brasileiro e retratando o país, de certa forma. Essa revista, a primeira de quadrinhos feita por um só autor, é um marco na história do gênero no Brasil. A revista foi suspensa com a tomada do poder pelos militares por ser demasiado nacionalista, apesar disso ela retornou à ativa em 1975, pela editora Abril. Sua importância na cultura brasileira para a luta engajada tem dois principais momentos. Quando, junto a outros humoristas, fundou “O Pasquim”, jornal que é até hoje lembrado como um dos principais meios que combatiam a repressão na época já que deu espaço para a aparição de jovens talentos do humor brasileiro após 1968. O outro momento da resistência política de Ziraldo foi quando, após a publicação do AI-5, ele ajudou a esconder e proteger vários amigos perseguidos pelo regime. Por esse ato, veio a ser preso e levado para o Forte de Copacabana.
Sua carreira foi definitivamente alçada a níveis internacionais em 1968, quando teve trabalhos seus publicados pela revista americana “Graphis”, de grande importância no meio das artes gráficas. A partir daí participou de outras importantes publicações ao redor do mundo.

O ano seguinte, 1969, foi muito importante também para sua carreira. Recebeu o Oscar Internacional de Humor no XXXII Salão Internacional de Caricaturas de Bruxelas e o Merghantealler, prêmio áureo da imprensa livre latino-americana. Ainda nesse ano publicou seu primeiro livro infantil, que viria a ser uma de suas principais obras: o FLICTS usando “o máximo de cores e o mínimo de palavras”, recebeu grande reconhecimento globalmente. Para se ter uma ideia disso, Neil Armstrong, presenteado com o livro, escreveu de volta ao autor: “The Moon is FLICTS!”.
Na década de 70 gozou de seu reconhecimento internacional e passou a dedicar-se mais às histórias infantis, sua verdadeira paixão. O lançamento de “O Menino Maluquinho”, se tornou o maior sucesso editorial da feira do livro de 1980 e recebeu também o importante prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro. O principal personagem da carreira de Ziraldo já nasceu em glória, e assim permaneceu até que, em 1989, passou a ser publicado também em revistas de quadrinhos e tirinhas. Em 1994, o Menino Maluquinho virou filme e alguns de seus personagens passaram a aparecer em selos postais comemorativos de Natal, como forma de homenagem dos Correios e Telégrafos ao artista. Mais uma vez, suas criações corriam o mundo, agora de outra forma.


Em 1999, participou da criação de dois meios que estremeceriam o ramo editorial brasileiro. A revista “Bundas”, que contrapunha a futilidade orgulhosamente demonstrada em “Caras”, ao debater assuntos sérios, como o futuro político do país ” ao contrário do que o nome sugeria. E a revista “Palavra”, criada no intento de popularizar a arte produzida fora do eixo Rio-São Paulo, que não obtinha tanta atenção quanto merecia. Em 2000, ganhou um parque temático em Brasília, o Ziramundo, em que as crianças podem se divertir em meio ao alegre e colorido universo dos personagens de Ziraldo. Nesta década também foi feito um documentário sobre ele: “Ziraldo, profissão cartunista”, realizado por Marisa Furtado e exibido na TV SENAC.
Hoje em dia, envolve-se em diversos projetos, entre educacionais e editoriais, e continua a produzir e divulgar sua já extensa e consagrada obra. O homem de diversos talentos, artista, desenhista, cartunista, jornalista, humorista; continua a contribuir como pode para a cultura brasileira, pela qual tanto fez em sua carreira.

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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

JEAN-BAPTISTE CAMILLE COROT - BIOGRAFIA

                       

Jean-Baptiste Camille Corot nasceu em Paris, a 16 de julho de 1796, e morreu em Ville-d'Avray, em 22 de fevereiro de 1875. Estudou pintura com Victor Bertin, um mestre da paisagem clássica. De 1825 a 1828 completou sua formação na Itália, detendo-se especialmente em Roma. De volta à França, percorreu vários locais da Normandia e da Borgonha. Voltou à Itália duas vezes e visitou a Suíça, a Holanda e a Inglaterra.

