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terça-feira, 22 de março de 2022

JOÃO DAS ALAGOAS - BIOGRAFIA

 

 


                                                                  João Carlos da Silva

João das Alagoas vive há mais de 25 anos da arte da cerâmica e conta como se tornou reconhecido como um dos escultores mais renomados do país

 “Tudo o que eu tenho veio do barro”, nos conta o mestre João das Alagoas. Com as mãos ele molda o seu mundo particular. Nascido como João Carlos da Silva, o mestre, residente da pequena cidade de Capela (AL), multiplica em seu ateliê histórias vividas e ouvidas pelo Estado.

 

 
Antes mesmo de fazer sucesso com as mãos, João já fazia seu nome com os pés. É que esse negócio de ‘ser bom no que faz’ era com ele mesmo. Apaixonado pelo futebol, e jogando desde menino, o João em questão passou primeiro a ser chamado de João Maravilha. O reconhecimento, porém, foram as suas habilidosas mãos que lhe deram.

 

 
Hoje, com 55 anos e muita história pra contar, seu João fala com o brilho no olhar, enquanto esculpe cuidadosamente mais uma obra, como tudo o levou a viver em meio ao barro. Dono de técnicas muito particulares, o mestre hoje ensina outros artesãos. Com algumas peças espalhadas pelo mundo e talento de sobra, João também carrega, desde 2011, o título de Mestre do Patrimônio Vivo do Estado de Alagoas.

 

 

Mestre de outros mestres, antes discípulos, João conta um pouco de sua história e como se tornou um dos maiores escultores do país. “Sou autodidata. Aprendi a queimar o barro com uma tia que fazia panelas, o que deu continuidade à tendência que eu já tinha pela arte. Eu sonhava em ter brinquedos de criança, mas não tinha condições de comprar. E foi com o barro que comecei a criar meus próprios brinquedos”, conta.

 

 

“Eu transitei por outras áreas antes de viver do artesanato”, começa o artesão ao explicar seu nome. “Quando fiquei desempregado, em 1987, um amigo meu, que já vivia de artesanato, o mestre Deodato, disse que era o momento de arriscar e viver da minha arte. Participei de algumas exposições, mas foi em São Paulo que um marchand viu no meu trabalho algo diferente e me batizou como João das Alagoas, nome que me tornou conhecido mundialmente”.

 

Seu talento já lhe fez colecionar alguns títulos. “Tenho alguns prêmios nacionais de melhor artesão, uma menção honrosa, em Córdoba, na Argentina, diversas publicações em livros de história da arte e algumas obras integram importantes coleções de arte popular que estão expostas em galerias do Recife (PE), São Paulo (SP), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS) e Rio de Janeiro (RJ). Também tenho peças expostas no exterior, como França e Itália, no Museu de Cerâmica do México”.

 

           
As inúmeras peças que circulam Brasil afora já não cabem nas contas de seu João. “Chegou um momento que não consegui mais contar. Não tenho ideia. É algo que nunca imaginei acontecer, viver do artesanato, sabe. Sou grato a Deus por esse dom. Fico feliz em saber que muitas dessas peças estão fazendo parte da história de outros lugares”.

 

Reconhecido como Mestre do Patrimônio Vivo de Alagoas em 2011, João fala da importância do título para o seu trabalho. “Eu fico muito emocionado em ser reconhecido como mestre. Esse título só existe em Alagoas e Pernambuco. Foi o Registro do Patrimônio Vivo que deu mais visibilidade ao meu trabalho, que levou a outros lugares a minha arte”. O mestre hoje também oferece oficinas à comunidade. “Inicialmente, esse grupo nasceu de uma necessidade pessoal. Comecei com apenas duas pessoas, há 17 anos, depois foi crescendo. Sil e Leonilson são os meus seguidores mais antigos e, hoje, assim como eu, conseguem viver do artesanato. Hoje somos 10”.


 

Ao ser perguntando se existe algo que ainda não realizou como artesão, mestre João tem a reposta na ponta da língua. “Só em ter meu trabalho reconhecido pelas pessoas eu já me sinto feliz. Tudo o que eu tenho foi o barro quem me deu. Se morresse hoje, morreria realizado. Enquanto isso vou me aperfeiçoando. Sou um eterno aprendiz”.


Reforma do Ateliê

Em setembro de 2017, o Governo do Estado, em parceria com a Prefeitura de Capela, assinou um convênio para reformar o ateliê do mestre artesão. Orçado em R$ 199.983,80, o convênio vai garantir um ambiente mais adequado para a produção artesanal.

