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sexta-feira, 17 de abril de 2015

NELSON RODRIGUES - BIOGRAFIA

                    

                                            Nelson Rodrigues


Dramaturgo, nascido no Recife e criado no Rio de Janeiro, deixou legado de 17 peças, além de romances, contos e crônicas


Nelson Falcão Rodrigues nasceu no Recife, em 1912. Aos 5 anos, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, indo morar na Rua Alegre, em Aldeia Campista, bairro que depois seria absorvido pelos vizinhos Andaraí, Maracanã, Tijuca e Vila Isabel. 

Em contato com a imaginação fértil do futuro escritor, a realidade da Zona Norte carioca, com suas tensões morais e sociais, serviu como fonte de inspiração para Nelson construir personagens memoráveis e histórias carregadas de lirismo trágico.

Aos 13 anos, ingressa na carreira de jornalista, trabalhando como repórter policial em A Manhã, um dos jornais fundados por seu pai, Mário Rodrigues, que marcaram época – o segundo foi Crítica, palco de uma tragédia que abalaria o dramaturgo profundamente: o assassinato de seu irmão, o ilustrador e pintor Roberto Rodrigues, em 1929.

Lado a lado com o teatro, o jornalismo foi para ele um ambiente privilegiado de expressão. Dentre seus textos propriamente jornalísticos, destacam-se aqueles dedicados ao futebol, em que empregou toda sua veia dramática, transformando partidas em batalhas épicas e jogadores em heróis. Trabalhou nos mais diversos jornais e revistas, assinando artigos e crônicas, como a popular e discutida coluna “A Vida Como Ela É…”.

Em 1943, a consagração no Teatro Municipal do Rio de Janeiro: sua segunda peça, Vestido de Noiva, montada por um grupo amador, Os Comediantes, dirigida pelo polonês recém-imigrado Ziembinski e com cenários de Tomás Santa Rosa, revolucionava a maneira de se fazer teatro no Brasil. Sua peça seguinte, Álbum de Família, de 1946, que trata de incesto, foi censurada, sendo liberada apenas duas décadas depois. Dali em diante, sua obra despertaria as mais variadas reações, nunca a indiferença.

O prestígio alcançado pelo reconhecimento de seu talento não livrou-o de contestações ou perseguições. Classificado pelo próprio Nelson Rodrigues como “desagradável”, seu teatro chocou plateias, provocando não apenas admiração, mas também repugnância e ódio, sentimentos muitas vezes alimentados por seu temperamento inclinado à polêmica e à autopromoção.

Nelson Rodrigues morreu no Rio de Janeiro, em 1980, aos 68 anos. Além dos romances, contos e crônicas, deixou como legado 17 peças que, vistas em conjunto, colocam-no entre os grandes nomes do teatro brasileiro e universal.

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quarta-feira, 15 de abril de 2015

MÁRIO LAGO - BIOGRAFIA

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Mário Lago (1911-2002) foi compositor, ator, poeta, radialista e advogado brasileiro. Entre suas músicas mais famosas estão "Ai que Saudades da Amélia" e "Atire a Primeira Pedra", feitas em parceria com Ataúlfo Alves. A marcha carnavalesca "Aurora" que ficou famosa na voz de Carmem Miranda foi feita em parceria com Roberto Roberti e "Nada Além" feita em parceria com Custódio Mesquita famosa na voz de Orlando Silva.

 Atuou em várias novelas, entre elas, "O Casarão", "Pecado Capital" e "Brilhante". Participou de peças de teatro e filmes como "Terra em Transe" de Glauber Rocha. Militante político foi preso várias vezes.

Mário Lago (1911-2002) nasceu no Rio de Janeiro no dia 26 de novembro. Filho único do maestro Antônio Lago e de Francisca Maria Vicência Croccia Lago. Desde cedo dedicou-se às letras, publicou seu primeiro poema aos 15 anos. Formou-se em Direito em 1933, exercendo a profissão por poucos meses. Foi casado com Zeli com quem teve sete filhos.