Na primeira estada na Itália, Corot executou ao ar livre esboços a óleo, notáveis pela espontaneidade, pelo colorido luminoso e pela composição despojada do rigor neoclássico, como as telas "Vista do Fórum" e "O Coliseu". Esses dois trabalhos resumem a arte neoclássica de Corot, marcada pelo o cuidado com a construção lógica dos planos e com o ritmo equilibrado dos volumes e dos espaços, e a luminosidade que paira sobre as ruínas.

Na mesma época, as pinturas feitas em seu ateliê são convencionais e de tons sombrios. Mas, por volta de 1830, Corot abraça completamente as paisagens mais claras, especialmente cenas da floresta de Fontainebleau.

Na segunda fase italiana, pintou paisagens de composição mais requintada e de colorido mais denso do que as da fase inicial, fixando a região da Toscana em telas austeras - e Veneza e a região dos lagos em paisagens cheias de bruma. 


A partir de 1840 a reputação de Corot começou a se firmar, ele passou a receber encomendas oficiais e sua obra foi aceita e elogiada pela crítica.

O método de um mestre

Durante a primavera e o verão Corot fazia esboços, verdadeiros registros de impressões paisagísticas que perseguia incansavelmente. No inverno, transcrevia esses esboços em composições cuidadosas, incorporando figuras bíblicas ou mitológicas. Esses trabalhos lhe granjearam distinções oficiais nos salões de 1833, 1846, 1848 e 1855, o que consagrou sua arte.

A década de 1845-1855 marca uma transição em sua pintura. Dessa época datam alguns de seus mais belos trabalhos, como "Rochelle, entrada do porto" e "Lembrança de Mortefontaine", que marca o apogeu dessa fase, na qual a paisagem parece coberta de um véu diáfano, tendo os vegetais um brilho de pérola que dá a impressão de umidade e transparência.
Mas Corot também foi um hábil retratista, principalmente de crianças. Essas obras, ainda que não tenham sido apreciadas por seus contemporâneos, hoje são avaliadas como importantes produções.
Até o fim da vida, Corot produziu grande quantidade de paisagens poéticas, para atender a crescente demanda do público. Ao mesmo tempo, pintava paisagens de composição mais clara e colorido mais rico, que lembravam sua fase inicial, como o estudo "Catedral de Sens", pintado pouco antes de sua morte.

Nas paisagens clássicas, Corot costumava usar laca amarela. Outro traço particular de sua obra é o tratamento opaco da pintura, numa mistura uniforme de branco. Nos esboços, a pasta é abundante, com vigorosas pinceladas.

Subestimado no início do século 20, Corot é considerado, atualmente, um dos mestres do século 19. Sua obra, impregnada de romantismo, influenciou osimpressionistas. Além dos quadros a óleo, produziu desenhos a lápis e bico-de-pena. 


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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

FRANK FRAZETTA - BIOGRAFIA

                                 
                                           FRANK FRAZETTA

Não é exagero dizer que Frank Frazetta (1928 – 2010) é o maior ilustrador de todos os tempos. Claro, ilustração é um campo beeeeeem amplo, mas não estamos falando de pinturas, natureza morta e essas coisas. 
                           Conan the Barbarian
                                        CONAN O BÁRBARO
E por que Frazetta é o maior? Não se trata apenas da palheta de cores maravilhosa que ele usava, do traço selvagem e original ou da técnica fenomenal por ele desenvolvida. Claro que essas coisas são fundamentais, porém no meu entendimento, o mais importante é que ele definiu praticamente tudo o que conhecemos em termos de visual, principalmente nos campos da fantasia, feitiçaria, barbarismo e até um pouco de ficção científica.
                            Death Dealer 1
                                              DEATH DEALER
Quando assistimos hoje ao filme O Senhor dos Aneís e vemos o visual do Gollum, fica difícil imaginar que quando Tolkien escreveu sua obra seminal, esse visual só existia na cabeça dos leitores. Foi a pintura de Frazetta quem o definiu da maneira como todos o conhecem hoje, assim como os Cavaleiros Negros e outros personagens. Suas pinturas para Tarzan e John Carter também trouxeram uma nova vida aos personagens de Burroughs, isso sem contar as imagens de Conan, que tornaram o ilustrador famoso. Imagine que antes dele, o visual de Espada e Feitiçaria não existia. O Conan que aparecia nas capas dos livros desde a década de 30 do século passado chega a despertar risos hoje. Frazetta foi o primeiro a compreender o mundo criado por Robert E. Howard, assim como foi o primeiro a compreender os mundos de Tolkien.
                             Egyptian Queen
                                           EGYPTIAN QUEEN
Suas ilustrações bebem na fonte de grandes pintores do final dos séculos XVIII e XIX, que retratavam lendas mitológicas (como Fussli), porém deram um passo além. Sem a visão deste grande ilustrador, RPG provavelmente não existiria, filmes como Conan e o Senhor dos Anéis teriam um visual completamente diferente e nós teríamos sido privados de toda uma geração de artistas que veio após o mestre, influenciados por sua arte, como Norem, Boris, Jusko, Julie Bell, Renato Casaro, Bob Larkin e Ken Kelly.
                                  The Son of Tarzan
                                           THE SON OF TARZAN
Quando Frazetta faleceu em 2010, o mundo da ilustração sofreu uma perda irreparável. 
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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