 

       

“A reforma vai ser muito importante pra gente. Esse prédio aqui tem muita umidade, não é adequado para funcionar como ateliê. Com a reforma vamos poder receber as pessoas melhor, e isso, com certeza, trará mais visibilidade ao nosso trabalho", explicou João das Alagoas”.

Texto de Júlya Rocha


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sábado, 10 de março de 2018

LEVI RAMIRO - BIOGRAFIA

                              


                                                            Levi Ramiro – Violeiro e Luthier

Natural de Uru, pequena cidade do interior Paulista, hoje residente em Pirajuí, o violeiro e artesão que se iniciou na música tocando violão popular. Em meados de 1995 adotou a viola como principal instrumento, absorvendo seu universo cultural que veio de encontro com suas raízes, motivo pelo qual ampliou sua produção musical, tanto na arte de tocar como na de fabricar o instrumento. Com base nos valores da cultura caipira e misturando elementos que formam nossa Música Brasileira, Levi Ramiro celebra em suas composições, a poesia e a simplicidade da vida interiorana.músico instrumentista em gravações dos CDs de inúmeros artistas.
– Tem composições gravadas por: Ana Salvagni, Matuto Moderno, Dércio Marques, Paula Veloso, Tânia Grinberg, Jorge Curuca, João Carlos e Maurício, Duo Catrumano (Elias Kopcak e Rodrigo Nali), Carlos Vergalim, Valdir Verona, João Arruda, Zé Esmerindo e demais parceiros.

Suas composições com temas voltados a preservação da natureza foram usados como trilha no vídeo educativo “Cerrado o berço das águas” produzido pelo Instituto Ambiental Vidágua. Bauru, SP.

– Participou na direção musical dos CDs: “As liras pedem socorro” (Socorro Lira), “Sentimento matuto” (Júlio Santin), “Canto das horas” (Adriano Rosa), “Lufada em Viola de Cocho” (Daniel de Paula), “Estilo Caipira” (Mauro Silva e Oliveira), “Viajem violeira” (Carlos Vergalin), “Viola de Lua” (Luciano Queiroz), “Cavaleiro Macunaíma” (João Bá), Viola e sentimento (Daniel de Paula) e Capim dourado (Júlio Santin).

– Levi Ramiro ministra oficinas de fabricação e toque de viola pelo Brasil, pelas Delegacias Regionais e Secretarias e Pontos de Cultura. Percorrendo Estados como São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do sul e Bahia destacando sua oficina “Fabricação da Viola Brasileira feita com cabaça” ministrada também em várias unidades do Sesc.

– Em 2004, participou do primeiro grande Festival de Música Instrumental para Viola, promovido pela empresa Syngenta e a Direção Cultura, ficando entre os 16 finalistas.

– Em 2005 foi selecionado no projeto “Rumos Musicais” do Itaú Cultural, material registrado em CD e DVD que tem por objetivo mapear e divulgar a produção musical Brasileira em todas as tendências.

– Participou do primeiro Seminário Nacional de Viola Caipira durante 25/26 e 27/04/2008 em Belo Horizonte – MG como: Mediador na Mesa de discussão sobre Música Caipira e apresentou-se juntamente com outros nomes expressivos da viola Brasileira no show de encerramento.

– É anfitrião do Circuito Syngenta de Viola Instrumental projeto que viabiliza shows de música instrumental circulando por várias Cidades de diferentes regiões do país com a participação de músicos expressivos da viola instrumental Brasileira.

– Recebeu o Prêmio Rozini 2010 “Excelência da Viola Caipira” na categoria de Violeiro solo.
– Recentemente gravou programa de duas horas para a Rádio WKCR da Cidade de NY, USA.

Discografia:
Maracanãs (independente) 1997.
Viola de todos os cantos (Devil Discos) 2001.
Mais uma saudade (Devil Discos) 2005.
Nosso quintal – (Independente) 2008.
Trilha dos Coroados – (ProAC SP) 2009.
Prosa na base do ponteio – 2013.(ProAC SP).
Capiau – (independente) 2014


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domingo, 19 de abril de 2015

ATÍLIO RAMIRO BERMUDEZ - BIOGRAFIA

                 

Ateliê do artista Argentino, Atilio Ramiro Bermudez, radicado em Ilhabela SP


Ateliê do artista Argentino, Atilio Ramiro Bermudez, radicado em Ilhabela SP 

Nascido em Argentina e apaixonado desde a sua infância pelos aviões, desde criança montou mais de 300 modelos estáticos, passando ao aeromodelismo aos 15 anos de idade.
                 