Militante político do antigo Partido Comunista Brasileiro, foi amigo de Oscar Niemeyer e de Luís Carlos Prestes, a quem homenageou com o nome de um filho. Sua estreia como letrista de música popular foi com "Menina, Eu Sei de uma Coisa", parceria com Custódio Mesquita, gravada em 1935 por Mário Reis. Três anos depois, Orlando Silva realizou a famosa gravação do fox "Nada Além", da mesma dupla de autores. Entre suas músicas mais célebres estão "Ai que Saudades da Amélia" e "Atire a Primeira Pedra", ambas interpretadas por Ataúlfo Alves, "É Tão Gostoso, Seu Moço", com Chocolate, que ficou conhecida na voz de Nora Ney, "Número Um" com Benedito Lacerda, o samba "Fracasso" e a marcha carnavalesca "Aurora", em parceria com Roberto Roberti, famosa na interpretação de Carmem Miranda, "Amélia", com seus versos "Amélia não tinha a menor vaidade/ Amélia é que era mulher de verdade", ficou tão popular que o termo se tornou sinônimo de mulher submissa, dedicada aos trabalhos domésticos e que não reclama.

Mário Lago ficou conhecido do grande público graças a seu trabalho como ator. Desde a época das novelas de rádio até a televisão, onde participou de novelas como "Casarão", "Pecado Capital" e "Brilhante", entre muitas outras. Também atuou em peças de teatro e filmes, como "Terra em Transe", de Glauber Rocha. É autor dos livros "Na Rolança do Tempo" (1976), "Bagaço de Beira-Estrada" (1977) e "Meia Porção de Sarapatel" (1986). Foi biografado por Mônica Velloso em 1998 no livro "Mário Lago: boêmia e política".

Desde o começo de 2002, Mário Lago lutava contra graves problemas de saúde, principalmente um enfisema crônico que sacrificava muito sua respiração e que já tinha sido responsável por sua internação em estado grave em janeiro, vítima de uma pneumonia bacteriana.





Era um artista completo, que atuava em diversos setores, no teatro, no cinema, na literatura, na música e na televisão. Fez diversas novelas de sucesso, como "Dancing Days" e "Pecado Capital", entre outras. Mais recentemente, para trabalhar em "O Clone", tinha de aspirar oxigênio no intervalo das gravações.

A importância do jovem Mário, intelectual e politizado, no ambiente do incipiente teatro brasileiro de revista pode ser medida pelo episódio em que o parceiro, na marcha Aurora, entre outras, Roberto Martins o procurou, à saída do teatro, para lhe pedir um favor. Mário já estava acostumado a ser procurado pelo amigo quando Martins tinha algum pedaço de música à espera de uma tirada poética ou complemento melódico. 

Desta vez, porém, a conversa era outra. "Não trago música nenhuma Mario, é que tem um cantor aí precisando trabalhar e eu queria pedir para você ajudá-lo, que ele é muito bom...", argumentou Martins. Assim começava a carreira de Carlos Galhardo, um dos mais populares cantores da era do rádio, pelas mãos de Mário, que já fazia sucesso com "Nada Além", gravado por Orlando Silva, e deu a Galhardo a oportunidade de gravar "Será?" e "Devolve". ´

Sobre o tempo, Mário dizia: "Discordo quando as pessoas falam "no meu tempo...". Meu tempo é hoje. Fiz um acordo com o tempo: nem ele me persegue e nem eu fujo dele. Um dia a gente se encontra".
Mário Lago morreu no dia 30 de maio de 2002, no Rio de Janeiro.

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domingo, 12 de abril de 2015

CECÍLIA MEIRELES - BIOGRAFIA

                       
                                                  Cecília Meireles

Cecília Meireles é uma das grandes escritoras da literatura brasileira. Seus poemas encantam os leitores de todas as idades. Nasceu no dia 7 de novembro de 1901, na cidade do Rio de Janeiro e seu nome completo era Cecília Benevides de Carvalho Meireles.

Sua infância foi marcada pela dor e solidão, pois perdeu a mãe com apenas três anos de idade e o pai não chegou a conhecer (morreu antes de seu nascimento). Foi criada pela avó Dona Jacinta. Por volta dos nove anos de idade, Cecília começou a escrever suas primeiras poesias.  

Formou-se professora (cursou a Escola Normal) e com apenas 18 anos de idade, no ano de 1919, publicou seu primeiro livro “Espectro” (vários poemas de caráter simbolista). Embora fosse o auge do Modernismo, a jovem poetisa foi fortemente influenciada pelo movimento literário simbolista. 

No ano de 1922, Cecília casou-se com o pintor Fernando Correia Dias. Com ele, a escritora teve três filhas.  

Sua formação como professora e interesse pela educação levou-a a fundar a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro no ano de 1934. 

Escreveu várias obras na área de literatura infantil como, por exemplo, “O cavalinho branco”, “Colar de Carolina”, “Sonhos de menina”, “O menino azul”, entre outros. Estes poemas infantis são marcados pela musicalidade (uma das principais características de sua poesia). 