CHICO BUARQUE DE HOLANDA - BIOGRAFIA

              



Chico Buarque de Holanda (1944-) é músico, dramaturgo e escritor brasileiro. 

Revelou-se ao público quando ganhou com a música "A Banda", interpretada por Nara Leão, o primeiro Festival de Música Popular Brasileira. 

Chico logo conquistou reconhecimento de críticos e público. Fez parceria com compositores e interpretes de grande destaque, entre eles, Vinícios de Morais, Tom Jobim, Toquinho, Milton Nascimento, Caetano Veloso, Edu Lobo e Francis Hime. 



Teve várias músicas censuradas e ameaçado pelo regime militar, se exilou na Itália em 1969. 

Suas canções denunciavam aspectos sociais e culturais da época. Sua volta ao Brasil em 1970, foi comemorada com manifestações de amigos e admiradores. 

Chico foi casado com a atriz Marieta Severo, com quem teve três filhas, Silvia, Helena e Luíza. 



Seus últimos romances publicados foram: Estorvo (1991), Benjamim (1995), Budapeste (2003) e Leite Derramado (2009).

Francisco Buarque de Holanda (1944-) mais conhecido como Chico Buarque de Holanda, nasceu no Rio de janeiro, é filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda e da pianista Maria Amélia Cesário Alvim. 

Em 1946 a família muda-se para São Paulo, onde seu pai é nomeado diretor do Museu do Ipiranga. 


Em 1953, Chico e a família vão morar na Itália, onde Sérgio Buarque vai dar aulas na Universidade de Roma. 

De volta a São Paulo, Chico já mostrando interesse pela música, compõe "Umas Operetas" que cantava com as irmãs. 

A música fazia parte do seu dia a dia, ouvia músicas de Noel Rosas e Ataúlfo Alves. Recebeu grande influência musical de João Gilberto.

Em 1963 Chico Buarque ingressa no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, onde participa de movimentos estudantis. Nesse mesmo ano participa do musical Balanço do Orfeu com a música "Tem mais Samba", que segundo ele, foi o ponto de partida para sua carreira. 


Participa também do show Primeira Audição, no Colégio Rio Branco, com a "Marcha Para um Dia de Sol".

Chico Buarque apresenta-se, em 1964, no programa Fino da Bossa, comandado pela cantora Elis Regina. Chico logo conquistou o reconhecimento do público. 

No ano seguinte lança seu primeiro disco compacto com as músicas "Pedro Pedreiro" e "Sonho de um Carnaval". Faz também as músicas para o poema "Morte e Vida Severina" de João Cabral de Melo Neto, que ao ser apresentada no IV Festival de Teatro Universitário de Nancy, na França, ganha o prêmio de crítica e público.

Em 1966 sua música "A Banda", cantada por Nara Leão, vence o Festival de Música Popular Brasileira". Nesse mesmo ano sai o seu primeiro LP "Chico Buarque de Holanda". Suas primeiras canções, como "Pedro pedreiro", impregnadas de preocupações sociais, foram seguidas de composições líricas como "Olê, olá", "Carolina" e "A Banda".



Ainda nesse ano Chico casa-se com a atriz Marieta Severo, com quem teve três filhas, Silvia, Helena e Luíza.

