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sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

ARTUR AZEVEDO - BIOGRAFIA

                                                    
                                                   ARTUR AZEVEDO
Contista, teatrólogo, poeta e jornalista, Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís, Maranhão, no dia 7 de julho de 1855, filho de David Gonçalves de Azevedo, vice-cônsul de Portugal em São Luís, e Emília Amália Pinto de Magalhães.

Desde criança, demonstrou aptidão para o teatro, brincando com adaptações de textos e escrevendo peças que ele mesmo representava. 

Escreveu sua primeira peça, Amor por Anexins, em 1872, obtendo grande sucesso de público. Lançou também diversas comédias que foram encenadas nos teatros de São Luís. 

Trabalhou no comércio e na administração provincial, de onde foi demitido por ter publicado sátiras contra autoridades do governo. Após sua demissão, submeteu-se a um concurso para amanuense da Fazenda, conseguindo a classificação e transferindo-se para o Rio de Janeiro, onde obteve um emprego no Ministério da Agricultura, em 1873.

Exerceu também, no Rio, o cargo de professor de português no Colégio Pinheiro. Porém foi no jornalismo, que fez sua carreira de contista e teatrólogo.

Trabalhou em diversos jornais cariocas, entre os quais, O PaísCorreio da Manhã,Diário de NotíciasO SéculoA Notícia, onde escreveu crítica teatral (folhetim O Teatro), além de criar publicações literárias, como as revistas O DomingoRevista dos TeatrosA GazetinhaVida Moderna e O Álbum. Foi colaborador d’ A Estação, ao lado de Machado de Assis, dos jornais O Mequetrefe e Novidades.

Escreveu milhares de artigos, principalmente sobre teatro, utilizando vários pseudônimos, entre os quais, Elói o Herói, Gavroche, Petrônio, Cosimo, Juvenal, Dorante, Frivolino, Batista o Trocista.

Era um abolicionista ferrenho, defendendo a abolição da escravatura em artigos de jornal e peças de teatro, como O Liberato e A família Salazar. Esta  última, em parceria com Urbano Duarte, foi proibida pela censura do Império, sendo posteriormente publicada com o título de O escravocrata

Dirigiu a Revista do Teatro, com Lopes Cardoso, e foi um dos grandes responsáveis pela criação do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, cuja inauguração, em 14 de julho de 1909, não conseguiu presenciar, tendo falecido no ano anterior.
Contemporâneo de Olavo Bilac e Coelho Neto, foi, ao lado do irmão Aluísio de Azevedo, um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, criando a cadeira nº 29, cujo patrono é Martins Pena.

No início das suas atividades teatrais, traduziu e adaptou comédias francesas. Atento observador dos hábitos da então capital da República, tanto no conto quanto no teatro, escreveu sobre o cotidiano carioca, retratando relações conjugais, familiares, cerimônias festivas e fúnebres, acontecimentos das ruas e das casas, narrando e comentando de forma maliciosa e irônica a vida do Rio de Janeiro na época. Sua obra retrata os costumes da sociedade brasileira no final do Império e início da República.

É autor de comédias, operetas e burletas (farsa jocosa, geralmente musical), que dominaram o cenário teatral brasileiro no final do século XIX. São cerca de cem peças de vários gêneros, encenadas em palcos brasileiros e portugueses. Ainda hoje, peças como A jóiaA capital federalO mambembe continuam sendo apresentadas em diversos palcos. 

Arthur Azevedo também se dedicou à poesia, sendo um dos representantes do parnasianismo, ao conto e ao teatro de revista, sendo considerado um dos maiores teatrólogos nesse gênero. 

Da sua obra, podem ser destacadas, por gênero:


TEATRO: 

Amor por anexins (1872); A filha de Maria Angu (1876); Uma véspera de Reis (1876);Jóia (1879); O Mandarim (em colaboração com Moreira Sampaio, reunião de O Liberato e A famíia Salazar, 1884); Cocota (1885, em parceira com Moreira Sampaio);O Bilontra (escrita com Moreira Sampaio, 1886); Mercúrio (1886); O Carioca (em colaboração com Moreira Sampaio, 1887); O Barão de Pitaçu (opereta, 1887); O Homem (em parceria com Moreira Sampaio, 1887); A almanjarra (1888); Fritzmac eDona Sebastiana (ambas em parceria com Aluísio de Azevedo, 1888 e 1889, respectivamente); A República (em parceira com o Aluísio de Azevedo, 1890); Viagem ao Parnaso (1890); O Tribofe (1892); O Major (1894); A Fantasia (1895); Capital Federal (1897); O Jagunço (1898); Gavroche (1898); Comeu! (1901); O retrato a óleo(1902); O mambembe (1904); Guanabara (com Gastão Bousquet, 1905); O dote (1907); O ano que passa (1907); O oráculo (1956) e Teatro (1983), ambas póstumas.

CONTOS E POESIA:

Carapuças (poesia, 1871); Sonetos (1876); O Rio de Janeiro (com Lino d'Assumpção, 1877); Um dia de finados (sátira, 1877); Tal qual como lá (com França Júnior, 1879);Contos possíveis (1889); Contos fora da moda (1894); Contos efêmeros (1897);Contos em verso (1898); Rimas (poesia, 1909); Contos cariocas (1928); Vida Alheia(1929); Histórias brejeiras (1962); Contos (1973).
Arthur Azevedo morreu na cidade do Rio de Janeiro, no dia 22 de outubro de 1908

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