O marido suicidou-se em 1936, após vários anos de sofrimento por depressão. O novo casamento de Cecília aconteceu somente em 1940, quando conheceu o engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira.  

No ano de 1939, Cecília publicou o livro Viagem. A beleza das poesias trouxe-lhe um grande reconhecimento dos leitores e também dos acadêmicos da área de literatura. Com este livro, ganhou o Prêmio de Poesia da Academia Brasileira de Letras. 

Cecília faleceu em sua cidade natal no dia 9 de novembro de 1964.  


Relação de suas obras: 

Espectro - 1919

Criança, meu amor - 1923

Nunca mais... - 1923

Poema dos Poemas -1923

Baladas para El-Rei - 1925

O Espírito Vitorioso - 1935

Viagem - 1939

Vaga Música - 1942

Poetas Novos de Portugal - 1944

Mar Absoluto - 1945

Rute e Alberto - 1945

Rui — Pequena História de uma Grande Vida - 1948

Retrato Natural - 1949

Amor em Leonoreta - 1952

12 Noturnos de Holanda e o Aeronauta - 1952

Romanceiro da Inconfidência -1953

Poemas Escritos na Índia - 1953

Batuque - 1953

Pequeno Oratório de Santa Clara - 1955

Pistóia, Cemitério Militar Brasileiro - 1955

Panorama Folclórico de Açores -1955

Canções - 1956

Giroflê, Giroflá - 1956

Romance de Santa Cecília - 1957

A Rosa - 1957

Obra Poética -1958

Metal Rosicler -1960

Solombra -1963

Ou Isto ou Aquilo -1964

Escolha o Seu Sonho - 1964  

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sexta-feira, 10 de abril de 2015

BRANCUSI - BIOGRAFIA



Tudo começou com
o artesanato

     Pioneiro da escultura abstrata, Brancusi tentou chegar às formas mais despojadas, libertando-se das aparências de superfície para revelar a beleza intrínseca dos próprios materiais utilizados.

                          
     Constantin Brancusi nasceu em Hobita, Romênia, em 21 de fevereiro de 1876. Descendente de uma família de camponeses, na infância foi pastor de ovelhas e aprendeu a ler e escrever sozinho.

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     Em contato com a arte popular romena do entalhe em madeira, estudou na Escola de Artes e Ofícios de Craiova (1894 a 1898) e, graças a uma bolsa, na Escola de Belas-Artes de Bucareste (1898-1902).

O Andarilho

     No segundo trimestre de 1904, após breve permanência em Munique, foi a pé para Paris, onde passou a maior parte da vida.

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     A princípio trabalhou num restaurante e, como cantor, na Igreja Ortodoxa.
     Até 1907, estudou com Antonin Mercié, escultor acadêmico de tradição florentina. Recusou-se a freqüentar o ateliê de Rodin, por desejar romper com o naturalismo.

Adotando o abstrato

     A partir daí, graças sobretudo a suas relações com artistas de vanguarda, como Max Jacob, Apollinaire, Picasso, Léger e Modigliani, Brancusi criou estilo próprio, abandonando o nu e toda a temática romântica.

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     Seu primeiro grande trabalho foi "Le Baiser" (1908; "O beijo"). Na primeira versão de "La Muse endormie" (1908; "A musa adormecida"), em mármore, os traços fisionômicos apenas sugeridos e o tipo do modelado ainda lembram a escola de Rodin.

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     Já na segunda versão, em pedra (1909), e nas posteriores, em bronze (1910, 1911 e 1912), os volumes já estão reduzidos aos ovóides fundamentais, tornando-se puramente vestigiais as feições remanescentes.

O ovo nasceu primeiro

     O ovo, essência das coisas, aparece com freqüência na obra de Brancusi, como em "Prométhée" (1911; "Prometeu") e "Le Nouveau-Né" (1915; "O recém-nascido"). Em 1924 o escultor criou um ovo propriamente dito, de mármore, a que chamou "Le Commencement du monde" ("O começo do mundo"). Era, disse, "escultura para cegos".

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     A elaboração repetida de um assunto é típica de sua maneira: os "Oiseaux" ("Pássaros") começa com seu "Maiastra", pássaro do folclore romeno, em mármore (1912), hoje no Museu de Arte Moderna de Nova York.