Chico Buarque muda-se para o Rio de Janeiro em 1967, e lança seu segundo LP "Chico Buarque de Holanda V.2". Nesse mesmo ano escreve a peça "Roda Viva". Faz parceria com Tom Jobim e vencem com a música "Sabiá", o Festival Internacional da Canção, em 1968.

Em 1969 Chico participa da passeata dos cem mil, contra a repressão do regime militar. Nesse mesmo ano vai exilado para a Itália, só retornando em 1970. 

Na Itália assina um contrato com a gravadora Philips, para produção de mais um disco. Sua música "Apesar de Você" vende cerca de 100 mil cópias, mas é censurada e recolhida das lojas.

Depois do show no Teatro Castro Alves em 1972, com Caetano Veloso e o do Canecão, com Maria Betânia, em 1975, Chico passa um longo período sem se apresentar, mas continua produzindo. Escreve a peça Gota d'água, em parceria com Paulo Pontes, o que lhe valeu o prêmio Molière. Escreve a música "Vai trabalhar vagabundo", para o filme do mesmo nome e a música "O que será", escrita para o filme "Dona flor e seus dois maridos".


Em 2005 Chico lança a série "Chico Buarque Especial", caixas com três dvds, organizados por temas, onde Chico fala de sua trajetória.

No dia 05 de novembro de 2011, Chico iniciou sua nova turnê nacional, no Palácio das Arte em Belo Horizonte.

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sexta-feira, 29 de agosto de 2014

VERDI - BIOGRAFIA



                                                                 Giuseppe Verdi

Giuseppe Verdi (1813-1901) foi músico italiano. Autor das óperas, "Otello", "La Traviata", "Rigoletto", "Il Travatore", "Aída", entre outras. Foi o maior músico italiano do século XIX.
Giuseppe Verdi (1813-1901) nasceu em Roncole, hoje Roncole Verdi, ducado de Parma, Itália. Quando nasceu a cidade estava ocupada pelos franceses e Giuseppe Fortunino Francesco foi obrigatoriamente registrado como Joseph Fortunin François. Estudou música com Ferdinando Povesi, regente da orquestra de Roncole.

Verdi não foi aceito pelo Conservatório de Milão. Quando atingiu a fama, o diretor do Conservatório foi criticado pela falta de visão, que teria fechado as portas para o maior músico italiano do século XIX.


 Foi casado com Margherita, juntos tiveram dois filhos. 

O lançamento de sua primeira ópera, "Oberto, conde de San Bonifácio", veio acompanhado de seguidas tragédias. Em 1838, morre a filha Virgínia, em 1839, morre o filho Icílio e em 1840, morre sua esposa.

Sua óperas eram inspiradas no patriotismo, "A Batalha de Legnano", teve origem na batalha travada quando os germanos do norte atacaram a península italiana, em 1176. 

A ópera "Os Lombardos na Primeira Cruzada" surgiu como incentivo à luta contra a ocupação dos austríacos em toda parte lombarda da Itália. A ópera "Nabucodonosor" narrava a escravidão do povo judeu e sua libertação, e "Joana d'Arc" lembrava aos italianos a luta dos franceses contra a ocupação inglesa no século XIV.

Em 1848, abandonou o gênero patriótico em suas óperas e escreveu "Rigoletto", "Il Trovatore", "La Traviata" e "Um Ballo in Maschera". 




Em 1859, foi eleito deputado de uma Itália que ressurgia, unificada, no cenário político europeu.

Nesse mesmo ano casa-se com a soprano e companheira Giuseppina Streboni.

Giuseppe Verdi influenciado por temas shakespearianos compôs as óperas "Otello" e "Falstaff". Em 1871 levado pela inauguração do Canal de Suez, escreveu "Aída", atingindo o auge de sua carreira. 

Em 1879, após 20 anos de convívio, perde sua esposa e em 27 de janeiro de 1901, em Milão, cercado de respeito de toda a Itália morre Giuseppe Verdi.

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domingo, 17 de agosto de 2014

ALBERTO DE ALMEIDA CAVALCANTI - BIOGRAFIA

                          

                                 Alberto de Almeida Cavalcanti


Cineasta fluminense. Primeiro brasileiro a alcançar destaque no cinema internacional.Alberto de Almeida Cavalcanti (6/2/1897-23/8/1982) nasce na cidade do Rio de Janeiro. 


