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domingo, 17 de agosto de 2014

ALBERTO DE ALMEIDA CAVALCANTI - BIOGRAFIA

                          

                                 Alberto de Almeida Cavalcanti


Cineasta fluminense. Primeiro brasileiro a alcançar destaque no cinema internacional.Alberto de Almeida Cavalcanti (6/2/1897-23/8/1982) nasce na cidade do Rio de Janeiro. 


Filho de um major do Exército, inicia seus estudos na Escola Militar e chega a cursar um ano de direito. 

Em 1913 muda-se para a Suíça, onde se forma em arquitetura pela Faculdade de Belas-Artes de Genebra. 

Ao terminar a I Guerra Mundial, transfere-se para Paris e conhece o cineasta Marcel L'Herbier, que o convida para participar como cenógrafo do filme Ressurreição. A partir daí começa sua longa trajetória no cinema, que inclui a direção de 58 filmes e 35 produções em diversos países. 


Sua primeira atuação como diretor é em La Jalousie de Barbouillé, em 1924. No ano seguinte filma Le Train Sans Yeux. 

Em 1926 chama a atenção dos críticos e do público com Rien Que Les Heures. Também produz pequenas comédias para a Paramount. Muda-se para Londres em 1933, onde inicia nova fase na carreira, a de documentarista. 

Ao lado de John Grierson, realiza inúmeros trabalhos para o General Post Office (GPO) e constrói uma das filmografias mais importantes do documentário mundial. Do GPO passa para a Ealling Films, na qual faz filmes de ficção e documentários, entre eles, sua obra-prima, Na Solidão da Noite (1946). 

Em 1949 retorna ao Brasil e assume a direção geral do estúdio Vera Cruz, em que fica pouco tempo, até montar sua produtora, a Kino Filmes, responsável pelos longas-metragens Simão, o Caolho (1952) e Mulher de Verdade (1954). Em 1952 escreve Filme e Realidade, um clássico da bibliografia sobre cinema no Brasil. 

De volta à Europa, filma na Áustria O Senhor Puntilla e Seu Criado Matti (1955), adaptação da obra de Bertolt Brecht, de quem se torna amigo.

 Em 1960 passa a produzir filmes para a televisão, em especial na França. 

Volta mais uma vez ao Brasil em 1977, mas se decepciona com o país, que não reconhece seu trabalho nem apóia seus projetos. Ainda assim, faz Um Homem e o Cinema, filme-antologia sobre sua produção. 

Volta a Paris em 1980, onde morre de embolia cerebral.

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