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     O tema progride até chegar à sua 28a versão (1940), em que o ser mitológico já é apenas "L'Oiseau dans l'espace" ("O pássaro no espaço"), representações em bronze polido daquilo que Brancusi tentava figurar desde o princípio, a "essência do ovo".

Arte ou contrabando ?

     Em 1925 o artista enfrentou o governo americano em controvertida disputa judicial, por ter a alfândega dos Estados Unidos procurado impedir a entrada de uma das versões dessa obra.

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     Ignorantes da arte abstrata, os fiscais criaram uma polêmica inusitada, insistindo que "L'Oiseau dans l'espace" não era obra de arte, mas contrabando de bronze.
    Nesse episódio prevaleceu a lógica e o escultor ganhou a questão, firmando jurisprudência no assunto.

O sucesso chega

     Considerado em sua época um "artista difícil", só na maturidade Brancusi conseguiu sucesso de público.

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     Em 1937-1938 compôs um conjunto de esculturas monumentais ao ar livre para a cidade romena de Targu-Jiu, dominado pela "Colonne sans fin" ("Coluna sem fim"), em metal dourado e com mais de trinta metros de altura.

     Abraçando a França como sua segunda pátria, Brancusi morreu em Paris, em 16 de março de 1957.


Fonte: Encyclopaedia Britannica do Brasil


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segunda-feira, 6 de abril de 2015

SYLVIO MAZZUCCA - BIOGRAFIA

                                       


                                                      Sylvio Mazzucca 

Nasceu na capital paulista, em 21 de maio de 1919. Cresceu no bairro paulistano do Bexiga e começou a aprender piano aos 17 anos com a professora Helena de Aquino e Silva.  Nos anos  40, estudou harmonia com o professor Savino de Benedictis. E a seguir, foi ser profissional, como pianista, compositor e regente de orquestra. Começou sua carreira profissional, em 1932, tocando em clubes do Bairro do Bexiga. Em 1938, passou a tocar na Orquestra da Rádio Tupi de São Paulo e depois da Rádio Difusora, quando elas se uniram. 


                                 



Tocava piano e vibrafone. Gravou seu primeiro disco, pela Companhia Odeon, em 1947,que se chamou: "Guararé" e logo a seguir gravou: "Qui Nem Jiló". Em 1951, gravou:"Me Gusta El Mambo" , músicas de sua autoria,e algumas músicas de Zequinha de Abreu, tal como "Tico-Tico no Fubá".  Gravou também: You Only You", música sua e que ficou sendo  o prefixo de sua orquestra. Na década de 50 foi o regente da orquestra mais solicitada para festas e bailes da cidade de  São P aulo e outras localidades. A Orquestra Sílvio Mazzuca era um grande sucesso. Ele, moreno, alto,  elegante sempre e a orquestra"antenada", como se diz hoje em dia, com o que havia de mais moderno à época. Suas composições eram quase sempre apenas Instrumentais. Fez temporadas no Rio de Janeiro e em São Paulo, e tanto em uma cidade, como na outra, era o mais requisitado para os bailes de formatura.

                   


Na década de 50, recebeu o Disco de Ouro, quando lançou 10  LPs pela Odeon. E recebeu o Prêmio Tupiniquim, como Melhor Orquestra, de 1951 a 1958. Teve um programa só seu na TV Bandeirantes. Em 1954, gravou com a Copacabana, o "Mambo do Futebol", de Betinho e Nazareno de Brito, o fox "Neurastênico";  e, de sua autoria, o choro;"Peter Pan". Em 55, gravou ao orgão, o xote: "Aproveita a Festa"e o choro:"Choro Alegre", músicas suas. Em 1957, gravou pela Columbia:"Little Darlin", e o mambo:'Mambo With You". 

                           

Na década de 60, foi diretor musical da TV Excelsior e participou como diretor, dos primeiros festivais realizados em São Paulo.  Continuou sempre com suas viagens e sua orquestra, mas na década de 90, instalou-se em um ônibus especialmente adaptado e aí realizava seus shows, pelo Brasil todo.

                     



Sylvio Mazzucca fez mais de 50  anos de turnês com sua orquestra e sempre com muito sucesso e muito público.  Silvio Mazzucca tem um filho, que também é músico e é acompanhante da cantora Maria Rita. Sylvio Mazzucca faleceu em 22 de janeiro de 2003.