Filho de um major do Exército, inicia seus estudos na Escola Militar e chega a cursar um ano de direito. 

Em 1913 muda-se para a Suíça, onde se forma em arquitetura pela Faculdade de Belas-Artes de Genebra. 

Ao terminar a I Guerra Mundial, transfere-se para Paris e conhece o cineasta Marcel L'Herbier, que o convida para participar como cenógrafo do filme Ressurreição. A partir daí começa sua longa trajetória no cinema, que inclui a direção de 58 filmes e 35 produções em diversos países. 


Sua primeira atuação como diretor é em La Jalousie de Barbouillé, em 1924. No ano seguinte filma Le Train Sans Yeux. 

Em 1926 chama a atenção dos críticos e do público com Rien Que Les Heures. Também produz pequenas comédias para a Paramount. Muda-se para Londres em 1933, onde inicia nova fase na carreira, a de documentarista. 

Ao lado de John Grierson, realiza inúmeros trabalhos para o General Post Office (GPO) e constrói uma das filmografias mais importantes do documentário mundial. Do GPO passa para a Ealling Films, na qual faz filmes de ficção e documentários, entre eles, sua obra-prima, Na Solidão da Noite (1946). 

Em 1949 retorna ao Brasil e assume a direção geral do estúdio Vera Cruz, em que fica pouco tempo, até montar sua produtora, a Kino Filmes, responsável pelos longas-metragens Simão, o Caolho (1952) e Mulher de Verdade (1954). Em 1952 escreve Filme e Realidade, um clássico da bibliografia sobre cinema no Brasil. 

De volta à Europa, filma na Áustria O Senhor Puntilla e Seu Criado Matti (1955), adaptação da obra de Bertolt Brecht, de quem se torna amigo.

 Em 1960 passa a produzir filmes para a televisão, em especial na França. 

Volta mais uma vez ao Brasil em 1977, mas se decepciona com o país, que não reconhece seu trabalho nem apóia seus projetos. Ainda assim, faz Um Homem e o Cinema, filme-antologia sobre sua produção. 

Volta a Paris em 1980, onde morre de embolia cerebral.

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domingo, 13 de julho de 2014

LIMA BARRETO - BIOGRAFIA


13/5/1881, Rio de Janeiro (RJ)
1/11/1922, Rio de Janeiro (RJ)
Afonso Henriques de Lima Barreto era mestiço, filho de um tipógrafo e de uma professora , que morreu quando ele tinha apenas sete anos. Estudou no Colégio Pedro 2o e depois cursou engenharia na Escola Politécnica. Ainda estudante, começou a publicar seus textos em pequenos jornais e revistas estudantis.

Com o agravamento do estado de saúde de seu pai, que sofria de problemas mentais, abandonou a faculdade e passou a trabalhar na Secretaria de Guerra, ocupando um cargo burocrático. Grande cronista de costumes do Rio de Janeiro, Lima Barreto passou a colaborar para diversas revistas literárias, como "Careta", "Fon-Fon" e "O Malho".

Seu primeiro romance, "Recordações do Escrivão Isaías Caminha", foi parcialmente publicado em 1907, na Revista Floreal, que ele mesmo havia fundado. Dois anos depois, o romance foi editado pela Livraria Clássica Editora. Em 1911, Lima Barreto publicou um de seus melhores romances, "Triste Fim de Policarpo Quaresma", e em 1915, a sátira política "Numa e a Ninfa".

Lima Barreto militou na imprensa, durante este período, lutando contra as injustiças sociais e os preconceitos de raça, de que ele próprio era vítima. Em 1914 passou dois meses internado no Hospício Nacional, para tratamento do alcoolismo. Neste mesmo ano foi aposentado do serviço público por um decreto presidencial.

Em 1919 o escritor foi internado novamente num sanatório. As experiências deste período foram narradas pelo próprio Lima Barreto no livro "Cemitério dos Vivos". Nesse mesmo ano publicou a sátira "Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá", inspirada no Barão do Rio Branco, e ambientada no Rio de Janeiro.