Com um professor italiano aprendeu a interpretar pequenas plantas de planadores e modelos com motor de borracha, como também a técnica de ampliação por escala. 
            

Já na fase adulta montou aviões radio controlados e aprendeu a voar com eles. Morador de Ilha bela - Brasil ,desde o ano 1987, começou a se dedicar ao nautimodelismo aproveitando o conhecimento referente as plantas e estruturas adquirido com o aeromodelismo.

            

Os primeiros barcos que chamaram a sua atenção foram galeras (barcos a remo) da antiguidade, por exemplo barcos viking, fenicios, gregos, egipcios, etc., modelos estes construídos a partir de blocos de madeira como a caxeta (madeira mole da região). 

            

Passou depois a construir barcos pesqueiros típicos da região com plantas elaboradas por ele mesmo. Em 1990 adquiriu uma serie de plantas na Argentina, das quais construiu dois modelos, o Dhow ou Sambuco (antigo veleiro árabe do Mar vermelho e das costas de Coromandel – India) e um junco chinês do Mar Amarelo – os dois em escala 1/50). 

                   

Em 1991 , ganhou um livro norte americano que tratava da historia dos pesqueiros dinamarqueses e construiu uma linha de 13 modelos de fins do século XIX e começo do século XX. 

                      

Em 1992, com motivo dos 500 anos do descobrimento de América recebeu a encomenda de um colecionador para construir as tres naves de Cristovão Colombo , a nau Santa María (escala 1/50) e as caravelas La Pinta (escala 1/50) e La Ninha (escala 1/50). 

                

Nos anos seguintes construiu “Sonho Meu”, uma chalupa de pesca esportiva típica do Pantanal (escala 1/20), “Tai Pan”, veleiro da classe Brasil (projeto de Sparkman & Stephens encomendado pelo Brasil para enfrentar barcos argentinos na famosa regata Buenos Aires-Rio – escala 1/15), “Spray” de Joshua Slocum (primeiro navegador a circumnavegar o globo em solitario – escala 1/27), “True Love” (pinky pesqueiro de Gloucester – USA), uma goleta pesqueira norteamericana típica da Segunda metade do século XVIII – escala 1/50, “Xarifa” – uma escuna transatlántica de passageiros com 3 mastros – escala 1/50, barca egipcia do antigo imperio , utilizada durante o reinado do farão Sahura 2500 anos A.C. – escala 1/50 , “Grumete” (tradiconal veleiro argentino projeto de 1941 do desenhista German Frers – modelo navegável – escala 1/10) , “Lepe” ( veleiro inglês da antiga classe 5 metros, ganhador do concurso de projetos navais realizado em Inglaterra em 1942 – escala 1/12), “Dorna” (antigo veleiro de pesca utlizado nas rias da Galitzia na Espanha – escala 1/30) e outros modelos de pequenas embarcações ( Sand Dollar – USA, Pati , Marino, Lisa (lancha) – ARG. , Batera de pesca de camarão – BRA . Kayak esquimó – Polo Norte). 
Estes últimos modelos mais simples, permitiram construir em serie variando os tamanhos.
                     

Em meados de 1997 realizou uma pesquisa sobre a história marítima da região encomendada pela Associacão Comercial e Industrial de São Sebastião para um projeto que depois não se concretizou. Esta pesquisa foi feita na Biblioteca da Marinha do Brasil na Ilha das Cobras - Rio de Janeiro (navios corsários, piratas e Guerra Cisplatina), Instituto Geográfico de São Vicente (piratas e invasões estrangeiras), Museu de Pesca de Santos (pesca da baleia ) e Museu de Antropologia da USP (conquista portuguesa, embarcações tupinambas e tupiniquins). 

               

Em Julho de 1999 apresenta um projeto para a realização de uma oficina de Nautimodelismo à Secretaría de Cultura de Ilhabela. Esta oficina teve duração de 6 meses . 9 alunos encerraram o curso tendo aprendido a construir três modelos como assim também aprenderam a leitura de plantas e tiveram aulas sobre a história marítima da região. 