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SILVIO FRÓES - BIOGRAFIA

                          
                                           Silvio Fróes


Ator e diretor com mais de 45 anos de carreira em teatro, TV e Cinema. Professor de teatro nas Oficinas de Minas Gerais e Campinas.
Na TV Globo, trabalhou em novelas como "Duas Vidas", "Dancin Days" e "Bandidos da Falange". No cinema, trabalhou com o diretor Alberto Salvá. Mas foi no teatro que Silvio Froes desenvolveu a maior parte de sua carreira como ator,  iniciando com peças como “Mãos Dadas”, uma coletânea de poemas de Carlos Drummond de Andrade. Em 1968, trabalhou em “A Morta”, de Oswald de Andrade. Logo depois no infantil  “A Volta do Camaleão Alface” da Maria Clara Machado. 
Ao lado de Tonico Pereira, Elba Ramalho, Tânia Alves, Walter Breda, Silvio Froes atuou em espetáculos da companhia teatral de Luiz Mendonça, viajando pelo Norte e pelo Nordeste, por 15 capitais e três cidades do interior, com patrocinio do INACEM (hoje FUNARTE), apresentando espetáculos como “Canção de Fogo” e “A Chegada de Lampião ao Inferno” (esta última atuando com João Francisco dos Santos Sant´Anna, o legendário "Madame Satã", personalidade boêmia das noites do Rio de Janeiro famoso por sua vida polêmica).

                

Rio de Cabo a Rabo, espetáculo musical com Elke Maravilha (ao centro em pé), Silvio Froes (em pé a esquerda), Marco Miranda (em pé a direita), Gugu Olimecha (ajoelhado a direita), e grande elenco.


Trabalhou também no teatro de Revista sob a direção de Carlos Machado, integrando em 1979 o elenco da revista “Rio de Cabo a Rabo”, no Teatro Rival, no Rio de Janeiro (foto á direita).
Depois de trabalhar na novela "Dancin Days" na Tv Globo, atuou no espetáculo “O Bom Burguês”, em São Paulo
Em 1982, dirigiu e atuou em “Brasil Braseiro, o Jazz Brasileiro”, apresentado em Niterói. No Festival de Teatro Infantil, ganhou sete prêmios pelo espetáculo “Sonho Só Sonho”.
Também em Niterói, dirigiu “O Auto da Paixão de Cristo”, no Campo de São Bento, assistido por 4 mil pessoas.
Silvio Fróes pertence à família do ator Leopoldo Fróes, considerado o mais importante ator e empresário tearal brasileiro do inicio do século XX. Leopoldo Fróes foi o fundador do Retiro dos Artistas, instituição de amparo a artistas idosos criada em 1918 e que existe até hoje no Rio de Janeiro.

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PIXINGUINHA - BIOGRAFIA



Pixinguinha
Compositor, instrumentista e arranjador brasileiro
23-4-1897, Rio de Janeiro (RJ)
17-2-1973, Rio de Janeiro (RJ)
Do Klick Educação

Alfredo da Rocha Vianna Filho ou Pixinguinha, nome que mistura o dialeto africano "Pizin Din" (menino bom), dado por uma prima, com "Bexiguinha", por ter contraído bexiga, foi um dos músicos mais importantes da fase inicial da Música Popular Brasileira (MPB). Com um domínio técnico e um dom de improvisação encontrados nos grandes músicos de jazz, é considerado o maior flautista brasileiro de todos os tempos, além de um irreverente arranjador e compositor. Entre suas composições de maior sucesso estão Carinhoso (1923), Lamento e Rosa. Neto de africanos, começou a tocar, primeiro cavaquinho, depois uma flautinha de folha, acompanhando o pai que tocava flauta. Aos 12 anos, compôs sua primeira obra, o choroLata de Leite. Aos 13, gravou seus primeiros discos como componente do conjunto Choro Carioca: São João Debaixo D'ÁguaNhonhô em SarilhoSalve (A Princesa de Cristal). Aos 14, estreou como diretor de harmonia do rancho Paladinos Japoneses e passou a fazer parte do conjunto Trio Suburbano. Aos 15, já tocava profissionalmente em casas noturnas, cassinos, cabarés e teatros. Em 1917, gravou a primeira música de sua autoria, a Valsa Rosa, e, em 1918, o choro Sofres Porque Queres. Nessa época, desenvolveu um estilo próprio, que mesclava seu conhecimento teórico com sua origem musical africana e com as polcas, os maxixes e os tanguinhos. Aos 20 anos formou o conjunto Os Oito Batutas (flauta, viola, violão, piano, bandolim, cavaquinho, pandeiro e reco-reco). Além de ter sido pioneiro na divulgação da música brasileira no exterior, adaptando para a técnica dos instrumentos europeus a variedade rítmica produzida por frigideiras, tamborins, cuícas e gogôs, o grupo popularizou instrumentos afro-brasileiros, até então conhecidos apenas nos morros e terreiros de umbanda, e abriu novas possibilidades para os músicos populares. 