Lima Barreto candidatou-se em duas ocasiões à Academia Brasileira de Letras. Não obteve a vaga, mas chegou a receber uma menção honrosa. Em 1922 o estado de saúde de Lima Barreto deteriorou-se rapidamente, culminando com um ataque cardíaco. O escritor morreu aos 41 anos, deixando uma obra de dezessete volumes, entre contos, crônicas e ensaios, além de crítica literária, memórias e uma vasta correspondência. Grande parte de seus escritos foi publicada postumamente.
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sábado, 19 de abril de 2014

WAGNER - BIOGRAFIA





Wilhelm Richard Wagner, compositor, maestro, intelectual, ativista político e representante do neo-romantismo alemão, cuja obra influenciou a música ocidental. Wagner nasceu em uma família de artistas.

Viveu cerca de três anos em Paris e, em 1842, com 29 anos, retornou a Alemanha onde sua ópera "Rienzi" foi encenada.

Nomeado regente da ópera real, ocupou esse posto até 1849. Escreveu artigos defendendo a revolução alemã de 1848, que fracassou. Fugiu da Alemanha e não pode ver a primeira apresentação de "Lohengrin", feita por Liszt em 1850.

De 1849 a 1852 escreveu obras impressas como "Arte e Revolução", "A Arte do Futuro", "Uma comunicação a meus amigos", e "Opera e Drama", que delineou um novo tipo de teatro musical.

Dirigiu concertos da Filarmônica de Londres em 1855 e viveu em Zurique até 1858. Wagner acreditava na criação de uma música nacional que, baseada nos mitos de origem do povo alemão e na criação da identidade coletiva, fosse capaz de educar e formar um novo homem, uma nova sociedade. Abertamente anti-semita, denunciou a "judaização" da arte moderna, conclamando por uma "guerra de libertação". Talvez por isso tenha sido o compositor preferido de Hitler.

Influenciado pela filosofia de Schopenhauer, escreveu "Tristão e Isolda"(1857-59), inspirado no seu perdido amor por Mathilde Wesendonk, que causou sua separação de sua esposa Minna. Devido a esse caso amoroso, trocou Zurique por Veneza.

Em 1859 foi a Paris, e, em 1861, anistiado, retornou à Alemanha e depois viajou para Viena, onde desenvolveu seu trabalho como compositor até 1864, quando teve de fugir para não ser preso, devido a débitos financeiros.

Chegou sem dinheiro em Stuttgart e quem o ajudou foi Ludwig 2o, o jovem rei da Bavária, seu grande admirador, que o chamou para viver em Munique. Wagner estava com 51 anos e pelos seis anos seguintes apresentou, com sucesso, suas óperas na capital da Bavária. Porém, novamente ficou endividado, além de tentar imiscuir-se na política do reino e de se tornar amante de uma filha casada de Liszt, que lhe deu três filhos, mesmo antes de se divorciar e casar-se com ele em 1870. O rei decidiu alojá-lo em Triebschen, no lago de Lucerna.

Em 1869 Wagner retomou o projeto da tetralogia "O anel dos Nibelungos". Convencido de que precisaria de um teatro especial para apresentar aquela obra, Wagner concebeu o Teatro Bayreuth, na Bavária, com o apoio do rei. O teatro foi inaugurado em 1876, com a apresentação do "O anel dos Nibelungos".


  

Wagner permaneceu em Bayreuth, salvo viagens para concertos em Londres e na Itália. Durante esses anos ele compôs seu último trabalho, o drama "Parsifal", iniciado em 1877 e apresentado em 1882. Ditou para a esposa sua autobiografia e morreu em Veneza.

Dom Pedro 2o desejava muito que Carlos Gomes fosse estudar música na Alemanha. O imperador brasileiro era grande admirador da obra de Wagner, colaborando, inclusive, com a construção do Teatro Bayreuth. No entanto, Gomes preferiu a Itália, terra de Verdi.