                      
Em Dezembro de 1999 foi aprovado um projeto de sua autoria pelo programa federal Brasil 500 anos para a construção de um modelo da nau “San Gabriel” (capitânea da armada de Vasco da Gama ) e capitánea dois anos depois da frota de Pedro Alvares Cabral , o qual seguiu a rota marcada pelo seu antecessor. Ante a falta de plantas , o modelista se baseou num modelo de plástico alrmão da marca Revell em escala 1/100 e de desenhos de embarcações da época para elaborar as mesmas. O projeto ficou em escala 1/20 (1.49 m de comprimento e 1. 70 m de altura) sendo navegável. Foi entregue a Secretaria de Cultura de Ilhabela o dia 22 de Abril de 2000. Este mesmo ano Wilfredo Schurmann da “Família Schurmann” encomendou um modelo do seu veleiro Aysso para fazer parte de uma exposição itinerante sobre sua viagem de 3 anos ao redor do mundo, o qual foi feito em escala 1/20 e de acordo com a planta original francesa (projeto de 1985). A partir de 1999 construiu varios modelos para um colecionador , entre os quais se encontram o “Orion” (ketch - projeto argentino construído em Sta. Catarina – escala 1/16), “Atlantic 42” (trawler - yacht a motor – projeto americano de 2001 – escala 1/37), “Sarandi” (clipper de Baltimore de 1825) , navio corsário argentino que se refugiava nas ilhas de Sta, Catarina, Ilhabela e Ilha Grande – escala 1/37, “HMS Aldebaran” (cutter inglês artilhado ) – escala 1/37. Estos modelos podem ser apreciados na loja “Freijó” em Juquehy (costa sul de São Sebastião- São Paulo-Brasil). 

               

Deve –se ressaltar que o artista esculpe as peças de convés e todos os aparelhos do velamen com canivetes variados , sem a ajuda de tornos ou moldes e utilizando madeiras nobres tais como cedro branco, cedro rosa , mogno, cerejeira, pinho, maracatiara , imbuia (estas últimas espécies brasileiras). Só conta com dois tipos de máquinas, uma perfuradora e uma serra elétrica. 

                 

Todos os modelos são construídos no sistema cavernado com forro de tábuas e de acordo com as plantas e escalas. 
                 

Durante todo este tempo e pelo fato de morar numa região onde se praticam muitos esportes náuticos foi construindo diversos modelos de regatas tais como o “Laser”, “Star”, “Optimist”, “Hobie Cat 16”, “Snipe” e pranchas de “Windsurf”. 

                      

Realizou algumas exposições entre as quais se destacam as do Yacht Club de Ilhabela e Secretaria da Cultura de Ilhabela. 

               

Varios de seus trabalhos foram adquiridos por colecionadores da Europa , dos Estados Unidos, Brasil e Argentina. 

              

Entre seus futuros projetos se encontra a construção de uma bombarda espanhola de 1760 e o”HMS Swift” , corveta inglesa de guerra de 6a classe que participou na captura das Ilhas Malvinas (Falkland) no século 18.

                       


Informações, Orçamentos e Pedidos:

Mônica Bermudez.
monicatilio.bermudez@gmail.com
(12) 3895 6151
(12) 97583818

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quarta-feira, 1 de abril de 2015

MESTRE VITALINO - BIOGRAFIA

                                

 Mestre Vitalino

Vitalino (1909-1963) foi um artista popular brasileiro. Seu estilo é copiado por muitos artesãos no Brasil.

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Vitalino Pereira dos Santos nasceu em Caruaru. Filho de lavrador e de uma artesã que fazia panelas de barro. 

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Aprendeu o ofício com a mãe e usou os restos do barro para fazer pequenos animais e vende-los na feira.

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Em 1930, começou a trabalhar com modelos humanos. Ofereceu seus trabalhos na feira de Caruaru, o que tornou maior a movimentação no lugar. 

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Deve-se à Vitalino o aumento de turistas e visitantes na cidade de Caruaru, além da cidade levar o nome de “capital dos ceramistas”.

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Em 1947, o pintor Augusto Rodrigues tomou conhecimento da arte de Vitalino e organizou no Rio de Janeiro a 1ª Exposição de Cerâmica Pernambucana, evento que deu fama à Vitalino.

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Das obras catalogadas de Vitalino, destacam-se as peças: “Casa de Farinha”, “Zabumba”, “Lampião e Vaquejada”.

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Morreu em Caruaru, 1963. É considerado um dos maiores artistas da história da arte do barro no Brasil.

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