           

Na década de 1940, sem a mesma embocadura para o uso da flauta e com as mãos trêmulas devido à sua devoção ao uísque, Pixinguinha trocou a flauta pelo saxofone, formando uma dupla com o flautista Benedito Lacerda. Fez uma parceria famosa com Vinícius de Moraes, na trilha sonora do filme Sol sobre a Lama, em 1962.

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sábado, 4 de abril de 2015

JOHANN STRAUSS (Pai) - BIOGRAFIA

                               
                                                     Johann Strauss ( Pai)

Neto de um judeu convertido ao catolicismo , a sua mãe morreu de "febre" quando ele tinha sete anos e, quando tinha doze anos, morreu-lhe o pai, afogado no rio Danúbio, tendo, então, a sua madrasta colocado-o como aprendiz de encadernador.
Johann Lichtscheidl deu-lhe aulas de violino e viola também estudou música com Johann Polischansky, conseguindo durante a sua aprendizagem assegurar um lugar numa orquestra local, de Michael Pamer. Em 1825, ele decidiu formar sua própria banda e começou a escrever música (principalmente, música de dança)fez digressões pela Alemanha, os Países Baixos, Bélgica, Inglaterra e Escócia. A condução e gestão desta "Strauss Orchestra" acabaria por passar para as mãos dos seus filhos diversas vezes até à dissolução por Eduard Strauss, em 1901.
O primeiro destes compositores de música ligeira nasceu num bairro pobre de Viena, a 13 de março de 1804, filho de um casal de humildes taberneiros. Antes de o pequeno completar um ano, o pai morreu afogado no Danúbio, talvez em conseqüência de um ato desesperado. 

O segundo marido da mãe, com o tempo, começou a gostar do seu turbulento enteado, rapaz de negros cabelos e olhos brilhantes. Observando como ele gostava de bater o ritmo e fingir que tocava violino, o padrasto comprou-lhe um destes instrumentos. Mesmo na escola o rapaz não se resignou a afastar os dedos das cordas do violino. 

Um dos mestres ouviu-o e resolveu falar aos pais acerca do prometedor talento do garoto. Para aquela gente humilde, ser músico significava ser um vadio inútil e perambular pelas tabernas, tocando em troca de comida e vinho. E colocaram Johann como aprendiz numa oficina de encadernação. O rapaz, sentindo-se contrariado e frustrado, estragou papel e cola, apanhou sovas, desertou da oficina e, finalmente, venceu toda a oposição aos seus desejos, à força de manifestações inconsoláveis de raiva. 

Deste  modo, aos quinze anos, Johann achou-se violonista de uma orquestra de ínfima categoria. Ao lado da sua cabeça negra e encaracolada, brilhava outra, loira, a de Joseph Lanner, também recheada de melodias. Quando este formou a sua própria orquestra, Johann juntou-se-lhe.

Os êxitos sucederam-se rapidamente, porque na época estavam em voga canções sentimentais como as que compunha Lanner. As desavenças surgiram entre os dois artistas ao estrear-se a primeira composição de Strauss sob o nome do seu colega. Indignado, Johann demitiu-se e, com ele, foram-se embora catorze dos melhores músicos de Lanner, que constituíram, desta maneira, o núcleo da primeira orquestra de Strauss.

Dono já do seu futuro e casado com Anna Streim, tão morena e indomável como ele próprio, Johann sentiu o incentivo da ambição. Estudou composição com um amigo de Beethoven e começou a escrever valsas, melodias cheias de desenvoltura e elegância, nunca antes conhecidas no gênero. Ele e o conjunto de músicos que dirigia eram constantemente solicitados. Aos vinte e seis anos, tinha sob a sua regência uma orquestra de duzentos artistas e dava concertos no mais belo salão de baile de Viena.


Subitamente, toda a Europa se sentiu impaciente por ouvir as suas valsas alegres e vertiginosas. Nos anos que se seguiram, Strauss e seus músicos colheram rotundos êxitos na Alemanha, na Holanda e na Bélgica. Conquistaram o entusiasmo de Paris e, em 1838, cruzaram o canal da Mancha para tomar parte nos festejos da coroação da Rainha Vitória da Inglaterra, então com dezenove anos de idade.