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sábado, 22 de fevereiro de 2014

CARLOS GOMES - BIOGRAFIA

                                           

                                                            
Carlos Gomes

Uma trajetória notável

Nascido em Campinas, interior de São Paulo, Antônio Carlos Gomes (1836-1896) teve o mérito de nascer pobre numa cidade pouco importante (imaginem Campinas em 1836) de um país atrasado e de fazer sucesso num dos mais importantes teatros de ópera do mundo, o Teatro alla Scala de Milão. 
Equivaleria, nos dias de hoje, a um cineasta nascido de família pobre no interior de Goiás ir para Los Angeles e em sete anos ganhar um Oscar. Só isto já faria dele um verdadeiro herói nacional. 
Se pensarmos que este sucesso retumbante que aconteceu na estreia da ópera Il Guarany na noite de 19 de março de 1870, aconteceu a um músico de apenas 34 anos de idade, vemos que as injustiças ao primeiro compositor brasileiro a adquirir renome internacional foram terríveis. Começaram ainda no século XIX e se estendem até os dias de hoje.



Primeira grande injustiça: os republicanos

Carlos Gomes foi estudar na Europa com apoio pessoal do Imperador Dom Pedro II. Além de uma ajuda financeira o Imperador, extremamente culto e bem relacionado com o meio cultural europeu, abriu caminho para o jovem músico não só através de meios financeiros mas por meio de cartas de recomendação. 
A estreia brasileira de sua ópera mais conhecida, Il Guarany, no mesmo ano da estreia europeia, foi um grande êxito para o império brasileiro, e sua ópera Lo Schiavo (O escravo) foi dedicada à princesa Isabel em 1887, pouco antes de ela ter assinado a Lei Áurea. 
Quando a república foi proclamada em 1889 a situação de Carlos Gomes ficou bem incômoda frente aos novos governantes. Esta guinada política coincide com o início da doença que iria lhe tirar a vida. 
Os militares republicanos recusaram oferecer a ele a direção do Conservatório de Música do Rio de Janeiro, sendo que sua única opção foi aceitar um cargo em Belém do Pará, cargo este que nem chegou a ocupar formalmente, visto que a doença o matou logo depois de sua chegada ao Pará em 1896. 
A maneira sórdida como os sórdidos implantadores da república o tratou foi a primeira grande injustiça que sofreu, ainda em vida, nosso maior compositor do romantismo musical.


Segunda grande injustiça: os modernistas

No magnífico livro “Carlos Gomes – Um tema em questão: a ótica modernista e a visão de Mário de Andrade” do maestro Lutero Rodrigues (Editora Unesp) podemos tomar contato com a maneira que os artistas paulistas viam a obra de Carlos Gomes. 
Pouco antes de acontecer a “Semana de Arte Moderna” de 1922 Oswald de Andrade publicou um longo texto com as seguintes ofensas ao compositor: “Carlos Gomes é horrível.(…)De êxito em êxito, o nosso homem conseguiu difamar profundamente o seu país, fazendo-o conhecido através dos Peris de maiô cor de cuia e vistoso espanador na cabeça, a berrar forças indômitas em cenários terríveis”. Cito apenas uma pequena parte do que Oswald de Andrade escreveu a respeito. Ele chama a arte de Gomes de “inexpressiva, postiça, nefanda…”, e estas opiniões abalaram de forma decisiva o prestígio do compositor. 
Em 1936, o centenário do nascimento do músico foi comemorado como uma espécie de resgate do “Estado novo”. As punhaladas que Mario e Oswald de Andrade deram no compositor foram minimizadas. Numa época em que as óperas de Carlos Gomes eram montadas com frequência, tanto no Brasil como no exterior, fizeram destes raivosos comentários uma coisa vista como meras excentricidades.

Terceira grande injustiça: o esquecimento
 nos dias de hoje

Se os republicanos decretaram o ostracismo de Carlos Gomes, se os Modernistas o chamaram de vergonha nacional, o meio musical brasileiro dos dias de hoje comete uma injustiça tão grande como as duas já citadas. 
A obra de Carlos Gomes é raramente executada. Exemplo disso é nossa melhor orquestra, a OSESP, que simplesmente ignora o grande compositor. Na recente excursão europeia a orquestra, que brilhou executando a Primeira Sinfonia de Mahler, executou como abertura em diversos concertos um arremedo sem graça em cima do hino nacional composto por uma autora mais ligada à música popular.
 Por que não abrir o concerto com páginas sinfônicas de grande beleza e efeito do compositor campineiro como a “Alvorada” da ópera Lo Schiavo, ou a abertura de Il Guarany? O famoso maestro italiano Giusepe Sinoppoli (1946-2001), por exemplo, costumava abrir alguns concertos na Alemanha com as aberturas das óperas “Fosca” e “Il Guarany”, coisa raramente feita aqui. 