Sob a vibração voluptuosa das cordas do seu violino, a sociedade vitoriana viveu um romântico delírio. A valsa, que tanto escândalo causara nos seus princípios, invadiu todos os salões de baile do Império. Para satisfazer os seus compromissos, Strauss teve de percorrer o país a um ritmo tão vivo como o das melodias que incessantemente criava.

               

Como que embriagado pelos seus próprios acordes, Johann estimulava os músicos com a sua espetacular execução; às vezes, dobrava-se sob o violino, outras vezes, erguia-o nos braços, sempre a arrancar-lhe as notas mais fascinantes. Como era de compleição débil, as exibições deste gênero esgotavam-no. Em várias cidades atuou ardendo em febre. Em Calais sofreu um colapso; recusou-se, porém, a descansar. Em Linz, delirante, saiu de noite para a rua, em trajes menores. Por fim, a dois passos da morte, regressou a Viena.

Para Johann, a sua casa, onde a convalescença o enclausurou, converteu-se numa cadeia. Sua mulher suportou-lhe as violências, mantendo quase em silêncio os cinco filhos para que o pai pudesse descansar. Mas, certo dia, o doente ouviu como que um eco da sua própria música... uma valsa de Strauss, interpretada ao violino. 

Desconcertado ( porque os filhos estavam proibidos de tocar este instrumento, se bem que recebessem lições de piano), foi ver o que se passava. Frente a um espelho, movendo-se ao ritmo do violino e dando já mostras do típico estilo de Strauss, o seu filho mais velho, Johann, interpretava a melodia.

Strauss morreu em Vienna em 1849 de "escarlatina" que contraiu a partir de um de seus filhos ilegítimos. Foi enterrado no cemitério ao lado do seu amigo Döblinger Josef Lanner. Em 1904, os seus restos mortais foram transferidos para o túmulo no Cemitério Central de Viena. Hector Berlioz  se prestou a homenagear o "Pai da Valsa' ao comentar que Viena sem Strauss é como a Áustria sem o Danúbio.

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sexta-feira, 3 de abril de 2015

ILTON SILVA - BIOGRAFIA

                            
                                                                   Ilton Silva

Artista autodidata, fez seu primeiro desenho aos 13 anos numa escola em Ponta Porã/MS, onde nasceu em 1944. Pintor, entalhador e escultor, são considerados um mestre da pintura regional. 
Suas primeiras telas eram paisagens e rostos humanos impregnados de conotações sociais. 
Os temas refletiam a infância pobre, a vida em contato com peixes e cavalos e com a gente humilde do Estado, que permitiram-lhe construir um universo simbólico em que o real e o imaginário se cruzam para comunicar o inconsciente coletivo. 
A maioria das telas oscila entre o claro e o escuro, o místico e o real, o metafísico e o terrestre.

 

É um artista que já se utilizou de materiais como carvão e terra para criar. Recebeu prêmios em todos os Salões que participou. 
Hoje, com seus 50 anos entre telas, pintando constantemente dia e noite, brinca dizendo que  “agora sim chegou onde queria”, e enfatiza: “sou apaixonado tanto pela pintura como por tudo que realizo”.
Ilton pinta em óleo sobre tela, usando como espátula tampas de caneta, cartão telefônico e outros. Os pincéis passam bem menos pelas suas mãos: sua criação é mais intuitiva e espontânea. 




Atualmente reside em Curitiba/PR e possui um ateliê em Itapuá/SC, onde vem se inspirando em uma série de cenas do “Litoral” catarinense . Em outra série traz a saudade dos “Ranchos” do Mato Grosso do Sul, e a mais recente novidade é a série “Conceição”, que mostra a história de sua família.


                  


Desde 1991 participa de exposições em Galerias de New York, Portugal, Alemanha e recentemente foi convidado para expor suas mais recentes obras em Paris/França. Suas obras são encontradas nas melhores galerias da região sul e sudeste do Brasil.
Contatos podem ser feitos com os Marchands Zenio Silva e Tânia Carretoni, em Campo Grande/MS. Telefones: 3028.7341 e 8135.6838. 