As partes orquestrais das óperas menos conhecidas do compositor (Maria Tudor, Condor) estão se desfazendo, e em breve não será mais possível executá-las. 
Nas décadas de 50,60, 70 e 80 o Theatro Municipal do Rio de Janeiro e o de São Paulo executavam com frequência as óperas do mestre, e artistas internacionais como o tenor Mario del Monaco e o soprano Antonieta Stella mantinham Il Guarany e Lo Schiavo em seus repertórios. Isto tudo virou passado. 
Em São Paulo havia um maestro que defendia com unhas e dentes a obra de nosso conterrâneo: Armando Belardi. A convicção com a qual ele dirigia as obras de Carlos Gomes não sai de minha memória. 
O famoso tenor espanhol Plácido Domingo se interessou pela obra mais conhecida do compositor, Il Guarany, mas mesmo com ele cantando exemplarmente a gravação que ele realizou não decolou pela falta de comprometimento da equipe. 
Se a obra se chama “ópera ballo” por que cargas d’água cortaram o ballet, uma das páginas mais interessantes da obra? Aliás, mesmo com condições técnicas inferiores é bem preferível a gravação feita em 1959 em São Paulo com a impecável e comprometida regência de Armando Belardi e com a participação da eterna Niza de Castro Tank. 
Aliás, vale a pena ressaltar que junto ao Theatro Municipal de São Paulo há um belíssimo monumento homenageando o compositor, mas este mesmo teatro não monta uma obra de Carlos Gomes há décadas. 
O Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que já montou obras importantes do autor, encontra-se de tal forma sucateado que também não monta nada do compositor há muito tempo.
  


Fatos e versões

Algo bem prejudicial a Carlos Gomes é compara-lo a Giuseppe Verdi. Sem dúvida o compositor italiano possuía um tipo de genialidade que o brasileiro não tinha. Mas se o Brasil fosse um país que tomasse mais a sério a sua produção cultural poderíamos perceber, e defender, que Carlos Gomes não fica nada a dever a compositores da mesma época como Amilcare Ponchielli (1834 –1886), autor da famosa ópera “La Gioconda”. 
Muitas pessoas criticam que o índio Peri canta em italiano, mas estas mesmas pessoas esquecem que isso era uma convenção da época. Poderíamos criticar então que os espanhóis em “Le nozze di Figaro” de Mozart cantaram em italiano para um público austríaco, mas isto também seria um completo absurdo. 
A obra de Carlos Gomes tem um valor indiscutível, e conhece-la é de uma enorme importância para nós brasileiros. 
A bibliografia sobre o compositor é dificilmente encontrada e nem sempre de alto nível. Lamento, por exemplo, o desaparecimento total do livro “Uma força indômita” do musicólogo Marcus Góes, editado pela Secretaria de Cultura do Pará, o mais bem documentado estudo sobre o compositor. Ele aparece à venda no Mercado Livre por R$ 250,00, como uma raridade!!! 
Não posso deixar de registrar aqui os grandes defensores da obra do compositor. Perdão pelos esquecidos. Inicialmente o soprano Niza de Castro Tank, grande artista, que fez um trabalho de resgate da obra de seu quase conterrâneo (ela nasceu em Limeira) e que sempre cantou a música de Carlos Gomes com uma fé inquebrantável. Em outubro de 1992 tive um dos maiores privilégios de minha vida quando executei com ela em Brasília o Oratório “Colombo”. Já falei da arte do maestro Armando Belardi, mas destaco também a fé e energia do maestro Eleazar de Carvalho. Quem o viu regendo Lo Schiavo sabe o que quero dizer com “fé inquebrantável”. Dois barítonos não me saem da mente: Fernando Teixeira e Rio Novello. Eles também me fizeram acreditar na genialidade do compositor. 
Com tanto desprezo e esquecimento creio que Carlos Gomes será, em pouco tempo, lembrado apenas como nome de rua e de praça, e será tido para muitos como um político…
Artigo do maestro Osvaldo Colarusso

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