               


Exposições Individuais

1967 - Campo Grande MT - Individual promovida pela Associação Mato-Grossense de
Artes

1972 - Campo Grande MT - Individual, na Galeria do Hotel Campo Grande

1977 - Cuiabá MT - Individual, na Fundação Cultural do Mato Grosso

1982 - Campo Grande MS - Individual, na Itaugaleria

1984 - Campo Grande MS - Individual, na Itaugaleria



Exposições Coletivas

1968 - Cuiabá MT - Mostra Grupo Jovem Mato-Grossense, promovida pela Associação
Mato-Grossense de Artes
 
1968 - São Paulo SP - Cinco Artistas de Mato Grosso, na Galeria do Cinema Belas Artes

1969 - Campo Grande MS - Oito Artistas de Mato Grosso, no Galeria do Diário da Serra

1970 - Campo Grande MT - Panorama de Artes Plásticas, promovida pela Associação
Mato-Grossense de Artes

1974 - Cuiabá MT - Mostra inaugural do Museu de Arte e de Cultura Popular, da UFMT

1975 - Cuiabá MT - Panorama de Artes Plásticas em Mato Grosso, no Museu de Arte e de
Cultura Popular, da UFMT

1979 - Campo Grande MS - 1o Salão de Pintura de Mato Grosso do Sul, no Paço Municipal

1979 - Campo Grande MS - 1o Salão do Artista Jovem, no Paço Municipal - sala especial

1980 - Campo Grande MS - 2o Salão de Pintura de Mato Grosso do Sul, no Paço Municipal

1981 - Brasília DF - 3a Marco - Exposição de Artes Plásticas do Mato Grosso do Sul

1981 - Campo Grande MS - Exposição de Artes Plásticas, no Consoja - Congresso de Soja

1981 - Rio de Janeiro RJ - Artistas de Mato Grosso do Sul - Projeto Arco-Íris, na Galeria
Funarte - Rodrigo M. F. de Andrade

1987 - Campo Grande MS - 1a Exposição Itinerante de Artes Plásticas da UFMS, no
Campus de Campo Grande

1987 - Cormbá MS - 1a Exposição Itinerante de Artes Plásticas da UFMS, no Centro
Universitário de Corumbá

1987 - Dourados MS - 1a Exposição Itinerante de Artes Plásticas da UFMS, no Centro
Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais Universitário de Dourados

1987 - Ponta Porã MS - 1a Exposição Itinerante de Artes Plásticas da UFMS, no Campus
Avançado de Ponta Porã

1987 - Três Lagoas MS - 1a Exposição Itinerante de Artes Plásticas da UFMS, no Centro
Universitário de Três Lagoas

1987 - Campo Grande MS - 6o Salão de Artes Plásticas de Mato Grosso do Sul - por uma
identidade ameríndia

1988 - São Paulo SP - Referências Pantaneiras na Pintura de Mato Grosso e de Mato Grosso
do Sul, no Paço das Artes

1990 - Campo Grande MS - Pinturas, na Itaugaleria

1993 - Campo Grande MS - 7o Salão de Artes Plásticas de Mato Grosso do Sul, no
MAC/MS

1994 - Campo Grande MS - 8o Salão de Artes Plásticas de Mato Grosso do Sul, no
MAC/MS - menção especial

                 


"(...) O desenho flui do pincel que muitas vezes é apenas condutor do traço, e livremente vai animando cenas, inventando paisagens, dando formas humanas às montanhas, rostos às pedras, folhas e árvores, numa narrativa quase hieroglífica. Seu temário é amplo e vasto. Ora faz paisagens inventadas, inspiradas sutilmente em algum ponto ou fato real, sem no entanto se prender a veracidades, ora inventa cenas conotadas com alguma conversa ou algo que lhe tenha impressionado visualmente, em determinado tempo ou hora do dia. Em todos os quadros ou entalhes há enorme riqueza de detalhes. A pintura faz parte de seu cotidiano, como espécie de lenitivo para aclarar as idéias. Não consegue começar ou terminar perfeitamente o dia sem antes ter pintado um quadro. Algumas vezes procura uma integração entre a pintura e o entalhe, utilizando molduras, entalhadas no mesmo processo do desenho, com riscos rápidos cortados no formão e escurecidos com anilinas. Aparecem novamente elementos mais característicos de sua continuidade da pintura, inclusive no
próprio colorido. O resultado é surpreendente. Os quadros adquirem então uma característica especial, definindo melhor um estilo inconfundível para o artista. Nesses momentos felizes, seu trabalho nos envolve na atmosfera mágica de um universo visionário, enigmático e primitivo".



FIGUEREDO, Aline. Artes Plásticas no Centro-Oeste. Aline Figueredo.Cuiabá,UFMT, MACP, 1979. Bibliografia







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